ROMPENDO COM O SILÊNCIO.

 

O Brasil vive altos e baixos há décadas. Nunca na história do país as coisas foram fáceis. Quanto mais o cidadão trabalha, mais o Estado lhe tira. São impostos, taxas e contribuições que consomem 153 dias de trabalho por ano. Esse é o tempo médio que a população brasileira precisa trabalhar para, exclusivamente, pagar tributos. Ou seja, é como se a pessoa precisasse trabalhar até o dia 2 de junho só para encher os cofres dos governos federal, estadual e municipal. O reflexo é a realidade de se ter aqui uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas sem a contrapartida de serviços públicos de qualidade. 

Contudo, não é o atual governo o responsável pela situação dramática do desemprego ou das crises econômica e sanitária. O desemprego vem de governos anteriores, que prometeram muito e cumpriram nada, exceto o enriquecimento ilícito de seus companheiros de partido. A crise econômica, da mesma forma, foi herdada dos dois últimos governos, que meteram os pés pelas mãos e deixaram buracos enormes para serem tapados. E a crise sanitária é um problema mundial, haja vista o alcance destruidor da pandemia da Covid-19, que deixou pasmas e sem reação as maiores nações do planeta. 

Assim, torna-se inaceitável culpar alguém que logo no início da sua gestão teve de enfrentar um vírus terrível, fatal e desconhecido até mesmo por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), que bateu cabeça à procura de uma explicação, mas que até hoje não veio, ao menos suficientemente para convencer. E a solução encontrada por alguns países foi a pesquisa rápida e a criação de vacina de razoável eficácia. Mas a polarização política em torno da vacina estremeceu amizades e rompeu relações nacionais e internacionais, porquanto a ganância mercantil tenha se sobreposto à solidariedade humana necessária. 

No Brasil, como não poderia deixar de ser, diante da péssima qualidade dos políticos, alguns caciques do Senado cheirando a mofo, sacudiram a naftalina, ressurgiram do anonimato e resolveram instalar a toque de caixa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do Presidente da República no enfrentamento do coronavírus. Em vez de união e soma de esforços no combate à pandemia, os senadores do apocalipse se juntaram numa cruel caçada ao governo federal, notadamente com o intuito de destruir a administração até então bastante satisfatória aos olhos da população. 

Querem incriminar o Presidente e tentar um impeachment, mas não conseguem provar culpa alguma do chefe da nação, pois, ele não incentivou, mas também não proibiu ninguém de se vacinar. Querem incriminar o Presidente por agir tardiamente contra a doença, mas não questionam o STF por haver concedido poderes de mais e responsabilidades de menos aos governadores e prefeitos no trato da questão sanitária emergente e dispendiosa. Querem incriminar o Presidente por negligência, mas não chamam às falas os governos estaduais e municipais que desviaram os recursos do combate à pandemia para outros fins, como pagamento de fornecedores e salários atrasados de servidores.

Eu tenho visto e ouvido imbecis e alienados de todos os tipos, todos os dias, defenderem os governos corruptos de antes, mas não vejo nenhum trabalhador honesto nem cidadãos de bem no meio deles. E isso quer dizer que apenas os sanguessugas do compadrio apoiam o “quanto pior melhor”, enquanto as pessoas que carregam esse país nos ombros se colocam ao lado do atual governo. E sabem por que? Porque os verdadeiros homens e mulheres do Brasil acreditam na gestão e na forma enxuta de administração do governo atual, independentemente do jeito meio falastrão do Presidente.

Romper com o silêncio como sugerido no título, não quer dizer desabafar sem razão ou aduzir sem fundamentos. Romper com o silêncio significa deixar de ficar calado quando o momento exige gritar para acordar um povo que está de cócoras, enquanto tentam lhe tomar a pátria. Romper com o silêncio implica não aceitar que uma Suprema Corte, que legisla mais do que cuida dos seus processos ou guarda a Constituição, arruíne a tripartição dos Poderes e coloque tudo a perder. Romper com o silêncio equivale não coadunar com a vergonhosa volta de um ex-condenado à antecipada campanha eleitoral de 2022. Romper com o silencio quer dizer que não serão aceitos e muito menos levados a sério os contumazes atiradores de pedras conhecidos como Lula, Haddad, Boulos, Ciro, Maia, Alcolumbre, Aziz, Calheiros, Dória, FHC, Gleisi, Randolfe, Dino e outros nada confiáveis, nem mesmo para comprar fiado uma dúzia de bananas na feira. 

