HUMILHAÇÃO TUPINIQUIM AVASSALADORA.

 

O brasileiro, tupiniquim, nacional, está se tornando um fantoche, tamanha sua preguiça para ler, sua omissão quando é para participar e sua covardia ao não reagir diante da humilhação.

O Brasil está sendo inteiramente dominado por um sistema de castas da política e da juristocracia, que pouco ou nada se interessa com o que acontece ao povo, vive em palácios de mármore e gabinetes de luxo, protege-se com seguranças bem pagos, desloca-se por meio de jatinhos e leva sempre consigo uma corja de aspones da pior espécie.  

As elites institucionais colocaram as garrinhas de fora. Olham para os cidadãos comuns como quem observa uma multidão de seres insignificantes. Dominam o país como ditadores. Decidem sem observar leis ou normas. Rasgam a Constituição e se orientam por suas rasas regras. Destilam ódio e perseguem quem pensa diferente. Gastam acima das suas posses e se locupletam com verbas públicas. São bandidos e fazem o papel de mocinhos. São canalhas e exigem serem chamados de “excelências”.

O povo, humilhado e com medo, vive como forasteiro na sua própria terra, esconde-se aqui e ali, finge-se de morto, esgueira-se pelas sombras e nega-se a enxergar o fosso em que se encontra. O brasileiro comum não vive, mas sobrevive como um rato que se alimenta com as sobras das fartas mesas do sistema. Os poucos que reagem são colocados a ferros e submetidos aos vexames da censura, da mordaça e dos labirintos criados pelos senhores dos engenhos tupiniquins.

A nação respira com dificuldade, falta-lhe o ar puro da liberdade. A pátria vai sendo fatiada entre bandidos e amigos de bandidos. Os patriotas são tratados como criminosos e os criminosos deleitam-se com ofertas de facilidade e impunidade. O sistema é bruto com as pessoas de bem e subserviente com quadrilheiros, terroristas, faccionados e militantes radicais. Ser cidadão se tornou pejorativo e ser bandido se tornou imperativo, impositivo e necessário para as operações de delinquência das castas falsamente empoderadas.

O trabalhador que labuta o ano inteiro tira cinco meses de salário só para pagar impostos, não tem transporte público decente, não tem escola de qualidade e não tem hospitais aparelhados. Os impostos são altíssimos, o transporte coletivo é caro e precário, a educação é péssima e a saúde conta com tratamento improvisado e equipamentos ultrapassados. O trabalhador se mata no esforço do dia a dia para sustentar um sistema explorador, mercenário e nojento. As famílias sofrem, choram e assistem de longe seus filhos serem oprimidos e calados.  

A demagogia, a irresponsabilidade, a corrupção e a improbidade atingem níveis absurdos. Tudo isso é visto no primeiro, no segundo e no terceiro escalão do governo. A tapeação é generalizada. A politicagem está tomando conta do país, seja pelas mãos dos oportunistas, dos chefes de gangues, dos canalhas, dos que causam o colapso moral ou daqueles que desmerecem os próprios cargos que exercem no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Ou seja, a coisa vai de mal a pior na República tupiniquim.

Quem tem dignidade está vendo-a ser retirada a fórceps. A falta de caráter do sistema e o colapso moral do Brasil se devem à corrupção sistêmica, à violência desenfreada e à relativização da verdade, que, desastrosamente, corroem os alicerces da sociedade. A crise do país não é apenas política ou econômica, mas de ausência de caráter, refletindo um afastamento dos princípios morais.

A propaganda do governo esconde a realidade que vemos nas ruas, nas lojas e no comércio de maneira geral. A economia está fraca e fria. O PIB não está estagnado, mas está muito devagar e muito perto de um pibizinho. O fim de ano está aí e o trabalhador não tem dinheiro sobrando, além de os juros estarem altos e o crédito estar muito caro. E há ainda insegurança jurídica e econômica e continua insano o desequilíbrio nas contas públicas, com forte pressão na inflação.

A Black Friday flopou, os estoques continuam nas prateleiras e as vendas foram mínimas. As lojas de rua e as de shopping ficaram frustradas com as pouquíssimas compras dos clientes, que olhavam muito, pesquisavam preços e não levavam o produto por falta de dinheiro. A Black Friday foi prorrogada para mais dias, na expectativa de que o comprador volte, mas todos sabemos que o custo de vida está alto e o Brasil está doente e decadente.

Tomemos outro exemplo: as concessionárias de veículos. As vendas de veículos novos caíram. As concessionárias demonstram por dados que em novembro houve queda de 8,2% em comparação com outubro, e 6,2% em relação a novembro do ano passado. Essa é a realidade brasileira. 

O desemprego só não está altíssimo pelo fato de que os benefícios sociais alcançam 94 milhões de brasileiros (44% da população), que se consideram empregados do governo. Enquanto falta mão de obra no comércio e na indústria, sobram pessoas vivendo de bolsa família e dezenas de outras ajudas do governo. Enquanto faltam trabalhadores nas empresas, sobram pessoas na folha de pagamento social do governo. 

O brasileiro tem duas doenças gravíssimas – a doença moral e a doença ética. Basta observar que as pessoas defendem com ares de hipócritas os corruptos, os descondenados, os seus ídolos de barro. Isso vem de longa data. Os escândalos pipocam de todos os lados e o brasileiro comenta e depois esquece. O crime é varrido para debaixo do tapete, e a ética e a moral vão juntas. Sinceramente, o Brasil está passando por uma crise muito grave.    

