PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL EM MIL DIAS DE GOVERNO.

 

Nunca na história do Brasil um presidente da República foi tão implacavelmente perseguido como Jair Bolsonaro. Desde o primeiro dia do seu mandato, as correntes contrárias fecharam o cerco e dificultaram o que prometia ser um bom governo - de soerguimento da economia, de inflexões éticas e morais e de intenso combate à corrupção.

Mas os detratores do país, aliados aos que não sabem perder, logo mostraram as suas garras e deitaram falação sobre liberdade e democracia, sem nem mesmo conhecer o amplo sentido das palavras e sem saber o básico sobre o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.

Em mil dias de governo as agressões foram muitas e acintosas, desrespeitosas e inadmissíveis, principalmente em face do chefe de Estado. A verborragia partiu de diversos setores. E, para piorar, a pandemia de Covid-19 surpreendeu o Brasil e o mundo e interrompeu os programas de governo.

O crescimento, o desenvolvimento e a geração de empregos restaram pelo caminho, tamanha a força destruidora do invisível coronavírus. O Brasil ficou perplexo, e o mundo reagiu da mesma forma.

Sem vacina, os tropeços se multiplicaram, e todos ficaram às cegas no ataque à doença, que tirou vidas e fez surgir uma distância enorme entre o equilíbrio e a razão. 

Em diversos países, incluindo alguns bem próximos, a crise é acentuada, do ponto de vista econômico, social ou político. O caos é generalizado, com constantes convulsão interna e migração com destino ao Brasil. Ou seja, as populações de nações vizinhas acreditam na nossa gente e na recuperação do nosso país, mais do que muitos brasileiros desprovidos de patriotismo.     

Em que pesem a indiscrição e o linguajar próprios do presidente Bolsonaro, nem por isso ele deve ser atacado, como vem acontecendo há mais de mil dias. Ora, se um ministro do STF é ofendido ou desacatado, a medida adotada até então é a prisão, mas, se isso acontece com o presidente da República, como de fato tem acontecido por parte de muitos que abusam da calúnia, da injúria e da difamação, os agressores ficam impunes. Eu pergunto: onde foi parar o princípio constitucional da igualdade?

Não há que se fixar perseguição desrespeitosa e implacável contra o presidente e tratamento brando às demais autoridades. A rigor, os Três Poderes são autônomos e independentes, mas isso não quer dizer que um deva ser colocado sob a lente da verdade, e os outros, não. A transparência e a igualdade são requisitos essenciais às instituições, sem quaisquer distinções ou preciosismos. O respeito é uma via de mão dupla.  

Assim, é mais do que chegada a hora de as ameaças darem lugar à sensatez; de a perseguição ceder espaço ao entendimento; de as normas constitucionais serem cumpridas rigorosamente por todos; de se ajudar o Brasil a chegar ao topo da moralidade e do progresso; e de se fazer triunfar a liberdade, a democracia e a soberania popular.

Chega de opróbrios, alogias e estultices, e vamos pensar no Brasil!

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental/Presidente da Comissão de defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).

(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 30 de setembro de 2021, pág. 21). 

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