AS REAIS PRIORIDADES DA PREFEITURA.
Não
me venham com firulas carnavalescas, se ainda não acordei do pesadelo das
enchentes e inundações que, lamentavelmente, deixaram desabrigados e mortos, em
razão de chuvas previstas e inocentes. Previstas, porque são esperadas e
anunciadas. Inocentes, porque beneficiam a saúde humana, expulsam a poluição,
melhoram a qualidade do ar, dão vida às plantações, às flores e aos frutos.
As chuvas são sempre bem-vindas. O homem é que precisa mudar seus hábitos, bem como o poder público carece de rever seus métodos.
As chuvas são sempre bem-vindas. O homem é que precisa mudar seus hábitos, bem como o poder público carece de rever seus métodos.
As
reais prioridades da Prefeitura de Belo Horizonte não são as manchetes da
realização do “melhor Carnaval” ou a febre da troca de cadeiras nas próximas
eleições municipais. Pode até ser - e acontecer -, mas somente depois de
envidados todos os esforços no planejamento de urbanização ordenada da cidade;
no acompanhamento diuturno das áreas de pequeno, médio e alto riscos por parte
da Urbel, da Defesa Civil e da Secretaria de Obras, tendo como medidas efetivas os princípios da prevenção e da precaução; na
execução de projetos e serviços de engenharia que eliminem as enchentes e
inundações; e na preservação total das áreas verdes.
A
capital possui um Plano Diretor (Lei 11.181, de 8 de agosto de 2019), em vigor
desde ontem, dia 5, e que trata dos princípios, diretrizes e objetivos da
política urbana municipal, valendo notar a prioridade e o cuidado com as habitações
periféricas e as necessidades dos grupos de baixa renda ou que sejam de
interesse social, mas também protegendo, incondicionalmente, o meio ambiente, e
cumprindo o prefeito a sua promessa de que a mata do Planalto é intocável e sua
preservação integral está garantida.
Como
visto, o que foi prometido deve ser cumprido, observado o artigo 225 da
Constituição, que assegura a preservação das áreas verdes e a proteção do
patrimônio ambiental. Além disso, as obras de reconstrução da cidade requerem
celeridade. A limpeza urbana, que deixa muito a desejar, precisa melhorar,
assim como a educação das pessoas. Lugar de lixo é no lixo, e não atirado nas
ruas, nos bueiros, nas calçadas ou nos córregos. O replantio de árvores e a
vegetação e arborização dos canteiros centrais também são prioridades. O meio
ambiente não pode continuar relegado a segundo plano.
A
rigor, as demandas emergenciais de Belo Horizonte não são o Carnaval nem as
eleições municipais de outubro, mas a evolução da cidade, mais humanizada,
segura e a serviço de todos, paritariamente, sem distinção de pessoas, e que
saiba eleger suas respectivas e indispensáveis prioridades sociais e
ambientais.
A
prefeitura tem muito trabalho pela frente, e a Câmara Municipal não pode se
omitir ou ficar apenas na trincheira da crítica. Todos ao trabalho!
Wilson
Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020, pág. 20).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020, pág. 20).
De fato tudo isso precisa ser feito e o tempo voa. Os vereadores acostumados à boa vida e cafezinho, assessores, trabalhar só meio expediente, precisam começar a trabalhar 10 , 12 horas por dia e justificar o salário. Muito salário para pouco serviço além dos gastos do belo gabinete e plenário revestido por mármore branco. Beleza e ostentação mas trabalho mesmo que é bom nadica de nada né? Como sempre que leio o blog do Dr. Wilson Campos a minha satisfação é grande porque diz o que eu penso. As zonas verdes e essas matas precisam ser cuidadas e preservadas como bem disse o doutor e que o prefeito cumpra a sua palavra, porque intocável...é intocável e ponto. Eu como sempre concordo com o que foi falado pelo doutor Wilson e digo ainda que a salvação nossa e de nossos familiares agora e futuramente é a natureza, o meio ambiente e o cuidado com as nascentes, os rios e rezar para a chuva sempre vir e para os políticos trabalharem mais e falarem menos. Vamos trabalhar porque temos que pagar IPTU, ICMS, outros impostos, combustível, salários. Parabéns pelo artigo dileto Dr. Wilson Campos. Obrigada. Débora Magalhães - economista e empresária.
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