AS CAMBALHOTAS DO ESTABLISHMENT POLÍTICO BRASILEIRO ATUAL.

 

O establishment político brasileiro atual vem se tornando uma peça indecifrável do tabuleiro econômico, financeiro, legal, institucional e social. A face rubra dos seus seletos membros não é de vergonha, mas de tapinhas recebidos na cara. A desfaçatez se soma à beligerância daqueles que deveriam ser exemplos, mas que não passam de aprendizes do colapso estamental burocrático, reféns de um ideal político particular.

Há que compreender o establishment político brasileiro atual, que, afora os milhões de problemas internos, existem as questões externas complexas, que remetem ao fato de apoiar regimes de exceção, governantes de ditaduras. E nesse ponto, hoje, reside o maior gol contra do Brasil.

Os caciques do establishment político brasileiro atual precisam entender que, perseguir, marginalizar e criminalizar milhões de cidadãos conservadores gera um alto custo, porquanto seja essa parcela da sociedade a que mais paga impostos e carrega o país nas costas.

O problema do Brasil não é a direita, os patriotas, os conservadores. O óbice não é Trump ou os EUA. A questão emblemática e extremamente polarizada é o “nós contra eles” alimentada pelo ódio da esquerda. Da mesma forma é colocar “pobre contra rico”, “preto contra branco”, “progressistas contra conservadores”.

Uns querem a ideologia acima de tudo. Outros exigem racionalidade e equilíbrio. Mas uma coisa é certa: não haverá paz no seio da sociedade enquanto o Brasil estiver de mãos dadas com países governados por ditadores. A paz social jamais virá enquanto perdurarem censura, perseguição e ódio contra quem não esteja alinhado ao sistema.

O establishment é como Maquiavel descreveu: uma máquina estável que mantém seus desafiadores acuados e que sempre procura fazer o sistema funcionar em benefício de si próprio. Exatamente como acontece hoje no Brasil, que já vive os sobressaltos da volta da corrupção desenfreada, dos rombos bilionários no INSS, dos desvios nas estatais, da incúria nas instituições e nos órgãos públicos, das perseguições políticas e da censura à opinião e à liberdade de expressão.

O establishment político brasileiro atual já está um tanto perdido por causa da rapidez das informações, do alcance das redes sociais e das inúmeras inovações tecnológicas. A elite governante está aos poucos perdendo o controle da imprensa tendenciosa, dos currais eleitorais, dos organismos civis e de quase tudo que antes influenciava por interesses particulares.

O Brasil não quer e não precisa de autocrata, seja de esquerda ou de direita, uma vez que ele sempre põe fim à soberania, à liberdade e à democracia. Um movimento político impulsionado pelo autoritarismo ou pelo ressentimento pode dar poder a uma nova forma de controle oligárquico, cujos resultados serão catastróficos e difíceis de controlar ou suportar.

Alguns “especialistas” entendem que a taxação de Trump de 50% sobre os produtos brasileiros enviados aos EUA conta pontos para Lula, que poderá alegar ser vítima do “imperialismo americano” e levantar a bandeira de coitadinho e de território brasileiro ameaçado. Besteira! O povo brasileiro sabe muito bem o que está acontecendo, os setores produtivos e empresariais, idem, e as redes sociais são a prova viva disso. As notícias correm. O povo está melhor informado e conhece o discurso mentiroso e hipócrita de Lula.

Enquanto o Brasil escorrega e retrocede, a vizinha Argentina avança, prospera e vai em sentido contrário, conversando e negociando com os EUA tarifas zero para 80% dos seus produtos. Ou seja, enquanto o establishment político brasileiro atual dá cambalhotas, países democratas, sérios e bem governados caminham firmes na busca de crescimento e desenvolvimento.

Essa mania de querer ser grande na aparência só atrasa o Brasil. Fazer alianças com ditaduras também. Ao tratar com tanto esmero o governo do Irã, que anda na contramão da política da paz mundial, por insistir na ideia fixa de enriquecimento de urânio e construção de bomba atômica, o governo brasileiro, grande cabeça do establishment político atual, dá claras mostras de que está no rumo errado e cada vez mais atolado em vexames e crises. O apedeuta, ignorante em vários assuntos, quer ser o centro das atenções. Mas não será!   