Quem deveria ser responsabilizado e punido pela tragédia brasileira atual vive na mídia paga, nos noticiários comprados, e tudo graças às polpudas verbas da propaganda institucional, estatal e personalíssima dos senhores do sistema de castas da política e da juristocracia. Enquanto isso, o povo está de cócoras, com o queixo aos joelhos, só assistindo os mais ignóbeis atos de canalhice, próprios dos energúmenos que não temem a lei e ficam impunes. Aliás, a impunidade fervilha sob a encolha sorrateira dos cúmplices, que facilitam o cometimento de crimes e dividem o butim.

As eleições acontecem, as promessas se repetem, e os eleitores erram e elegem os mesmos calhordas de antes ou outros das castas das famílias endinheiradas, que se eternizam no poder à custa do suor e da ignorância do povo. O ciclo não muda, mas aumenta e piora, como se fosse um tumor maligno tomando por inteiro o corpo do país.

O remédio da cura da ingenuidade do povo está fora da lista de emergência, mas o veneno que mata a dignidade e o patriotismo é dosado diariamente, e os especialistas de plantão são os jornalistas, os meios de comunicação, os artistas, os estudantes, os movimentos e os sindicatos, todos esquerdistas, que gritam “sem anistia” e ficam cegos, surdos e mudos diante do escândalo bilionário das aposentadorias e da fraude criminosa no INSS; diante da quebradeira dos Correios; diante do assalto diário aos cofres públicos; diante do avanço da violência e da criminalidade; diante dos gastos incontroláveis do governo e dos seus 39 ministérios; e diante da falência fiscal do Estado.  

A elite política ignora a realidade brasileira. Empresas fogem do país e vão à procura de países mais seguros. Investimentos são perdidos, empregos não são gerados e a economia resta frágil e moribunda. O discurso de política social se resume aos benefícios, às migalhas, ao “cala boca” dos famintos e miseráveis. Não há piedade no gesto do sistema, mas tão somente a visionária atitude de manter perto os pobres e necessitados, os eleitores de cabresto, os dependentes da bolsa família, do auxílio gás, do pé-de-meia e de tantos outros benefícios sociais. Os pedintes não têm opção. A dignidade humana é trocada por algumas poucas moedas e alguns pouquíssimos favores do impiedoso sistema.

Enquanto “prospera” o país de um povo que se sujeita a receber esmolas, a humilhação tupiniquim se torna cada vez mais avassaladora. Não há como prosperar no caráter, na dignidade, na honra, se a moral e a ética foram compradas, a liberdade foi retirada, a democracia está aos pedaços, as forças humanas foram minadas e as mentiras e propagandas falsas do sistema e do establishment não deixam o cidadão ver a degradação ao seu redor.

O pior cego é aquele que não quer ver, não deseja enxergar o que está bem à sua frente, prefere fingir que está tudo bem, que nada de ruim está acontecendo, e ignora total e completamente a grave situação do Brasil. 

Abre os olhos e enxerga, povo brasileiro, pelo amor de Deus!

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

Clique aqui e continue lendo sobre temas do Direito e da Justiça, além de outros temas relativos a cidadania, política, meio ambiente e garantias sociais.  

 

Comentários

  1. Como dizem os italianos: BRAVO!!! BRAVÍSSIMO!!! VOU COMPARTILHAR AGORA MESMO. PARABÉNS doutor Wilson!!! Abr. Gilmar Aguiar.

    ResponderExcluir
  2. Maria Carolina S.F. Magalhães2 de dezembro de 2025 às 17:28

    Eu fiquei maravilhada com tanta verdade num só texto. Estou entusiasmada e vou compartilhar também com amigos e grupos. O Brasil precisa enxergar o que está acontecendo. Tudo muito grave e os jornais sérios (poucos) falam os absurdos que estão espalhados pelo Brasil. Os ditadores estão aparecendo feito ratos no queijo. Dr., Wilson Campos, advogado, parabéns meu caro. Att: Maria Carolina S.F.Magalhães (mestra e doutora/empresária cultural).

    ResponderExcluir
  3. Enxerga, povo brasileiro, pelo amor de Deus!!! Enxerga tudo de ruim que acontece no nosso país com a elite política roubando bilhões, escândalo em cima de escândalo - Banco Master como segundo mensalão - e o povo esmolando bolsa família, auxílio gás e etc. Doutor Wilson Campos o senhor é meu ídolo é um advogado admirável e leio seus artigos com grande prazer patriota. Sou brasileira e sou patriota e conservadora, graças a Deus. At: Denise Boaventura (empresária).

    ResponderExcluir
  4. Quem anda com ditadores da Venezuela, Irã, Cuba, China, não pode ser coisa boa. Quem diz que traficante é vítima de usuário de drogas não pode ser coisa boa. Quem gasta milhões com a realização de uma COP-30 e passa vexame geral e ainda é criticado por países como Alemanha, não pode ser coisa boa. Quem gasta mais do que arrecada e ainda não cumpre os termos do arcabouço fiscal não pode ser coisa boa. O Brasil está indo pro buraco e vai levar o povo ao desespero assim como acontece hoje com o povo da Venezuela. Amigo de ditador, ditador é.
    Doutor Wilson Campos o seu artigo é nota 10!!! Jairo L.T. Ramos (pagador de impostos).

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas