RETROSPECTIVA POLÍTICA DO FRACO 2023.

 

O ano de 2023 começou conturbado, com o governo Lula III falhando em impedir os atos de 8 de janeiro, mesmo tendo obtido dados de inteligência antecipados de que a depredação seria iminente. Não depredação dos patriotas (senhores e senhoras de bandeira nacional nas mãos), mas de vândalos da esquerda infiltrados.

A posterior CPMI dos atos de 8 de janeiro mostrou como a administração de Lula III foi negligente e, depois, ainda tentou esconder as provas disso. A CPMI foi manipulada pela esquerda caviar do governo petista e o resultado foi uma trapalhada dos infernos, incoerente e sem o menor teor de credibilidade. Uma farsa montada que caiu no colo da turma do PT, como sempre incompetente e ideológica ao extremo.

O presidente Lula III está completando quase 12 meses de mandato, mas ficou governando em território brasileiro apenas durante dez. Foram mais de dois meses viajando com Janja sob o alegado objetivo de projetar o Brasil internacionalmente. Viagens com gastos excessivos (bilhões) e exposição diplomática ridícula. Essas viagens resultaram em questionáveis ganhos econômicos (pífios) e em um desastre nas relações internacionais ao aproximar o Brasil dos regimes ditatoriais da Rússia, China, Cuba e Venezuela.

No Brasil, Lula III começou o ano tentando governar o país através de medidas provisórias, mas enfrentou grande resistência no Congresso. Saindo da sua tradicional inércia, a Câmara se revelou uma força de oposição ao governo e impôs derrotas significativas a Lula. Entre elas estavam a derrubada do Decreto do Marco do Saneamento e a retirada de pauta do Projeto de Lei das Fake News.

O governo foi derrotado pelo Congresso ao tentar aprovar sua configuração de ministérios: os parlamentares acabaram determinando o esvaziamento das pastas do Meio Ambiente, de Marina Silva, e dos Povos Indígenas, de Sônia Guajajara. A reestruturação da Esplanada dos Ministérios de Lula só foi confirmada no meio do ano após a distribuição de emendas parlamentares. Ou seja, só depois do famoso “toma lá dá cá”.

As emendas foram, aliás, a principal moeda de troca do governo Lula III no ano de 2023. O governo liberou, por exemplo, R$ 5,3 bilhões em um único dia em emendas para garantir uma de suas maiores vitórias no ano: a aprovação inicial da Reforma Tributária, em julho. As emendas são altamente cobiçadas pelos parlamentares para levar obras e recursos para suas bases eleitorais.

No entanto, a liberação dessas verbas não garantiu o apoio que o governo precisava e Lula III teve de recorrer a uma velha fórmula: ceder ministérios e cargos para obter apoio dos congressistas. Em nome do pragmatismo, Lula abandonou a defesa da bandeira de mais mulheres no governo e rifou a ministra do Esporte, Ana Moser, para entregar a pasta para André Fufuca e, assim, tentar trazer o PP para a base do governo. O Republicanos, do presidente da Câmara, Arthur Lira, foi presenteado com o ministério de Portos e Aeroportos, entregue ao deputado Silvio Costa Filho.

Mesmo assim, a vida do governo não ficou muito mais fácil no segundo semestre. O apetite do Centrão por cargos avançou sobre a Caixa Econômica e sobre a Funasa. Além disso, os parlamentares passaram a se articular para ter cada vez mais poder sobre a liberação de emendas e verbas do governo federal.

No segundo semestre, Lula lidou com a aposentadoria da ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal. Antes de encerrar a carreira, Weber articulou votações de caráter progressista e manobrou o julgamento que resultou na rejeição da tese do marco temporal das terras indígenas - desencadeando uma revolta no Congresso contra o ativismo do Supremo.

Pautas do governo foram obstruídas e o Congresso não só aprovou um projeto favorável ao marco temporal como avançou em propostas que limitam o poder do Supremo. Isso trouxe Lula III para o centro desse debate. O presidente vetou o marco temporal, mas sua base possibilitou a aprovação no Senado da proposta de emenda constitucional que limita as decisões monocráticas do STF.

Mas logo depois, em uma ação aparentemente contraditória, Lula III atendeu ao desejo de ministros do Supremo indicando seu controverso ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga de Rosa Weber - despertando o furor da oposição. Aliás, Flávio Dino é o mesmo que se revelou um péssimo ministro da Justiça e Segurança Pública, além de ter sido um desastre como governador do Maranhão, onde é conhecido como vingativo e perseguidor de opositores.

