SANDÁLIAS DA HUMILDADE.

 

Existem pessoas que nascem e crescem com a arrogância impregnada na alma. São seres que desconhecem o significado de simplicidade. São indivíduos que, jamais, entenderão o que é humildade.

O empedernido governador de São Paulo, João Dória, de competência administrativa sofrível e gestão duvidosa, na mesma proporção da sua petulância e insignificância, tenta administrar o “seu” estado como se estivesse administrando seus escritórios de comunicação e marketing, com estrelismo típico de vedete de televisão. Mas ele se esquece que “sua” capital está tomada pelos zumbis, pobres coitados, da Cracolândia, que tanto envergonha os paulistanos e que vem crescendo assustadoramente, sem nenhuma medida prática ou humana de sua parte. Ou seja, um governador que deixa muitíssimo a desejar, em todos os sentidos.

O citado governador se elegeu à custa do prestígio do presidente Jair Bolsonaro. Tão logo empossado, traiu o presidente e se bandeou para o lado contrário. De forma deseducada e deselegante, cuspiu no prato que comeu. Mostrou ao “seu” estado e ao país o quanto é falso, falastrão e hipócrita. Usa a pandemia para fazer politicagem rasteira, monta um circo glamoroso, midiático, e se joga oferecidamente em campanha antecipada para 2022. Não conhece, não experimentou e não sabe calçar as sandálias da humildade.

No mesmo nível e de caráter parecido, eis que surge sempre em épocas de eleições, o “estudioso” de crises, Ciro Gomes, que nunca defende uma tese com provas, argumentos e exemplos, mas que abusa de textos desconexos e apátridas. Da mesma forma, Lula, FHC, Dilma, Haddad, Marina, Witzel e Maia, que não pensam no povo quando estão no poder, mas tão somente nos interesses próprios. Fazem parte de uma seleta turma de críticos e julgadores do caos apocalíptico, sem, contudo, existir o caos ou existir espaço para suas verborragias enfadonhas, disléxicas e falaciosas. Também precisam conhecer e calçar as sandálias da humildade.    

Os detratores do atual governo, que insultam a pessoa e denigrem a imagem do presidente Jair Bolsonaro, são os mesmos que apreciam as benesses da governança e se lambuzam na comilança do dinheiro público, que, agora, estão proibidas e fora do alcance das novas e velhas raposas da oligarca política tupiniquim. São políticos sem atributos populares, que não conseguem andar no meio do povo, preferindo os helicópteros e os aviões particulares. São farinha do mesmo saco. Tiveram suas oportunidades como presidentes, ministros, governadores, prefeitos e membros do parlamento, mas não venceram nem convenceram, posto que a mediocridade de seus mandatos falaram por si e por suas ações improdutivas e antissociais.

De certo que o melhor para o Brasil seria a união de forças em torno da superação e extinção da pandemia da Covid-19, da vacinação total da população, da geração de emprego e renda e da estabilização da economia, para, depois, começarem os duelos pelas eleições de 2022. No entanto, o que se presencia são agressões diárias contra o atual presidente e criação de clima hostil aos investimentos, crescimento e desenvolvimento, embora ele esteja fazendo o que nenhum deles fez em tempo algum em prol do povo e do país, incluindo o combate à corrupção.

O Poder Judiciário é outro que precisa calçar as sandálias da humildade. Custa caro, produz pouco e demora décadas para atender o jurisdicionado. Os magistrados têm privilégios que envergonham o povo e causam inveja aos membros do Legislativo, que não ficam atrás nos gastos e nas despesas, esgotando ao máximo seus orçamentos autônomos absurdos e escorchantes. Uma vergonha nacional que precisa ser erradicada junto com a pandemia.

Os velhos caciques da política brasileira não largam o osso, e quando o fazem, transferem para filhos, irmãos, sobrinhos, genros, noras e parentes próximos. Ou seja, o país nunca se vê livre dessas sanguessugas e parasitas, que, de geração em geração, continuam mamando nas tetas do poder público e se alimentando das cestas milionárias de camarões, lagostas, caviar, ostras, trufas, uvas, queijos finos, vinhos e whiskies importados e tantas outras comidas mais caras do mundo, servidas principalmente ao bel-prazer dos ministros do STF e também dos deputados e senadores em seus gabinetes luxuosos e nas suas casas e apartamentos cedidos pelo bondoso e sucateado Estado brasileiro. Todos esses senhores e senhoras, indistintamente, precisam calçar as sandálias da humildade.

Com a devida venia, ouso sugerir a “Vossas Excelências”, personalidades retro citadas, juntamente com suas respectivas agremiações funcionais, seguirem o seguinte exemplo bíblico: “Vivendo inteiramente em sua cultura, Jesus lavou os pés dos seus discípulos. A casa era emprestada. Não estamos, portanto, diante de uma demonstração de hospitalidade. Jesus sempre parte das situações, vivencia-as e transforma o seu significado. Jesus muda as coisas para nos ensinar uma verdade ou para nos oferecer uma vida com dignidade. Neste caso, Ele tomou uma prática arraigada no tempo (o banho dos pés) para ensinar como devem ser as relações entre as pessoas. Segundo a Bíblia, Ele se levantou da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Neste instante, Judas estava consolidando seu pacto com o diabo para trair Jesus. Nesta hora, os discípulos se perguntavam quem era o maior. Não se consideravam servos, que tinham a missão de lavar os pés dos senhores e dos visitantes ilustres. Os discípulos estavam mais preocupados com seu ego e com a importância de ser um melhor que o outro”.

Trazendo a lição bíblica para os tempos atuais, para a situação que vivemos no Brasil, e admitindo nossa igualdade uns com os outros, recordamo-nos que somos capazes de amar ou odiar. Podemos ser fiéis ou traidores. Talvez precisemos lavar os pés uns dos outros todos os dias, tal a tentação da arrogância, da traição e da vaidade a nos rondar. “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo”. (Filipenses 2.5-7).

Portanto, em vez de fanfarronices, verborragias e traições, senhores e senhoras, calcem as sandálias da humildade e lavem os pés uns dos outros, antes de julgarem açodadamente, atirarem a primeira pedra ou se locupletarem à custa dos usurpados e extorquidos cofres públicos.  

Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG/ Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental).  

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Comentários

  1. José Eustáquio Pitanga F.6 de fevereiro de 2021 às 18:00

    Os traidores serão punidos amanhã ou depois. São covardes que nãomerecem a confiança dopovo. Não se elegerão nunca mais espero. QueDeus assim nos proteja. Amém. Abraço Dr. Wilson e parasbéns pelo patriota artigo como sempre. José Eustáquio P.

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  2. Não posso discordar de nada do que o senhor disse Dr. Wilson porque o senhor é sempre correto e diplomático em tudo que diz e escreve. Aprovo tudo falado. Estamos unidos na desfesa donosso querido Brasil. At. Cleonice T. Rios.

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  3. Esse Dória e os outros lobistas dos chineses vão fazer de tudo para ferrar com a nossa democracia.
    Estamos alertas e vigilantes e não vamos permitir que nos roubem além do que já roubaram. As forças armadas terão de estar com o povo brasileiro.
    Estamos abertas.
    Parabéns Dr Wilson pelo artigo e por sua defesa do que é certo - democracia, liberdade, ética, honestidade, fidelidade, moralidade, legalidade e eficiência para o povo e pelo povo.
    Abrs. Geraldo Pacheco.

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