HADDAD VIRA MOTIVO DE PIADA E LEMA DE MEMES.

 

O recuo parcial no caso do IOF é mais um dos muitos fatores que geram zombarias com a figura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que é motivo de piada e lema de memes na internet.

Haddad dispara contra opositores com ofensa e diz que o seu partido, o PT, derrotará a “extrema-direita escrota” em 2026 e o presidente Lula (PT) sairá vencedor nas próximas eleições. Haddad deu a infeliz declaração recentemente.

“O PT vai sair mais forte. No ano que vem, a gente vai dar trabalho para essa extrema-direita escrota que está aí. E vamos ver de novo o presidente Lula subir, mais uma vez, a rampa do Palácio do Planalto”, disse Haddad, na noite da segunda-feira (19/05), na sede do PT, em Brasília.

Não bastasse a ofensa acima citada, Haddad vira e mexe se torna motivo de piada e lema de memes.

Muitos deverão se lembrar da afirmação feita por ele em 12 de setembro de 2017, quando debateu política econômica com Marcos Lisboa, presidente do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa). Ele disse: “Apesar de eu dar uns pitacos em economia de vez em quando, eu estudei dois meses que foi para passar no exame da Anpec (Associação Nacional dos Centros de Pós-graduação em Economia). Depois eu não estudei mais”. Na época, o petista disse que se tratou de uma piada.

Porém, como visto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não consegue ficar muito tempo sem cometer gafes e virar motivo de piada e lema de memes. Neste sentido, memes com Haddad voltaram a movimentar as redes sociais após ele anunciar aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cumprir as metas fiscais deste ano.

Vale esclarecer que o IOF é um tributo federal cobrado sobre diversas operações que envolvem dinheiro, principalmente empréstimos e câmbio.

Haddad já havia sido tema de memes em julho do ano passado por ocasião da taxação das compras de até US$ 50 em sites internacionais. Na época, o ministro recebeu severas críticas porque defendeu a taxação de compras em sites como Shopee e Shein, cuja taxação ficou conhecida como “taxa das blusinhas”.

Ontem, quinta-feira (22/05/2025), Haddad teve outro surto e anunciou o aumento do IOF, mas no dia seguinte, sexta-feira (23/05), ele voltou atrás e ficou o dito pelo não dito, em parte. Ocorreu que, após a repercussão negativa do anúncio do aumento do IOF, Haddad recuou alguns passos mediante ajustes no contingenciamento anunciado no dia anterior. Segundo o ministro, o governo está aberto a corrigir suas decisões sempre que necessário. Será? O certo é que o governo recuou em parte e manteve o IOF majorado para outros fins.  

Apenas para clarear a diferença do governo anterior para o atual, em janeiro de 2022, Guedes (ministro de Bolsonaro) disse que pretendia zerar o IOF que incide sobre as operações de câmbio internacionais. Em março daquele ano, publicou o decreto que estabelecia uma diminuição gradual das alíquotas até ser zerada em 2028. Mas Haddad (ministro de Lula), equivocadamente, pretendia fazer o contrário e aumentar o IOF.

Nem mesmo os apoiadores do governo Lula gostaram da medida açodada de Haddad. As reações ao novo aumento de impostos foi imediata, inclusive da parte de amigos petistas, que criticaram a péssima ideia de aumentar o IOF.   

Com o mais recente deslize de Haddad, pipocaram memes por todo lado. “O poderoso taxão”, “bebê taxorn”, “taxa de Gaza” e “Zé do Taxão” são alguns dos trocadilhos feitos com as feições de Haddad e publicados no X. O termo “taxad” esteve entre os mais comentados na rede social durante a manhã desta sexta-feira (23). O jornal Gazeta do Povo deu esses destaques engraçados de maneira bem suave, mas com certa ironia diante dos tropeços voluntários do ministro Haddad.   

As brincadeiras se repetiram em diversos tipos de postagens e foram replicadas inúmeras vezes com compartilhamentos e envios de mensagens.

Em coletiva de imprensa, nesta sexta, Haddad justificou o recuo no aumento do IOF dizendo que o governo recebeu alertas do mercado sobre problemas econômicos futuros e sobre prejuízos para a imagem do Ministério da Fazenda. Segundo o ministro, o impacto do recuo é de menos de RS 2 bilhões. Apesar de classificá-lo como “muito baixo”, Haddad disse que o governo poderá ter de ampliar o corte nos gastos para compensar, e completou dizendo que a meta do governo era arrecadar R$ 20 bilhões com o reajuste do IOF este ano, e que para 2026 a estimativa era de arrecadar R$ 41 bilhões.

Ano passado, após a enxurrada de memes com o ministro da Fazenda, o então secretário de comunicação do PT minimizou a brincadeira e disse que o termo “taxad” não pegaria. Em agosto de 2024, ao defender Haddad, o presidente Lula (PT) disse que o ministro ganhou o apelido de “taxador” porque o governo está trabalhando para taxar os mais ricos. Engano de Lula, pois Haddad ganhou o apelido de “Taxad” nas redes sociais após a “taxação das blusinhas” e a regulamentação da reforma tributária. Aliás, a verdade é que Lula e Haddad são aficionados por impostos.