Hoje, na corrida desesperada de querer ser um grande homem público com reconhecimento nacional e internacional, Lula escorrega, tropeça, mente, tergiversa e acaba sempre abraçando ditadores iranianos, cubanos, venezuelanos, chineses, russos e outros que queiram usá-lo como boi de piranha. Ele pensa estar agradando essa claque, mas na realidade está servindo unicamente para cutucar onça com vara curta.

O establishment político brasileiro atual, encabeçado por Lula, traz sérios riscos aos interesses econômicos e financeiros do Brasil. Lula teima em ser exageradamente cortês com líderes de ditaduras, seja emprestando dinheiro que não é seu, fazendo gracinha com o sacrifício dos brasileiros ou dando apoio a programa nuclear de terceiros. Nessas questões, o governo brasileiro tem se posicionado contra as sanções aplicadas pelos EUA, que alegam descumprimento de acordo internacional, ameaças ao dólar e riscos de atentados terroristas.

No caso concreto do Brasil, o governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, anunciou oficialmente a abertura de uma investigação comercial, alegando práticas “desleais” que restringiriam o comércio americano. O amplo pacote de acusações vai de reclamações sobre o Pix, sistema de pagamentos do Banco Central, até queixas sobre o desmatamento ilegal. O procedimento, um dos instrumentos mais duros da política comercial dos EUA, pode abrir caminho para novas tarifas sobre produtos brasileiros além dos 50% já anunciados pelo presidente americano.

Se por um lado o Brasil pode entender que não deve obediência nem satisfações aos EUA, por outro não deve gestos de bom companheiro aos ditadores com os quais tem se encontrado nos últimos tempos. Ora, o governo ditatorial da Venezuela persegue opositores e mantém em seus cárceres presos políticos que morrem por greve de fome em defesa dos direitos humanos. O governo chinês só visa lucro, expansão e dominação. O governo russo está em guerra com a Ucrânia, não cogita trégua e quer tomar territórios ucranianos. O governo iraniano, por sua vez, aliado de terroristas, está sempre em busca de armamentos e ogivas nucleares.

Se existe um traidor no Brasil esse é Lula. Se existem outros traidores no Brasil esses são os militantes da esquerda e a imprensa tendenciosa. Se existem tantos mais traidores no Brasil esses são os parlamentares que se deixam humilhar pelas decisões de ministros do STF, contrariando suas votações nos plenários da Câmara e do Senado. De fato, os tantos mais traidores do Brasil são os membros do Congresso, sem reação, que se deixam desmoralizar por Moraes e Lula.  

O presidente Lula tem um país cheio de problemas para governar, e ele se chama Brasil. Não China, Rússia, Cuba, Venezuela ou Irã. O Brasil precisa de firmeza e seguimento nas suas relações humanas, comerciais, internacionais. O clube do Brics está fadado ao insucesso, haja vista que os países participantes tropeçam nas suas próprias pernas, por culpa exclusiva de seus sistemas retrógrados de governo. A defesa e a adesão de Lula ao Brics é um erro, e os brasileiros não vão sustentar essa aventura irracional.  

Não se pode olvidar das instabilidades surgidas no Brasil em razão do ativismo político-judicial e da vaidade dos respectivos ativistas, que só se consagram no fosso da mediocridade. Os interesses pessoais do establishment político e institucional são colocados acima da Constituição e do pedido de socorro da nação. E a estultice é tão grande, que faz nascer a insegurança jurídica e o não cumprimento da função jurisdicional pretendida pelos cidadãos.

Verdade seja dita e reconhecida: o sistema de freios e contrapesos comum aos Três Poderes rompeu. A carruagem da democracia está descontrolada e desgovernada. A ditadura bate às portas das casas dos brasileiros. É fogo de morro acima e água de morro abaixo. A ruptura planejada por cabeças insanas surte efeitos desastrosos. A população percebe a manobra, as redes sociais explodem em notícias e alarmes, mas as pessoas ainda estão quietas, sonolentas, inertes e caladas. E esse silêncio é perigoso.

O cidadão comum sofre, os mais pobres sofrem mais ainda. Mas o povo não permanecerá eternamente omisso, cabisbaixo, quieto ou de cócoras com o queixo nos joelhos. As cambalhotas do establishment político brasileiro atual não serão suficientes para calar a voz ou obstar a reação do povo. A ideia de país democrático não morre enquanto a cidadania restar respirando, ainda que de joelhos.

