GOVERNO LULA FAZ CARIDADE COM DINHEIRO ALHEIO.
“É fácil ser ‘caridoso’ enquanto os outros estão sendo forçados a pagar a conta”. (Murray N. Rothbard).
O pacote de “bondades” do presidente Lula (PT) alavanca ainda mais sua coleção de gratuidades à custa do contribuinte brasileiro. Ele não sabe que qualquer “ajuda” deve ser vista como um apoio e não como uma solução eterna para quem recebe. Ele não entende que o Estado deve evitar a dependência e incentivar a autonomia das pessoas.
Alheio a tudo isso, embora o escândalo da fraude bilionária no INSS esteja incendiando o país, Lula enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) da reforma do setor elétrico nessa quarta-feira (21/05). Um dos principais pontos da MP é a tarifa social da energia elétrica, que, na prática, garante a gratuidade da conta de luz para famílias que recebem mensalmente até meio salário mínimo por pessoa e com consumo de até 80 kWh/mês.
Quem vai pagar essa gratuidade da conta de luz para essas pessoas?
O consumidor, que continuará pagando integralmente sua conta de luz, terá que arcar com o aumento da tarifa, a fim de compensar a iniciativa do governo, por praticamente mais de dois anos - a depender da deliberação do Congresso sobre a medida.
Isso é justo? Isso está certo? Ora, Lula faz caridade com dinheiro alheio. Lula é bondoso com uns e obriga outros a pagar a conta da sua “bondade”. A MP de Lula aumenta em 20% o custo da indústria e isso significa que esse aumento será repassado para o consumidor.
O governo Lula alega que a medida é uma ampliação de benefícios que atualmente estão em vigência- as estimativas são de que possa atingir até 60 milhões de pessoas. Segundo o Ministério de Minas e Energia, famílias de baixa renda já recebem os seguintes descontos, de acordo com o consumo: até 30 kWh/mês: 65% de desconto; entre 31 e 100 kWh/mês: 40% de desconto; entre 101 e 200 kWh/mês: 10% de desconto; isenção até 50 kWh/mês para famílias indígenas e quilombolas.
Mas não existe almoço grátis. Alguém vai pagar a conta. E esse alguém será o contribuinte, o consumidor, a classe média, os setores comerciais e industriais.
A tarifa social de energia elétrica ainda contempla pessoas com deficiência ou idosos no Benefício de Prestação Continuada (BPC), famílias indígenas e quilombolas cadastradas no CadÚnico e famílias atendidas por sistemas isolados por módulo de geração off-grid.
Outro desconto que também beneficia famílias de baixa renda é a isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para quem consume até 120 kWh/mês, com previsão de impactar cerca de R$ 55 milhões de pessoas.
A iniciativa já era esperada e integra um pacote de quatro medidas tomadas pelo governo para estimular o consumo da camada da população com renda mais baixa. Ela se soma ao Gás para Todos, à isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais e ao crédito consignado privado para trabalhadores CLT, mas que usa o FGTS como garantia.
As medidas foram implementadas diante da queda de popularidade do governo petista, em uma tentativa de reavivar o apelo social do terceiro mandato de Lula, já com o olho nas eleições de 2026. Durante o lançamento da MP, o populista Lula disse que a iniciativa busca trazer “justiça tarifária para o país”.
Assim como ocorre com as medidas anteriores, a tarifa social de energia elétrica deve encontrar pouca resistência no Congresso Nacional, devido ao seu apelo popular. Após a reunião na qual Lula entregou a MP, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o tema é muito técnico e que deve ser amplamente discutido na Casa.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que o tema é complexo e que demandará um “grande debate na comissão mista”. Ele ainda afirmou que o Congresso “está comprometido em contribuir, com maturidade institucional, para o aprimoramento do texto”.
O presidente da Câmara e o presidente do Senado só não falam da CPMI da fraude do INSS. Por quê?
O governo petista tem quase certeza absoluta que a sua MP da energia elétrica será aprovada, mesmo porque o Congresso está nas suas mãos, ajoelhado e sujeito ao fácil “toma lá dá cá”. Ou seja, a aprovação da MP é certa, mesmo que a compensação traga aumentos na tarifa de energia elétrica para os consumidores da classe média.
