O PAI.
O
exemplo vem dele, com seu jeito todo patriarcal, cheio de cuidados com os
objetos e extremamente cuidadoso com as pessoas, e mais ainda com a família.
Os
erros porventura cometidos causam-lhe aflição, e ele, sem querer passar recibo,
corre feito louco para reparar o deslize, tenta se desculpar e somente sossega
quando o mal feito foi desfeito. Ufa, salvo pelo gongo!
As
dificuldades financeiras, quase sempre impostas pelas agruras sociais, nunca
foram alardeadas, porquanto ele guarde consigo o segredo de como dar um jeito,
de como resolver a questão ou de como não desarrumar as emoções da esposa e dos
filhos.
As
cobranças severas, rotineiras, sejam quanto aos estudos, à arrumação do quarto,
ao desperdício de água, ao consumo de energia, às viagens com a turma, às
baladas do sábado, ao gasto com supérfluos ou quanto à desobediência de uma
regra, às vezes incomodam, mas fazem parte do seu papel.
O
amor dele é desinteressado por natureza, mal cabendo-lhe no peito, tamanhos os
desejos da felicidade do filho e do sucesso da família. Daí o motivo de a razão
perder para a emoção, mas apenas quando ele está ao redor dos queridos e dos
loucamente amados e protegidos.
A
recompensa dele não há como pagar, nem hoje nem nunca, posto que seja imensurável,
incalculável e, portanto, impagável. Não tem como pagar tanta entrega e tanto
amor. Não tem como pagar tanto afeto e tanta dedicação. Não tem!
Tiram-lhe
muitas vezes o sono, o descanso e o sorriso no rosto, porque alguém demora para
chegar, e a preocupação toma sua mente e seu corpo se agita, e ele fica assim,
até que o filho surja ou dê notícias. A verdade é essa, sempre foi e sempre
será.
A
energia dele eu não sei de onde vem, mas vem de algum lugar, com certeza, talvez
impelida pela presença necessária, pelos braços abertos e pelo dever de
proteção.
Ele
não é super-herói, mas é o meu herói. Ele não é apenas artista, modelo ou
jogador de futebol. Ele é tudo isso junto. Ele é o meu protagonista preferido,
em tudo e em todo lugar. Ele interpreta, conta histórias, anda de bicicleta, inventa
casos, faz piadas, gargalha e se deixa levar, mas apenas para me ver sorrir e
ouvir de minha boca que ele é o meu herói.
Ele
é o reflexo do que pretendo ser. Ele é o meu bom exemplo. Ele é inspiração, é
referência e é todo coração. Ele é o amigo, o companheiro, o leal escudeiro.
Ele é o melhor homem, entre todos. Ele é tudo isso, porque ele é o pai, o meu,
o seu, o de todos que têm e tiveram a enorme sorte de ter um verdadeiro pai.
Portanto, a você, querido pai, feliz Dia dos Pais!
Wilson
Campos (Advogado, filho e pai).
O pai é muitas vezes sofredor calado, principalmente quando dá de cara com problemas financeiros e não sabe como dar essa notícia para a família. É doloroso, é triste e é uma decepção para o pai ter de se humilhar porque a crise pegou de jeito e a saída é difícil quando a idade já não ajuda muito. O artigo do pai e advogado, Dr. Wilson Campos, me fez me sentir melhor e poder enfrentar o desemprego com um pouco mais de esperança e fé. Obrigado. Gerônimo (pai e desempregado).
ResponderExcluirO seu, o meu, o nosso pai são pessoas para serem amadas e compreendidas, porque são seres humanos e sangue do nosso sangue. Excelente o artigo do PAI, com louvor. Abraços a todos os pais e ao Dr. Wilson, advogado, filho e pai. Abrs. de Marialice.
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