UMA LIÇÃO DE MOVIMENTO ÉTICO E SOLIDÁRIO.

Uma grata satisfação neste ano de 2012 foi, sem dúvida, o surgimento e a elogiável atuação independente, apartidária e solidária do Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte - MAMBH.

Este Movimento nasceu da união das associações de bairros de todas as regiões da cidade, trazendo consigo uma vontade insuperável de contribuir com a excelência da democracia, possibilitando a discussão conjunta de questões relevantes para a coletividade e buscando efetivamente dar um passo seguro na busca de um relacionamento respeitoso entre os moradores e os representantes da administração pública.

O que mais se viu na atuação do MAMBH foi a incessante procura pelo estabelecimento do diálogo entre os cidadãos e os poderes públicos constituídos, de forma saudável e proficiente para as partes e sempre pautado na transparência das ações.

O Movimento se destacou pelo trabalho sério e solidário de tal forma que a agregação de valores humanos foi surpreendente, tornando sempre possíveis nas reuniões, além dos dirigentes de associações, as presenças de profissionais e especialistas nas áreas de meio ambiente, direito, urbanismo, segurança, mobilidade, poluição, trânsito, saúde e transporte, dentre outras.

O marco da união das entidades sempre foi a defesa dos interesses difusos e coletivos. A qualidade de vida sempre ocupando os primeiros lugares nas discussões pontuais de cada região. O respeito ao ser humano evidenciado nas prerrogativas do cidadão. A reinvenção da cidade em função das pessoas, numa perspectiva de desenvolvimento com sustentabilidade.

A preservação ambiental por certo é uma das bandeiras deste Movimento, numa comunhão de vontades e ideias uniformes das associações comunitárias, voltadas para a priorização da vida humana e da convivência harmoniosa do espaço público, uma vez que as áreas verdes representam a qualidade de vida das gerações presentes e futuras, assim defendidas em diversos países do mundo. O cinturão verde preservado representa a possibilidade de um crescimento sem muitos traumas, e com oxigênio suficiente para respirar, viver e trabalhar.

Na vida atual não há mais espaços e não são admitidas degradações ambientais ou humanas. A ética é uma exigência social, atrelada à cidadania e à dignidade humana, de maneira que somadas constituam o Estado Democrático de Direito e, nesse sentido caminham as associações e o MAMBH, na incansável defesa da preservação dos direitos, da vida e do meio ambiente equilibrado.

A continuidade da procura pelo diálogo com a administração pública será uma constante na caminhada conjunta das associações e MAMBH, posto que a democracia assim o exija e a sabedoria cidadã assim o recomenda. Os elos que tornarão possíveis estes eventos serão os da respeitabilidade, boa-fé, ética e transparência, numa intransigente defesa dos interesses públicos.

O Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte veio para somar, tendo como norte as conquistas sociais que atendam toda a cidade e onde se façam justas as decisões amplamente discutidas nas preliminares e no mérito, nos princípios e no direito, e com percuciência sejam levadas a efeito de forma efetiva e duradoura.  

Wilson Campos (Advogado / Assessor Jurídico do Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte - MAMBH). 

(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de 19/01/2013, sábado, pág. 18).
        
      

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