Vale notar que, segundo levantamento feito pelo jornal Estadão e também conforme a matéria do jornal Gazeta do Povo, o programa será pago com encargos que incidirão sobre os consumidores do mercado regulado - aquele das concessionárias de energia elétrica e que abastece residências e pequenos comércios.
Em seu anúncio da medida, o governo estimou um impacto de cerca de R$ 3,6 bilhões, compensado por outros eixos da MP. O principal deles, o segundo eixo, prevê a abertura do mercado de energia elétrica de baixa tensão - ou o mercado livre de energia - para todos os consumidores.
Atualmente, apenas grandes indústrias, consumidoras de alta e média tensão, podem optar por adquirir energia diretamente dos fornecedores, sem a intermediação das concessionárias.
O governo Lula afirma que, com a proposta, todos os consumidores terão direito a comprar energia de um fornecedor que mais se adeque à sua realidade, tendo liberdade para escolher as melhores tarifas. No entanto, essa possibilidade só estará disponível para pequenos consumidores a partir de dezembro de 2027. Ou seja, até lá, eles terão que arcar com os incrementos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar o impacto estimado em R$ 3,6 bilhões das medidas propostas nesta semana pelo governo petista, demagogo e oportunista.
A CDE é um encargo que incide sobre os encargos de energia e que financia a tarifa social de energia elétrica, além de subsídios a energias renováveis, o programa Luz para Todos e a eletrificação na zona rural.
Atenção! Como dito anteriormente, a MP do governo para o setor elétrico também prevê que famílias com renda mensal entre meio e um salário mínimo e que consomem até 120 kWh/mês sejam isentas da CDE. A estimativa é que a medida atinja 55 milhões de pessoas e que traga uma redução de 12% nas contas de luz. Mas quem vai pagar essa conta? Ora, também como dito anteriormente, o consumidor que continuará pagando integralmente sua conta de luz terá que arcar com o aumento da tarifa, a fim de compensar a iniciativa do governo, por praticamente mais de dois anos - a depender da deliberação do Congresso sobre a medida.
Também segundo o jornal Gazeta do Povo, a proposta do governo ainda traz o fim do “desconto no fio” - um subsídio concedido a grandes indústrias com alto consumo elétrico. Atualmente, elas contam com redução no pagamento da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão e da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. A ideia é acabar, no longo prazo, com os descontos para o uso da rede no consumo de fontes eólicas e solares, sobre as quais recaem os subsídios - esse incentivo fiscal também é compensado pela arrecadação com a CDE.
Alegam também que a medida não impactará contratos acordados antes da MP, independentemente do tempo previsto, e que também não serão afetados os descontos já concedidos para os geradores de fontes energéticas eólicas e solares.
Com a nova regra, empresas que contratarem fornecimento no mercado livre de fontes incentivadas não poderão mais contar com os descontos.
Representantes do setor elétrico já se pronunciaram em relação à MP do governo. A Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em nota, instou o Congresso Nacional a não incluir subsídios na MP. “A Abradee compreende o papel relevante do Congresso Nacional na discussão do texto e espera que, durante a tramitação, a medida não sofra alterações que impliquem em ampliação de subsídios que resultem em aumento da tarifa de energia elétrica para os consumidores”, afirmou.
Já a Abraceel, Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, interessada direta na abertura do mercado, afirmou que a iniciativa dará aos brasileiros a opção de escolher o seu fornecedor de energia elétrica, optando por preços mais baixos e melhores condições de fornecimento.
O presidente-executivo da entidade, Rodrigo Ferreira, disse que a medida abre uma “janela de oportunidade”, a fim de garantir uma “abertura equilibrada [do setor], haja vista que as contratações das distribuidoras estão em franco declínio, permitindo uma abertura sem sobras de energia no mercado cativo”.
Dados de um estudo feito pela associação mostram que a liberalização do mercado tem potencial de gerar economia aos consumidores de R$ 35,8 bilhões por ano na aquisição de energia elétrica em comparação ao valor desembolsado atualmente, trazendo uma redução média de aproximadamente 20%, considerados os preços de 2024.
Essas explicações e essas colocações estão sendo veiculadas pelo governo na imprensa, mas a realidade do Brasil é outra -o contribuinte está cansado de ser taxado e obrigado a pagar a conta do desgoverno atual.
A MEU SENTIR, como não existe almoço grátis, a conta vai ficar com a classe média e os consumidores industriais e comerciais, que verão um aumento em sua conta de luz.