Os contrários, os inimigos da Bandeira e do Hino, são sempre os mesmos, que viram secar a fonte da “boquinha” da Lei Rouanet, que perderam poder, receita e olham o futuro com total insegurança, posto que sempre foram bem sucedidos e bem remunerados agentes da hegemonia esquerdista. Afora isso, são tidos como preguiçosos e vagabundos à cata de moedas estatais. Aliás, os estatistas compõem um grupo numeroso de pessoas acostumadas a viver à sombra do Estado. Da mesma maneira, eis que estão aí as seitas do movimento comunista, que querem a todo custo preservar seus direitos especiais nas chamadas lutas de classe. E para piorar, querem forçar a continuidade do aparelhamento do Estado, que foi impulsionado com a esquerda no poder, mas que cessou na gestão do severíssimo governo do atual Presidente da República. 

O fogo cerrado contra o governo parte de extremistas perdedores e, por incrível que pareça, parte também da visão torta de mundo que domina as posições dos ministros do STF, que erram, e erram muito, mas que sempre se acham irrepreensíveis. Ledo engano eles se acharem os únicos certos. E o fogo cerrado continua pelas mãos dos partidos de esquerda com atuação no Congresso Nacional, desde PT, PSOL, PCdoB, PCB, PCO, PSTU, PDT, PSB e Rede, até chegar aos camuflados clubes dos corruptos, estes dedicados a legislar em causa própria, chantagear o governo e extorquir o Erário, e ainda assim, têm a coragem de invocar a condição de paladinos da democracia. 

Rompendo com o silêncio havemos de constatar que a artilharia pesada da oposição ao governo conta ainda com a atuação do jornalismo militante que, de modo individual ou coletivo, com determinação editorial ou não, faz do combate ao governo o eixo de sua atividade cotidiana, ou seja, bater e bater forte no presidente e nos seus ministros de Estado, e jamais reconhecer suas ações positivas, por mais eficientes, honestas e transparentes que sejam. E não menos contundente na arte de desdizer, criticar e atrapalhar o governo e o país são os “seletos grupos” do ambiente cultural e acadêmico, que perderam o glamour e se empobrecem cada vez mais diante do ócio e da falta de vontade de produzir, trabalhar, ler e estudar, aos moldes do que exemplarmente fazem os demais mortais brasileiros. 

De certo que, justificadamente, cumpre romper com o silêncio para que os coadjuvantes não tomem o lugar dos protagonistas, uma vez que nem mesmo as miríades de organismos que orbitam e parasitam a esquerda, via sindicatos, centrais e movimentos sindicais, que deveriam defender os interesses dos seus representados da classe profissional, tão somente se preocupam em fazer política e politicagem, esta mais que aquela. E não tem como esquecer ou deixar de perquirir o movimento comunista internacional, trôpego e parcial, aliado das entidades e organizações de supostos direitos humanos daqui que, vergonhosamente, faz vista grossa aos desmandos cruéis das ditaduras e antidemocracias de Venezuela, Cuba e Nicarágua, e quer, ao seu talante, difamar o Brasil e seu povo, enumerando até os bandidos mortos em confronto com a polícia. Falsos moralistas. Usam dois pesos e duas medidas.   

Por fim, rompendo com o silêncio, definitivamente, não permita a sociedade brasileira que os atores cegos e irracionais, inimigos declarados do governo, destruam a base popular de apoio ao atual Presidente, eleito democraticamente por 57,7 milhões de brasileiros e que tem, até o presente momento, atuado e governado energicamente em favor do povo e do Brasil. 

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).

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