Em síntese, depois da repercussão negativa, o governo voltou atrás na cobrança de IOF de 3,5% sobre remessas de fundos de investimento para o exterior. Mas o restante das mudanças continua em vigor.

O IOF de 3,5% segue valendo para: Cartões internacionais; Compra de moeda estrangeira; Remessas pessoais; e Investimentos diretos no exterior por pessoas físicas.

O recuo parcial do governo no caso do IOF não é apenas um episódio isolado de má gestão tributária - é um sintoma doentio. Um sintoma de um governo que parece ter perdido a bússola jurídica e fiscal, preferindo adotar de forma atabalhoada medidas de curtíssimo prazo, com lógica arrecadatória imediatista, mesmo que à custa de princípios constitucionais e de previsibilidade econômica. A irresponsabilidade fiscal e tributária desse (des)governo é gritante e escandalosa.

Lula e Haddad são loucos por impostos. Ao deturpar um imposto de natureza extrafiscal para fins meramente arrecadatórios, o governo do PT atropela sua já mínima credibilidade institucional. E ao fazer isso por meio de decretos sucessivos e contraditórios, revela mais do que falta de método: revela um desgoverno tributário que ameaça o já combalido pacto de segurança jurídica entre o Estado e a sociedade.

Ou seja: esse (des)governo atual é uma vergonha tripla - tributária, fiscal e institucional. 

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. O governo petista inteiro é motivo de piada e memes. Só fazem cometer erros e escândalos. Tudo uma vergonha máxima de gestão e principalmente para a economia brasileira. Não entendem nada de economia. Dr. Wilson Campos os memes ainda são poucos e muitos virão ainda até o fim de 2026 ou até o fim do seu desgoverno esquerdista. Essa gente só aumenta gastos e cria impostos ou aumenta impostos para tapar o buraco da sua irresponsabilidade fiscal. Desastre econômico e desastre social esse pessoal todo do PT e cia limitada. Mateus Zaire F. J. (economista e professor).

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  2. Esse ministro receber memes e virar piada é pouco. Não pode nem comparar o guru da economia Guedes com esse aprendiz de economia. O Brasil vai mal e fica cada vez pior a situação econômica do país. Tudo rola morro abaixo e com sérias disfunções no controle da inflação, no controle dos gastos e no controle dos juros. Essa turma do governo petista erram e ainda tentam explicar o inexplicável. Doutor Wilson os seus artigos me representam e seguimos afinados. Tonico Nasser (empreendedor mineiro).

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  3. Este governo é uma vergonha para nós brasileiros e além da vergonha nos dá prejuízos todo dia com imposto caros e taxas absurdas para esse desgoverno pilantra gastar com viagens de lula e sua mulher esbanja pelo mundo a fora nos envergonhando com suas palhaçadas e foras e mancadas. Essa dupla de lula e janja esbanja são uma coisa de dar pena de tão ridículo e já esse Haddad é uma vergonha também porque não sabe nada de economia e ainda fala coisas que ninguém entende. Outro dia um economista analisou a entrevista desse haddad e esse economista disse que nunca ouviu tanta asneira e tanta bobagem de uma pessoa que não tem o menor talento para a área econômica. Pobres de nós que somos roubados todo dia como fomos agora nas nossas aposentadoria, eu fui e estou super revoltada, e esse desgoverno diz que vai devolver com nosso próprio dinheiro dos impostos que pagamos ao invés de ir atrás do dinheiro roubado e trazer de voltar e botar os canalhas na cadeia. Doutor Wilson Campos dvogado me perdoa a revolva mas estou explodindo de indignação. Gratidão doutor Wilson. At. Sara M.Silveira (aposentada).

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  4. Cássio J. L. Gimenez26 de maio de 2025 às 11:09

    O Haddad e o Lula são loucos por impostos e sempre querem mais dinheiro, mais e mais dinheiro para gastar e afundar o país. São dois irresponsáveis que não tem capacidade de administrar nem um buteco de cachaça. O doutor Wilson Campos definiu bem a situação - o estagiário de economia ministro Haddad queria aumentar em 60% a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF. A ideia era levantar R$ 41 bilhões por ano. Após alguma confusão, ele recuou em uma pequena parte do plano. Ainda assim, as receitas com o IOF tendem a aumentar em mais de 50% na base anual. Uma pancada sobre empresas em crise. Uma porretada na segurança jurídica. É nisso que dá colocar estagiário de economia para ser ministro da Fazenda. Chamem o Paulo Guedes de volta pelo amor de Deus. Abraços dr. Wilson, do Cássio J.L. Gimenez.

    Combinado a um congelamento de R$ 31 bilhões nos gastos, o pacote fiscal deixou claro o quanto há de fantasia nas finanças da atual gestão:

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  5. Lúcia Mara R. Q. Dourado.26 de maio de 2025 às 11:14

    Eu digo o mesmo dito por doutor Wilson que o governo do PT atropela sua já mínima credibilidade institucional. E ao fazer isso por meio de decretos sucessivos e contraditórios, revela mais do que falta de método: revela um desgoverno tributário que ameaça o já combalido pacto de segurança jurídica entre o Estado e a sociedade. Ou seja: esse (des)governo atual é uma vergonha tripla - tributária, fiscal e institucional. Abraço fraterno doutor Wilson Campos e boa sorte sempre. Att: Lúcia Mara R.Q. Dourado.

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