Isso vai acontecer porque o governo está propondo que a gratuidade seja bancada por meio de um aumento da CDE, a conta de desenvolvimento energético que é cobrada na tarifa dos consumidores e hoje já representa de 13% a 15% do valor total. Ora, que fique bem claro: quando o governo aumenta a CDE e ainda tira consumidores que hoje contribuem com a conta, quem sobra pagando naturalmente vai ter que pagar mais. Simples assim.
Para compensar esse aumento, o governo está propondo que o consumidor do mercado livre (hoje, basicamente as empresas, grandes e pequenas) contribua mais com a CDE. Hoje, esse perfil de consumidor contribui com R$ 4 bilhões de uma conta total de R$ 48 bilhões por ano. A proposta do governo é que ele passe a contribuir com metade do montante, ou seja, um aumento de 6x (seis vezes). É brincadeira? O governo Lula não corta suas despesas, só aumenta gastos, e ainda quer que a classe média e as pequenas e grandes empresas paguem por suas “bondades” impensadas e desproporcionais.
O impacto dessa contribuição forçada, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), será um aumento de 25% na conta de luz dos consumidores do mercado livre, e essas pessoas são as que geram emprego e renda para o país, e que mais uma vez serão oneradas.
Quanto à questão da migração, ainda que seja um sucesso, e haja um grande número de migrações, a abertura do mercado livre só vai valer a partir de janeiro de 2028. Até lá, esse consumidor vai pagar mais caro.
Quer saber? Na prática, a MP da energia elétrica do Lula está criando um imposto escondido para parte da população, especialmente para ele conseguir bancar mais um programa social demagogo, oportunista e eleitoreiro. E tudo isso porque sua popularidade está despencando cada dia mais.
Reitero que se trata de uma medida de caráter populista e eleitoreiro, com visão de curto prazo, porquanto o governo petista não esteja preocupado com estrutura ou modernização do setor elétrico. Na realidade, Lula e seu fraco governo estão realizando mais um programa social, usando agora a energia e colocando alguns penduricalhos para chamar de reforma.
Francamente, se o governo Lula quer fazer mais um programa social ambicioso e interesseiro, deveria colocar o custo desse programa no orçamento da União, e não na CDE. Aliás, isso sim seria mais transparente e mais justo para todos. Mas esse atual governo só pensa em si, no PT, na esquerda e nas próximas eleições. Não existe nada de “justiça tarifária” na MP de Lula, mas existe uma declarada ação eleitoreira dos parasitas do assistencialismo.
Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).
Excelente visão doutor Wilson Campos. Nós empresários não temos para onde correr mais - todos os lados estão cercados por taxas, impostos e sacrifícios. Os lucros não são suficientes nem mesmo para pagar salários e encargos sociais e impostos. Tem mais agora: a conta de luz que vai aumentar porque o governo Lula vai fazer bondade com o nosso chapéu, das empresas, indústrias e classe média. O consumidor vai pagar mais e o contribuinte vai ter mais imposto a recolher enquanto o governo do PT faz campanha eleitoral antecipada já para 2026. Isso é mesmo uma vergonha. Vergonha nacional. Vergonha mundial. Dr. Wilson Campos receba meus parabéns por sua ética e sendo de justiça para todos e pensando em todos e não apenas em alguns. Att: Bianca M.S.Furlan de M. (empresária, pagadora de impostos e classe média).
ResponderExcluirPenso desta forma e tenho dito: - Na prática, a MP da energia elétrica do Lula está criando um imposto escondido para parte da população, especialmente para ele conseguir bancar mais um programa social demagogo, oportunista e eleitoreiro. E tudo isso porque sua popularidade está despencando cada dia mais. Valeu doutor Wilson, gratidão. Diego J. Miranda Sobrinho.
ResponderExcluirO senhor Lula vive no mundo da lua, ele não paga conta nenhuma porque o governo paga as despesas gerais e totais dele. Por isso ele não sabe que qualquer “ajuda” deve ser vista como um apoio e não como uma solução eterna para quem recebe. Ele não entende que o Estado deve evitar a dependência e incentivar a autonomia das pessoas. É isso mesmo doutor Wilson Campos,o senhor está super correto e estou no mesmo entendimento. Jander Vicentino S. Moraes (classe média que mais paga imposto nesse país).
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