O tão festejado Estado de direito se faz necessário na proteção comum contra o poder arbitrário. O equívoco do establishment político atual, demagogo e oportunista, resume-se em defender questões identitárias para atingir seus objetivos. A falácia em cima de ameaças externas injustas é mote de campanha antecipada de líderes de barro, que pregam o antagonismo dentro e fora do país. Os traidores do Brasil são exatamente os que compram brigas internas e externas, abraçados com ditadores da pior espécie.

As disputas políticas nacionais e internacionais acirradas provocam intranquilidade e mal-estar ao povão e à sociedade organizada. O risco social, comercial, econômico e financeiro é grande, e as perdas anulam as possibilidades dos mais pobres. Daí que colocar em risco as causas populares e frear o potencial enorme de crescimento do país, seja pelas inseguranças jurídica, política, comercial ou pelas ações fora das regras da Constituição, representa crime de lesa-pátria e aporofobia. 

Em tempo, com engulhos, mas já encerrando, vale observar que não existe Estado de direito sem garantias às livres opinião, expressão e manifestação do povo. Haja o que houver, prevaleçam entre nós, brasileiros, a vontade firme de preservarmos e lutarmos por um país livre e soberano, mas respeitador das liberdades, das opiniões, do contraditório e da indispensável e verdadeira democracia.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

Clique aqui e continue lendo sobre temas do Direito e da Justiça, além de outros temas relativos a cidadania, política, meio ambiente e garantias sociais.  

 

Comentários

  1. Vantuil J. S. Pereira Pimenta18 de julho de 2025 às 11:24

    Dr. Wilson o senhor disse tudo que eu quero dizer e meu coração manda. O Lula é culpado de tudo isso que está acontecendo hoje na briga com os Estados Unidos. Lula é culpado porque está parceiro de ditaduras e provoca os americanos. Lula é irresponsável. Lula é mentiroso e medroso e vai prejudicar o povo brasileiro aqui e lá fora. Esse governo do PT é uma desgraça para nós todos. Não vamos aguentar até 2026. Jesus Cristo nos ajuda. Vantuil J.S. Pereira Pimenta.

    ResponderExcluir
  2. O Lula tem um país cheio de problemas para governar, e ele se chama Brasil. Não China, Rússia, Cuba, Venezuela ou Irã. O Brasil precisa de firmeza e seguimento nas suas relações humanas, comerciais, internacionais. O clube do Brics está fadado ao insucesso, haja vista que os países participantes tropeçam nas suas próprias pernas, por culpa exclusiva de seus sistemas retrógrados de governo. A defesa e a adesão de Lula ao Brics é um erro, e os brasileiros não vão sustentar essa aventura irracional. TUDO ISSO É VERDADE. Não vamos pagar por erros e burrice desse governo comunista e amigo de ditadores. Os traidores são eles que se atrelam a ditadores para fazer pirraça com a potencia americana. São loucos e estão usando Lula como boi de piranha. Amei o artigo e está como eu gosto e acho que deve ser um texto, com justiça e respeito e verdades. Att: Carminha Reis.

    ResponderExcluir
  3. AirtonJerônimo F. L. Gomes18 de julho de 2025 às 14:00

    Até parece que tô tendo um pesadelo quando vejo esse governo brasileiro farsante querendo comprar briga com a maior nação econômica e bélica do mundo. Eu acho também que se o Brasil pode entender que não deve obediência nem satisfações aos EUA, por outro lado não deve gestos de bom companheiro aos ditadores com os quais tem se encontrado nos últimos tempos. O governo ditatorial da Venezuela persegue opositores, mata opositores e mantém em seus cárceres presos políticos que morrem por greve de fome em defesa dos direitos humanos. O governo chinês só visa lucro, expansão e dominação. O governo russo está em guerra com a Ucrânia, não cogita trégua e quer tomar territórios ucranianos. O governo iraniano, por sua vez, aliado de terroristas, está sempre em busca de armamentos e ogivas nucleares. Eu quero ver Lula ir na frente do batalhão de melancias enfrentar a força aérea, o exército, a marinha americana. Eu não vou. Quero ver ele e sua turma da esquerda fazer isso. Bando de babacas covardes da esquerda do ódio. Doutor Wilson vamos ser contra esses babacas da esquerda sempre porque são idiotas até na hora de dormir. Bando de preguiçosos sanguessugas, apedeutas, mesmo. At: Airton Jerônimo F.L. Gomes (trabalhador/pagador de impostos).

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas