DESERTO DE IDEIAS.
O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse aos veículos de
informação que o atual governo é um deserto de ideias e não tem projeto para o
país além da reforma da Previdência. Ou seja, as boas relações entre Legislativo
e Executivo, se é que existiam, azedaram de vez depois desse destemperado
comentário do parlamentar fluminense. E tudo isso, justamente no momento de
maior necessidade de interação, diálogo e entendimento dos Poderes da
República.
O
senhor Rodrigo Maia se esquece que, nem só de grandes ideias sobrevive a
sociedade brasileira ou qualquer outra do mundo. Muitos países enfrentam crises
abissais por anos a fio e não encontram saídas dignas para os governos ou para
as respectivas populações. O êxito vai depender da boa vontade da nação, que
não se agrida internamente, não se deixe abater por uns e outros pessimistas e
não abandone o conceito dos bons costumes, dos hábitos sociais e dos elevados
padrões morais.
Por
certo que as grandes e boas ideias surgem das cabeças pensantes do bem,
daquelas que colocam em primeiro plano a humanidade, a igualdade, a democracia,
o direito e a justiça. Por certo que os pregadores do mal não encontram apoio nem
têm respaldo da sociedade, pois não interessa ao meio social civilizado a
atitude doentia dos defensores do “quanto pior, melhor”. E a explicação reside
no fato de que os reais perdedores com desavenças políticas ou partidárias são
quase sempre os cidadãos comuns, que pagam caro pela briguinha colegial ou pela
pirraça dos agentes políticos, além da obrigação de suportar o descontrole
daqueles que deveriam ser exemplo, mas não são.
O
Brasil não pode perder mais quatro anos com incertezas, negligências e
desacertos. A correção de rumo tem de ser agora, antes que a confiança se vá
para o ralo e a população se veja novamente ameaçada por desvarios e
patrulhamentos ideológicos. Não dá mais para combater com palavras soltas os
inimigos da nação. O bom combate deve ser pela realização de um bom governo,
que pense nas pessoas, na qualidade de vida, no pleno emprego, na vida digna, no
crescimento, no desenvolvimento, no respeito mútuo e no fortalecimento das
instituições. E não há mais tempo a perder. As vaidades, as diferenças e os
preciosismos precisam ser colocados de lado. O que importa, de fato,
urgentemente, é o futuro do país e do povo.
Se
o governo é um deserto de ideias, como disse o presidente da Câmara, então é
chegada a hora da cidadania pensar pelo governo. Se o atual governo está meio
perdido com tantas novidades em razão da herança maldita deixada por governos passados,
então é chegada a hora da aula de humildade e de entrega em prol da pátria
brasileira. E não me venham com aulas de filosofia barata, porque sem a união e
o esforço da maioria esmagadora da população, dificilmente haverá esperanças de
dias melhores para o sofrido povo brasileiro. Agora mais do que nunca, o Brasil
precisa de todos. E aqueles que se negarem e jogarem contra, que busquem outra
pátria, porque esta nossa está carente de proteção e defesa, agora e já.
Ademais disso, os antagonismos presenciados antes e os surgidos recentemente, prejudicam
grande parcela da sociedade, principalmente os mais pobres, os desempregados,
os marginalizados pela lenta e tardia inclusão social.
Em
suma, o presidente Jair Bolsonaro precisa corrigir os erros dos governantes
anteriores, seguir um rumo próprio, que seja exemplo de ética, seriedade, trabalho
e esforço pela união e prosperidade do povo brasileiro. Feito isso, o “deserto
de ideias” deixará de ser cogitado e as cabeças pensantes do atual governo
poderão ser povoadas por ideias novas, que coloquem acima de tudo o interesse
coletivo, a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa, e o pluralismo político. Que assim
seja!
Wilson
Campos (Advogado/Especialista com atuação em Direito Tributário, Trabalhista,
Cível e Ambiental/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
Isso mesmo Dr. Wilson, o presidente pode contar com os cidadãos de verdade, que querem o bem do país. Nós não somos como petistas que só enxergam um lado, o deles, dos corruptos e péssimos gestores da coisa pública, e nós enxergamos um país que queremos bom para todas as pessoas de bem. Vamos ajudar o governo, como bem disse o Dr. Wilson nesse belo artigo, sempre em defesa da nossa pátria e da nossa República. Grande abraço. Sou, Evandro Mesquita.
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