AS MAZELAS DE 2020.
Muito além das mazelas do desemprego, da violência e da pobreza, a população brasileira amarga um ano de 2020 dificílimo de ser superado. As dificuldades financeiras e sanitárias tomaram conta do cenário nacional esmagando as esperanças das classes mais fragilizadas, que tanto pedem pela inclusão social, mas que são ainda relegadas a segundo plano, posto que assim funciona a gestão de governantes insensíveis a reboque de um Poder Legislativo paquidérmico. As políticas sociais são vagarosas e quase sempre tardias.
Com certeza, o ano de 2020 parece um pesadelo para a maioria das pessoas, não apenas no Brasil, mas no mundo. O que poderia ser um ano calmo e próspero se transformou em um “tsunami” violento, colocando o indivíduo em colisão com um vírus invisível e amedrontador, desconhecido das pessoas comuns e até mesmo das autoridades médicas e sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS), que, por sua vez, se mostrou incompetente para falar do assunto e para tratar da solução do problema. O novo coronavírus colocou de joelhos as maiores nações mundiais.
No Brasil, particularmente, as mazelas que já eram grandes ficaram maiores diante da pandemia da Covid-19. Os cidadãos brasileiros nem bem se levantam de um tombo e lá vem outro. Não dá tempo nem de respirar e surge outra notícia para sufocar, tirar o ar e jogar de novo ao chão. Isso porque, bem acima do temeroso coronavírus estão as picuinhas, os desaforos e as desavenças políticas, que sempre acabam respingando forte na sociedade. Em vez de união, os políticos preferem o confronto e a contramão da ordem e do progresso. Cada congressista tem seu interesse particular à frente dos interesses do país e do povo. Ou seja, a política brasileira, salvo raras exceções, é feita de demagogos e oportunistas, que só olham para o seu próprio umbigo.
O número de mortos pela pandemia é assustador. E pior que isso é o medo generalizado de que outra onda do vírus venha a enlutar mais famílias. A doença insiste em causar mortes e a vacina enfrenta obstáculos quanto à sua eficácia e à vaidade de certas pessoas. A politização em torno da vacina envolve até mesmo o volume de compra e a sua nacionalidade, enquanto o cidadão brasileiro permanece refém do pânico.
A pandemia e a vacina foram atiradas no meio do foguetório da política nacional, servindo de lastro para interesseiros e vaidosos. Enquanto uns pedem para aguardar a descoberta e a eficiência comprovada da vacina, antes de qualquer compromisso de compra, outros se jogam na dianteira temerária de querer comprar gato por lebre. O risco existe e todo cuidado é pouco, principalmente antes que os organismos sanitários, médicos e hospitalares se pronunciem a respeito da efetiva eficácia de qualquer vacina.
A Polícia Federal efetuou operação e prisão de pessoas incriminadas, em razão do desvio de dinheiro que deveria ser usado no combate à Covid-19. Essa é mais uma nota vergonhosa para o histórico brasileiro, uma vez que são investigados superfaturamento e subtração de valores, que poderiam salvar vidas, mas que são embolsados por indivíduos sem escrúpulos e sem humanidade.
O sofrimento da população não tem fim neste ano de 2020. Os preços dos produtos básicos da mesa da família brasileira subiram muito e o poder de compra está se esvaindo. Da mesma forma, perseguindo o custo de vida alto, surgem as tarifas públicas, com reajustes acima do necessário, desfavorecendo ainda mais a condição de sobrevivência do trabalhador.
O paliativo encontrado pelo governo federal, para atender os mais carentes e necessitados foi o auxílio emergencial no valor de R$600, e depois R$300, mensais, enquanto durar a pandemia ou enquanto suportar a economia. Bom ou ruim, muito ou pouco, esse auxílio contribuiu e contribui ainda para o sustento de muitas famílias.
Em Belo Horizonte, paralelamente à pandemia, à disparada dos preços, ao custo de vida altíssimo, ao desemprego, à violência e à pobreza, os moradores enfrentam os desafios em virtude das chuvas, que provocam inundações e enchentes e, tristemente, causam mortes e arrastam móveis, carros, mercadorias e tudo que encontram pela frente. As chuvas são inocentes, mas os gestores públicos e os políticos são responsáveis.