Coroando o ano de viagens internacionais, Lula III conseguiu passar apagado na Conferência Mundial do Clima – COP 28. As reportagens do jornal Gazeta do Povo (o melhor jornal do Brasil) mostram como isso se deu. Após se alinhar com ditadores o presidente petista fracassou em ocupar o único espaço em que poderia conseguir o destaque internacional que tanto deseja: o de líder dos países em desenvolvimento na defesa do meio ambiente. Ou seja, Lula III fracassou na COP-28 e ainda fez papel de interlocutor de ditaduras. Uma vergonha!

Lula III também já deixou claro como deve ser o ano de 2024: o governo deve se afastar cada vez mais de políticas de austeridade fiscal para tentar atingir o equilíbrio das contas públicas com a ajuda do pobre do contribuinte brasileiro, por meio de tributos, impostos e taxas cada vez mais elevados. O governo petista vai aumentar ainda mais o gasto público e mandar a conta para o pagador de impostos. E o PT quer abrir de vez as torneiras dos gastos públicos para seus "companheiros".    

Ah! Veja bem: 1) Flávio Dino foi aprovado agora pelo Senado para ministro do STF, lamentavelmente, graças a alguns senadores inimigos do país e só interessados nos seus próprios objetivos de sugar e nada legislar; os mesmos senadores sempre ajoelhados e movidos a moedas de troca; 2) A Reforma Tributária acaba de ser definitivamente aprovada na Câmara dos Deputados e a PEC da Reforma já deve ser promulgada; 3) A correria do final de ano já mostra seu “jeito fácil” de tudo ser votado e aprovado a toque de caixa na Câmara e no Senado, mas sempre em troca de grandes obséquios; 4) O Congresso resolveu trabalhar um pouco e derrubou os vetos de Lula III ao marco temporal das terras indígenas e à desoneração da folha de pagamento; 5) Lideranças petistas, mais comunistas do que socialistas, se revoltam neste fim de ano contra tudo e todos que não leiam na sua cartilha do Foro de São Paulo, e isso vale para os parlamentares de centro e de direita; 6) O governo Lula III fecha o ano de 2023 em baixa, com pesquisas mostrando aumento da desaprovação popular; 7) Lula e o PT não superam ódio e ainda prometem vingança contra Sérgio Moro, Jair Bolsonaro e até mesmo contra o poderoso e admirado Agronegócio brasileiro; 8) O Brasil segue desgovernado e entregue à própria sorte, pelo menos enquanto os brasileiros de bem não saírem da posição de cócoras e mostrarem coragem.             

O ano de 2023 não foi nada bom para os brasileiros e não há evidências por ora de que 2024 será diferente. Tudo foi muito bem (100%) apenas para os políticos e para os membros do governo Lula III, incluindo seus 38 ministérios e toda a militância que ajuda a aparelhar o Estado.

Por enquanto é isso, mas não vamos deixar de ser patriotas, não vamos entregar nosso país nas mãos de corruptos e comunistas, e não vamos deixar de apontar os erros, as falhas, os absurdos, as incongruências, as negociatas e os paradoxos do governo Lula III no ano que vem.

DEUS tenha piedade do Brasil e do povo brasileiro. E que em 2024 tenhamos melhor sorte!  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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Comentários

  1. Breno e Daniela Fonseca P.18 de dezembro de 2023 às 18:14

    Dr. Wilson o ano de 2023 foi fraco e o governo petista uma tragédia. Só Deus mesmo para nos ajudar e ajudar nossas famílias. Vamos lutar e pedir a Deus dias melhores e que esse governo sofra impeachment rápido e a esperança volte. Abrs. Breno e Daniela Fonseca.

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  2. 12 meses de vexames e preços muito altos, sem dinheiro para cerveja e sem dinheiro para carne de segunda e quanto mais para a picanha prometida pelo chefe petista. Mentiras aos montes da esquerda comuna. Dr Wilson parabéns pelo ótimo blog. Fabiano Marcus.

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  3. Quem fez o L deve estar arrependido ao ver o preço dos alimentos, do arroz, do feijão, das frutas, das verduras, da carne ... de tudo. O lunático presidente da turma do L viaja e viaja e viaja e o povo aqui se matando para trabalhar e pagar as contas dele e da esbanja no exterior. A dupla do vexame não fica um dia sem causar vergonha alheia. Dr. Wilson como pode um eleitor votar nessa gente? Será que essa gente que fez o L não tem família? Não respeita Deus? Não tem Jesus Cristo no coração? Ana M. F. Graciano.

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