AUTORIDADE E RESPEITO TAMBÉM SÃO VALORES DA DEMOCRACIA.
O
filósofo inglês Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, publicada no século XVII,
afirmava: “Quando os homens vivem sem uma
autoridade para impor respeito, resulta uma guerra de todos contra todos... não
há lugar para o trabalho, pois seus frutos são incertos... e, o que é pior, há
sempre o medo e o perigo da morte violenta; a vida do homem é solitária, pobre,
desagradável, bruta e curta”.
No
Brasil, ao que tudo indica, os políticos brasileiros, acostumados às mordomias
dos cargos públicos e distantes da vida cotidiana dos pobres, não sabem o que
significa respeito e muito menos autoridade. Se soubessem, com certeza estariam
ajudando o presidente Bolsonaro a governar, posto que o país ainda está saindo
de uma crise terrível deixada pelos governos anteriores. O trabalho do atual
presidente tem sido elogiado, pela autoridade que representa e pelo respeito
que exige com a coisa pública.
Erros
podem existir, pois o atual governante também tem seus defeitos e um deles é
seu apego a mensagens por redes sociais. Mas isso não implica dizer que o país
se encontra como se encontrava nos governos passados. Ledo engano pensar assim.
Atualmente, a situação econômica está sendo conduzida com pulso firme pelo ministro
Paulo Gurdes, e os demais ministros têm exercido suas funções dentro da
normalidade, salvo raríssimas exceções de uns dois ou três que já deveriam ter
sido substituídos, porque perderam credibilidade e não têm autoridade nem
respeito diante da opinião pública.
Temos
ainda um Estado caro, inchado e corrupto. Mas temos também um governo que tenta
colocar ordem na casa, que há muito se encontrava tremendamente bagunçada, como
se isso aqui fosse “a casa de mãe Joana”, como diz o ditado.
Já
passou da hora de a população brasileira exigir o seu devido valor, com o
máximo respeito, e pensar coletivamente, pois a despreocupação com o coletivo
traz prejuízos individuais alarmantes, que transformam pobres, ricos, letrados,
ignorantes, todos, em reféns de uma triste realidade, condenável, indesejada,
mas que está aí, às portas de cada um, simplesmente pelo fato de que ainda
somos aprendizes da verdadeira democracia cidadã, indispensável para a
soberania popular.
De
certo que, o pensamento coletivo é a meta a ser atingida. Uma sociedade com
espírito coletivo é difícil de ser trapaceada, roubada, vilipendiada ou
colocada na contramão do desenvolvimento. A ideia coletiva é uma forma de
tornar possíveis os sonhos, com a perspectiva de que o trabalho será realizado por
todos. Contra o coletivo, os detratores da República, usurpadores do poder e
malversadores do dinheiro público pensarão duas vezes antes de amealhar o que
não lhes pertence, porque o povo unido e, por óbvio, com espírito coletivo,
saberá frear as sandices dos políticos que andam na contramão da legalidade.
O
atual governo, em que pese alguns erros até agora, tem procurado acertar e
colocar o país nos eixos. O presidente tem demonstrado vontade política, tem
exercido seu cargo com responsabilidade e autoridade e tem exigido respeito ao
povo e à coisa pública. Portanto, cabe ao povo colaborar com o governo que se
esforça; ajudar no combate à ineficiência do Estado; cobrar serviços públicos
de qualidade; demonstrar energia e civismo contra os populistas e demagogos;
reagir contra qualquer ato de corrupção; e não permitir que os atos infames
praticados nos governos passados se repitam.
Se
o Estado é caro, inchado e corrupto é porque o povo brasileiro assim o permite,
abaixa a cabeça, fica de cócoras e finca o queixo nos joelhos. Ora, já passou
da hora de a população mostrar o seu valor, a sua vergonha alheia, a sua
indignação e ajudar o governo atual a acertar e a melhorar o país para todos. Ao
povo cabe participar da política, seja por críticas e cobranças ou pelas
manifestações públicas a favor dos que respeitam a pátria e o povo e contra os
que baforam inverdades e apenas torcem pelo desastre.
O
desemprego tem diminuído, a economia tem se fortalecido, a inflação está sob
controle, a confiança no presidente tem aumentado, as perspectivas são boas e a
compreensão internacional tem sido no sentido de que o governo duro e com
autoridade de Bolsonaro tem dado certo. Então, melhor assim, haja vista que a
lição deixada pelo governo de esquerda foi a pior possível e as lembranças são
mais que pesadelos.
Um
país precisa de autoridade e um povo precisa de respeito. E como dizia Hobbes, permissa venia do ilustre filósofo e
teórico político, a guerra de todos contra todos é resultado da falta de
autoridade e de respeito; e com razão nesse clima não há lugar para o trabalho,
pois os frutos restarão incertos; e o que é pior - haverá sempre o medo e o
perigo da morte violenta, e a vida do homem será solitária, pobre,
desagradável, bruta e curta. De que serve uma nação sem autoridade, onde
ninguém respeita ninguém? Que seja então assim: um governo brasileiro com autoridade,
mas democrático; um país com povo respeitado, mas cumpridor de seus deveres e
obrigações e dentro dos rigores éticos da lei. Um governo forte requer uma
sociedade forte.
Wilson
Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Especialista com atuação nas áreas
tributária, trabalhista, cível e ambiental).
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