AS ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS DE QUE O BRASIL PRECISA.

 

Depois de imensas e profundas iterações entre os simpatizantes de candidatos e os próprios, com as repetições lado a lado de ataques e defesas, a campanha eleitoral começa efetivamente nesta terça-feira (16/08/2022) num clima de continuada polarização.

Chegou o grande momento de os candidatos que pleiteiam cargos no Executivo e no Legislativo apresentarem suas propostas para os eleitores, os estados e o Brasil. E agora é a hora de se conhecer quem tem mais condições de governar o país, mesmo porque as demandas da sociedade brasileira são amplas e gerais e envolvem o enfrentamento das questões emergenciais da pobreza, da inclusão social, da estabilidade econômica, das reformas necessárias e do crescimento e do desenvolvimento da nação, que se pretende justa e solidária.  

De nada serve um programa de governo que pratique o retrocesso. A sociedade não suporta mais ser revisitada por políticas atrasadas e sem compromisso com as novas e modernas tecnologias. A população aprendeu a distinguir a sanguessuga, o corrupto e o demagogo dos que podem mudar a cara da política ou da politicagem. Os caciques dos partidos, que tudo fazem pelo bolo do fundo eleitoral e pelos cargos negociados, aos poucos vão sendo afastados, enterrados e esquecidos. Os eleitores já não se vendem como antes, nem se deixam enganar pelos oportunistas.

Mas ainda precisa melhorar muito o discernimento dos brasileiros em face da política e das eleições. O caminho é separar o joio do trigo, o corrupto do honesto e o que trabalha daquele que não gosta de trabalhar. A meta é eliminar os que só fazem para amigos e militantes, e se esquecem do bem-estar da coletividade. Ora, a certeza do voto certo está na comparação do agora e do antes. Quem fez mais ou quem pode fazer mais pelo povo? Aqueles que se mantiveram no poder por 14 anos e desgraçaram com a economia ou aqueles que colocaram o país nos eixos? Pense, avalie e responda.  

Cabe aos eleitores valorizar o voto e fiscalizar a sua destinação, sem riscos de que o sufrágio se descambe para nomes e pessoas erradas. A escolha é um ato secreto, mas a certeza da preferência e do registro incólume são direitos inegáveis, pois a confiança nas urnas requer seriedade e transparência daqueles que se dizem comandantes do processo eleitoral. Daí que fiscalizar, acompanhar e não permitir trapaças são prerrogativas do eleitor consciente, e não podem ser obstadas.

A grande colaboração que a grande imprensa poderia dar nas eleições é parar de divulgar pesquisas eleitorais, uma vez que as atuais são rechaçadas pelos eleitores e pela sociedade, tamanhas as suas disparidades com a realidade do que é visto no país. Pergunta-se: como acreditar em pesquisas que colocam na frente um candidato à Presidência da República que não sai às ruas, não enfrenta multidões e não sabe o que quer para a governança da nação?

Lado outro, a grande imprensa e os subscritores de “cartas à democracia” deveriam se colocar como cidadãos equilibrados e tudo fazer pela democracia e pela liberdade de expressão, em vez de proteger o ativismo de uns e outros que fazem leitura rasa ou rasgam a Constituição da República, e ainda se dizem guardiões dela. Porém, pergunta-se, ainda: cadê esse pessoal da carta, que tanto fala em democracia, em livre opinião, em ruptura, em golpe, em ameaças, e fica calado e inerte quando algumas instituições rompem com o Estado de direito?  

A rigor, cadê esses profetas do apocalipse, que assinaram e fizeram alardes ufanistas com uma “carta à democracia” na mão e colocaram-se ao lado de membros e bandeiras do MST e de líderes de esquerda afinados com regimes comunistas e sabidamente autoritários? Como assim falar em democracia e fazer leitura de um texto de braços dados com a opressão de países como Cuba, Venezuela, Nicarágua, entre outros?

Afinal, quem deve ser chamado de fascista, antidemocrático e golpista? Com certeza aqueles que tanto causam admiração nos bandeiras vermelhas, que não conseguem governar ao lado do seu povo, posto que o seu povo foge e procura abrigo no Brasil. A realidade é essa, haja vista os acontecimentos e o que demonstram os países governados por esquerdistas. Já a nossa realidade é outra, pois o povo ordeiro trabalha por um país melhor, em todos os sentidos, e de forma que as eleições democráticas de que tanto o Brasil precisa possam ser realizadas.

De sorte que a polarização poderá continuar se hão houver respeito, isenção, imparcialidade e transparência nas eleições. E para que tenhamos paz e tranquilidade de agora até a apuração dos votos, faz-se necessário que as urnas eletrônicas sejam seguras, eficientes e extremamente confiáveis.

Ninguém quer o ódio nas ruas, nem em lugar algum. A civilidade é um passaporte indispensável nas eleições. Os lados deverão se completar na busca de uma sociedade mais sábia, justa e humana. A farsa ou a mentira não serão admitidas ou toleradas. A transparência e a verdade deverão ser a pedra de toque para o exercício da democracia e da cidadania.  

E assim sendo, que prosperem então os reclamos e os auspícios dos eleitores, no sentido de que os brasileiros se sintam satisfeitos nas suas escolhas e bem representados por seus escolhidos. Mas que prevaleçam, de fato, a liberdade, a segurança e a integridade do voto.

Wilson Campos (Advogado com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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Comentários

  1. Artigo totalmente íntegro e cívico, com argumentos corretos e sólidos. Concordo 100%. Parabéns doutor Wilson Campos. Abrs. Vinicius Campbell.

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