BASTA DE VEXAME, E VAMOS AOS INTERESSES DA SOCIEDADE.

                "Chega de vexames, de invasões de competência e de      instabilidade institucional". 

 

Chega de fantasia, demagogia e oportunismo. Estamos em pleno século XXI. As redes sociais já se adiantam aos acontecimentos. Abra os olhos, corrija o rumo, adapte-se às escolhas, amplie os pensamentos e se afaste dos desleais.

A meta é alcançar o grau máximo de satisfação do povo brasileiro, e não dos representantes da oligarquia e do coronelismo caquéticos, que já passaram da hora de entregar o seu catastrófico poder. Aliás, o empoderamento agora é, por exigência nacional, do povo, e não daqueles que se acham os donos da razão, do convencimento e do que seja certo ou errado para a cidadania.

O cidadão comum não aguenta mais tanta notícia em rádio, jornal, televisão e internet dando conta de medidas imediatistas e politicagem rasteira no país. O assunto é sempre em torno de questões relacionadas aos interesses largos e pessoais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ora, chega de ser indulgente com políticos e autoridades que não enxergam além dos seus gabinetes e fazem da caneta uma arma contra a democracia, a liberdade e a segurança jurídica.

É chegada a hora de pensar nas pessoas, nos pobres, nas famílias, nos cidadãos e nas cidadãs que precisam de vacina eficaz, hospital, emprego, salário, transporte coletivo de qualidade, segurança e paz para viver. É chegada a hora de se pensar um país além das esferas antagônicas de Brasília. É chegada a hora de uma exigência nacional, para que as questões emergenciais sejam debatidas e enfrentadas, mormente as asseguradas no artigo 6º da Constituição.

Perde-se muito tempo com bobagens típicas de políticos e autoridades narcisistas, que pouco ou nada se incomodam com a sociedade e que não dão a mínima importância para os setores popular, técnico, científico e empresarial que, a rigor, são as molas mestras do crescimento e desenvolvimento da nação.

Basta de politicagem e vamos aos interesses da sociedade. Vamos pensar no povo, como o povo quer ser pensado. Vamos fazer pelo povo, como o povo quer que seja feito. Ademais, já passou do momento de o Estado se abster do papel de protagonista e ser apenas o coadjuvante, na coxia, deixando os setores produtivos e profissionais realizarem o trabalho que eles sabem muito bem fazer. 

A notícia de primeira página precisa ser o povo empresário, o povo técnico, o povo operário, o povo unido na solução dos problemas do país.

As interferências, os protagonismos, os ativismos e os achismos devem ser medidos pela indefectível régua da soberania popular. As incursões de políticos e autoridades nonsense, que por vezes se atrevem a adjudicar o próprio poder constituinte originário, não podem ser admitidos onde exista democracia constitucional. Daí não se olvidar que os Três Poderes da República devem prestar contas ao povo, verdadeiro e único poder moderador no império do Estado de direito.  

Cada um no seu quadrado. Chega de vexames, de invasões de competência e de instabilidade institucional. Chega!

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental/Presidente da Comissão de defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).

(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 19 de agosto de 2021, pág. 21). 

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Comentários

  1. Carlos Lúcio P. Alves19 de agosto de 2021 às 10:45

    Esse negócio de um poder se meter na área do outro dá nisso de confusão e troca de acusações colocando o país em situação ruim. Esse STF é um fracasso comparado com de outros países. Uma vergonha para o Judiciário brasileiro. Muito ruim e sempre se metendo onde não é chamado. Eu gostei muito do artigo , achei excelente e muito bem escrito e compartilho com as ideias patriotas de Brasil melhor para todos nós. Carlos Lúcio.

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  2. Eu acho que ninguém está certo em Brasília. A vaidade é um negócio duro de aguentar e esses ministros do STF se acham os donos de tudo - investigam, julgam, e prendem - como se fosse uma ditadura da toga. Eu concordo com tudo que foi dito pelo colega advogado Dr. Wilson Campos e acho mais, que o STF precisa ficar só nos seus processos que são muitos e estão abandonados nas prateleiras ou nos computadores do majestoso Supremo. Eu quero eleição direta no STF e nada de indicação. Eleição Direta no STF, na OAB e etc, etc... Parabéns doutor Wilson!!!. Tércio Lins.

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  3. Isso mesmo. Cada um no seu quadrado. Chega de vaidades e deixem o país caminhar e o povo trabalhar e o empresário produzir. Chega de politiqueira. Meus parabéns Dr Wilson Campos. Mandou muito bem e com razão. Abr. Hernane Souza.

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  4. Vamos lá... Eleição direta no STF e na OAB ...essa ideia é boa.
    O artigo me representa assino embaixo. Parabéns Dr Wilson. Att Marlene Vieira.

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  5. Eu tenho menos de 20anos e já não aguento mais essa briga de políticos e esse pessoal do stf o tempo inteiro jogando defeito umno outro enquanto o povo fica jogado pela rua, com fome e sem emprego, na miséria. Eu acho o mesmo do advogado Dr. Wilson e acho que cada um deveria ficar no seu quadrado e pensar no povo. Só isso. Fernandinha Max.

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  6. Maior lucidez na avaliação do atual cenário não há! Comungando de idêntica opinião e parabenizando o autor pela excepcional escrita, pelo contundente apelo ao povo e pelo povo, peço-lhe autorização para compartilhar!

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  7. Infelizmente nosso país está a deriva. Preocupados com as verdades que a internet tem mostrado ao contrário da mídia tradicional, estão derrubando canais que mostram a realidade dos fatos. Preocupados com ditadura! Ora! Pois eles mesmos são a própria. Se julgam deuses, acima de tudo. Temos que colocá-los em seus devidos lugares
    Como diz o ilustríssimo Sr Dr Wilson, os protagonistas somos nós.

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  8. Jamais vi tanta lama numa suprema corte. Escrevi em minúsculo porque é assim que merece. São ministros de índole ruim e perversa.
    Não merecem ser juízes nem aqui nem na china comunista que eles bajulam.
    Meus parabéns Dr Wilson Campos pelo excelente texto e pelo trabalho meritoso da Comissão que preside na OAB-MG. Ótimo trabalho. Abr. de Elcio L.

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