Por derradeiro, cumpre notificar o poder público municipal da sua inércia em face da situação dramática dos moradores de rua, que hoje são em torno de 9 mil pessoas vivendo em condições sub-humanas na capital mineira. Ou seja, os problemas são inúmeros e não há mais tempo para procrastinar ou postergar soluções.
A cidade precisa de socorro em todas as áreas e o trabalho de soerguimento digno deve começar imediatamente, mesmo porque o ano de 2020 ainda não acabou, as mazelas continuam, os eleitores já fizeram suas escolhas e os eleitos têm que mostrar serviço.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal ESTADO DE MINAS, edição de segunda-feira, 7 de dezembro de 2020, pág. 7).
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PREZADO DR.WILSON
ResponderExcluirBOM DIA
O NOSSO PREFEITO TEM PROBLEMAS DE ESQUECIMENTO PRINCIPALMENTE COM SUAS PROMESSAS E SEM UMA ACESSORIA QUE O FAZ LEMBRAR DE SUAS PROMESAS.AS ENCHENTES DO INÍCIO DE 2020 DOMINARAM O NOTICIÁRIO DE NOSSA CAPITAL E DA PREFEITURA,LOGO EM SEGUIDA ACONTECEU A CHEGADA DO CORONAVIRUS ATÉ HOJE,E LOGO DEPOIS A CAMPANHA PARA PREFEITURA GANHA PELO KALIL.AS PROMESSAS DE CAMPANHA FICARAM PARA TRAS E NO ESQUECIMENTO COMO A MATA DO PLANALTO QUE ELE DIZIA A MATA DO PLANALTO É INTOCAVEL,POIS ELE VISITOU A MATA COM O SEU VICE PREFEITO
E VERIFICOU ALI A EXISTENCIA DE MAIS DE 20 NASCENTES E BIODIVERSIDADES TRAZENDO AO BAIRRO DO PLANALTO POPULOSO E TODA A REGIÃO UM CLIMA MAIS AMENO MATA DO PLANALTO ENCRUSTADA NO LIMITE DE VARIOS BAIRROS.
INTERESSANTE É QUE O VEREADOR DA REGIÃO ELEITO EM 2016 NÃO APARECE PARA PROTEGER A MATA E PARA PROTEGER OS INTERESEES DOS MORADORES,COMO A CAMARA MUNICIPAL ELEGEU OUTROS VEREADORES A TOMAR POSSE EM 2021,O VEREADOR ELEITO DA REGIÃO TINHA QUE SE MANIFESTAR PARECE QUE AQUELES CONSTRUTORES QUE QUERIAM CONSTRUIR EDIFICAÇÕES A MARGEM DA LAGOA DA PAMPULHA SE DESLOCARAM PARA O BAIRRO PLANALTO.
EM 2016 A JUSTIÇA MINEIRA DETERMINOU QUE A MATA DO PLANALTO ULTIMAS AREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA CAPITAL SERIA AREA DE VISITAÇÃO PUBLICA E SUSPENDEU O PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAQUELA REGIAO A DIRECIONAL ENGENHARIA,PROPRIETARIA DE 120 MIL METROS QUADRADOS DAQUELA AREA SABE DISSO E QUER ENTRAR DE QUALQUER MANEIRA PARA CONSTRUÇÃO IMOBILIARIA.
DEVE CONTINUAR DAS MANIFESTAÇÕES DOS MORADORES DAQUELA REGIÃO DA MATA DO PLANALTO FAZENDO AUDIENCIA PÚBLICA,INCLUSIVE DOS SECRETARIOS DE MEIO AMBIENTE,VEREADORES E TAMBÉM DO PREFEITO QUE TEM DE MANTER SUA CONVICÇÃO COM SUA PRESENÇA FÍSICA NO LOCAL E GRAVADO EM VIDEO DE QUE A MATA DO PLANMALTO É INTOCÁVEL.
Atenciosamente
Marco Túlio M. Camargos