A CHANCE DE 2025 SER PIOR DO QUE 2024 É GRANDE.
A meu sentir, sem querer ser pessimista, mas analisando o aperto tributário vigente e as condições gerais da economia, não há outro entendimento razoável que não seja o de que o resultado fiscal não vai melhorar e o equilíbrio mínimo necessário das contas do governo não vai se concretizar.
Suponha que eu esteja completamente errado, que o mercado, depois da cambalhota, caia de pé e que o governo consiga parte da receita extraordinária que estimou na sua reforma tributária. Ainda assim, permanece a falta de confiança no corte de gastos por parte do governo, e prospera a pesquisa que aponta que 90% do mercado financeiro desaprova a política econômica de Lula.
Não bastassem os números desanimadores, a população é obrigada a conviver com pacotes duvidosos de um governo gastador. Os tempos para a economia brasileira são sombrios, com diversos indicadores mostrando desequilíbrio do crescimento. Faz-se necessário aumentar a capacidade produtiva, pois é possível crescer e ter números mais próximos de 3% sem gerar inflação e efeitos negativos, como agora com a subida de juros.
A oscilação do dólar, cuja cotação já chegou a ultrapassar os R$ 6, e o Banco Central elevando os juros a 12,25% ao ano, podendo atingir 14,25% em março, não foram suficientes para abafar o ruído do Ministério da Fazenda, que continua insistindo no seu insuficiente pacote de corte de gastos públicos.
Em vez de encarar com seriedade o problema do equilíbrio fiscal e o crescente volume de despesas do governo, o Ministério da Fazenda preferiu jogar para a plateia, utilizar-se do seu tradicional oportunismo e propalar que aumentou a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. A benesse, ou renúncia fiscal, como queira chamar a medida demagógica, pode tirar em torno de R$ 45 bilhões dos cofres públicos, com impacto nas finanças necessárias para a realização de obras de infraestrutura, por exemplo.
Como compensação para essa medida bondosa, o governo fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil. Ou seja, faz bondade para uns sem pesquisar a fundo como será a reação de outros que muito batalharam para chegar a um patamar melhor de salário ou renda. Daí a escalada cada vez maior da "pejotização", pois ninguém aguenta alimentar ad aeternum um governo gastador.
Os pronunciamentos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm sido para tentar justificar o pacote de corte de gastos, que supostamente prevê uma economia de R$ 70 bilhões (insuficientes) nos próximos dois anos - R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Insuficientes porque o rombo fiscal está muito acima desse valor, haja vista que o setor público consolidado (União, Estados, municípios e estatais) já registrou um déficit nominal (rombo) de R$ 1,128 trilhão em 12 meses de gestão do atual governo. O maior rombo da história do país.
Para conseguir se manter na corda bamba, sem cair no descrédito total do mercado, o governo vai precisar de um esforço enorme para cobrir as despesas fora do teto, que voltarão em 2025. De forma que a matemática é simples: as despesas não previstas no orçamento de 2024 vão pressionar muito as contas públicas em 2025.
Portanto, os números não mentem, e a chance de 2025 ser pior do que 2024 é grande.
Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 19 de dezembro de 2024, pág. 19. Coluna de Wilson Campos).
Parabéns doutor Wilson pelo seu posicionamento justo e correto. O mercado financeiro está ficando louco com essas medidas do Lula e seu ministro que diz nada saber de economia. Saudades do Paulo Guedes que o senhor mesmo cansou de elogiar no seu blog. Paulo Guedes é mesmo um professor na área da economia e Haddad é calouro e fraco nessa área. A diferença é abissal. O primeiro salvou o Brasil da infâmia e destruição deixadas pelo PT antes, e agora o segundo volta para colocar o Brasil de novo no fundo do poço com sua incompetencia natural. Coitado do nosso Brasil e do nosso povo. Saudações doutor Wilson Campos e continue firme na nossa defesa. O Brasil agradece. Januário Vasconcellos.
ResponderExcluirConcordo 100% com o texto e vamos juntos. Att: Vera Lúcia D.S. Alencar.
ResponderExcluirCom o PT no governo não sobra nada de bom e o povo só sofre e sofre muito e enquanto isso os investidores saem fora do país e não vão pagar pra ver porque esse PT e esse Lula louco só sabem cobrar impostos e gastar com mordomias e luxos de seus 3 poderes e principalmente com o centrão cheio de políticos mercenários e canalhas que só querem verbas de emendas e cargos e dinheiro e propinas. Política mesquinha e quadrilheira. Deus nos livre dessa gente. Cadê o povo nas ruas, cadê a polícia para ajudar o povo? cadê os caminhoneiros para parar esse país cheio de coisas erradas e gastando trilhões com safadeza de políticos e governantes exploradores do coitado do povo que paga impostos para eles gastarem com seus mimos??? Cadê todo mundo???. Abraço Dr. Wilson Campos e seu artigo é a mais pura verdade vivida pela advocacia brasileira, sempre sem suas prerrogativas e sem respeito das "autoridades" e a oab fica com a boca no saco acovardada como sempre. João Pedro G.S. Amorim.
ResponderExcluirParabéns pelo artigo e pelo entendimento correto do tema. Dou ciência e anuência total. Marta M. Antunes.
ResponderExcluirRealmente é isso - o ano de 2025 será pior do que o ano de 2024, porque a gastança continua e o saldo devedor de 2024 virá somar em 2025 e o contribuinte e o trabalhador vão sofrer para pagar essa conta salgadíssima do governo Lula 3. Muito bom o artigo e parabéns dr. Wilson. Sou at.: César Perdigão.
ResponderExcluirEstá escrito pelo dr. Wilson e confirmado pelos jornais sérios que o Brasil será muito pior a cada ano de governo petista e esquerdista e comunista. Coisa de dar medo esse partideco comandado por um demagogo e mentiroso e golpista e descondenado chamado Lula. Pobre Brasil. Pobre povo brasileiro. Pobres de todos nós. Veridiana Gomes (Brasileira e família).
ResponderExcluir2025 será de inflação alta, fuga de investidores, saída rápida de dólares, irresponsabilidade fiscal, tributação excessiva, carga tributária violenta, sufoco dos municípios e estados, preços disparados, descrédito total do governo, ou seja, o Brasil vai piorar muito em 2025. Culpa do governo federal. Culpa dos políticos. Culpa do povo que não sabe votar. Culpa de todos. O artigo do adv dr. Wilson Campos está certíssimo e diz o que está aí escancarado para todos ver e muitos não querem enxergar. Carlos A. Vergueiro S. Jr.
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