DISCURSO DE LULA É VAZIO E DE TRUMP É DIPLOMÁTICO.

 

Tradicionalmente, o discurso do presidente brasileiro abre a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e foi sob esse olhar de desconfiança de outros líderes mundiais que Lula fez um discurso vazio, cheio de vitimismo. Mas dessa vez Lula não tratou de assuntos polêmicos, como fez antes no caso da sua defesa de substituição do dólar como a moeda de referência no comércio mundial. Lula não improvisou e apenas leu o que escreveram para ele ler.

Lula chegou a Nova York com sua imagem arranhada, desgastada e sem brilho. Aquela coisa de aura de “operário que chegou à Presidência” já se foi há muitos anos, e o petista só conseguiu a proeza de substituí-la por uma postura lamentável de alinhamento e submissão ao que há de pior hoje no mundo, como as ditaduras do Irã e da Rússia.

O discurso de Lula foi cauteloso e titubeante, apenas dando a entender que o “tarifaço” de Donald Trump desorganizou o comércio internacional, e reclamou que sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra, mas sem citar o presidente americano. Lula ainda aduziu que “não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia” e que “a agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável”, criticando uma “ingerência em assuntos internos” que o próprio Lula não hesita em praticar, como quando resgatou uma ex-primeira-dama peruana condenada por corrupção, deturpando o instituto do asilo político e desrespeitando soberania estrangeira.

Segundo o jornal Gazeta do Povo (o melhor jornal do Brasil na atualidade), Lula não disse nada que contribua significativamente para recuperar a posição de prestígio internacional que o país já teve um dia. Lula, se preocupa mais em defender seus “companheiros” do que defender os interesses do Brasil.

A clássica posição esquerdista aflorou e Lula ainda disse no seu pífio discurso, que seu antecessor, ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado por atentar contra o Estado democrático de direito. Lula só não disse que ele (Lula) foi o primeiro ex-chefe de Estado brasileiro em 525 anos de história a ir para a prisão por corrupção (prisão da qual só saiu, tendo anuladas suas condenações, graças a mudanças de jurisprudência e decisões teratológicas da Suprema Corte).

O petista ainda acrescentou que Bolsonaro “foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso” e “teve amplo direito de defesa”. Lula só não disse que dentro do Brasil a esquerda e inúmeros formadores de opinião ignoram os mais diversos absurdos cometidos ao longo do citado processo, como a violação do princípio do juiz natural e a impossibilidade de se punir crimes que não passaram da etapa de preparação. Lula falou e a plateia não reagiu, mesmo porque suas afirmações não seriam questionadas por estrangeiros sem familiaridade com as leis penais e processuais brasileiras. Ou seja, Lula falou e não teve nenhum retorno ou resultado positivo.

Porém, não passou despercebido pela comunidade internacional reunida em Nova York, os acenos de Lula às ditaduras amigas, como as de Cuba e Venezuela. Lula foi só elogios aos ditadores, mas só não disse que o ditador Nicolás Maduro rejeita qualquer entendimento com as forças democráticas e que o legítimo presidente eleito, Edmundo González, hoje está exilado na Espanha.

Lula também defendeu uma proposta encomendada para o fim da guerra da Ucrânia, um plano que atende as reivindicações do ditador russo Vladimir Putin, outro aliado do petista. Ou seja, enquanto hipocritamente dá validade ao uso da força nas relações internacionais, tem a desfaçatez de denunciar uma suposta “desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder”. Ora, Lula se coloca ao lado de ditadores e quer falar em democracia. Um absurdo!

Sinceramente, nada de positivo no discurso de Lula, que se esmerou em firulas e teve o atrevimento de tecer críticas a Israel, que se encontra na defensiva após quase dois anos de embate militar contra os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza.

De resto, Lula fez tentativas de convocar os líderes mundiais para a COP-30, que corre sério risco de se tornar um fracasso global devido a inúmeros problemas de organização; e fez um pedido por uma reorganização do Conselho de Segurança da ONU, com a eterna ambição lulista por um assento permanente para o Brasil. E, por fim, o discurso de Lula em nada serviu para tentar recuperar a posição que o Brasil já teve um dia, de força regional respeitada globalmente por ter diplomatas capazes de abordar os grandes temas internacionais com neutralidade e objetividade, sem os alinhamentos ideológicos daninhos de agora da esquerda.

Já o presidente dos EUA, Donald Trump, em seu longo discurso, logo após o de Lula, fez fortes críticas à gestão do seu antecessor, Joe Biden, a quem creditou calamidade econômica e fraqueza geopolítica do seu país, que estariam agora sendo corrigidas. Ele listou realizações em apenas sete meses de mandato, como por exemplo: atração recorde de investimentos externos; acordos comerciais; e encerramento de conflitos bélicos, alguns após mais de três décadas.

Trump fez duras críticas à inoperância da ONU diante dos desafios atuais do mundo, com foco principal nas tensões na Europa e no Oriente Médio, crises migratórias e “a falácia da agenda verde”. Para ele, a reindustrialização dos EUA, convertido em “melhor lugar para os negócios”, incluindo maior controle sobre suas fronteiras, fomentará a prosperidade de todos os demais países. Ou seja, Trump não fala somente de política, mas de negócios e finanças.

O presidente americano condenou as invasões de imigrantes nos EUA e Europa, que, segundo ele, estão destruindo os países invadidos. Neste sentido, apontou o dedo e chamou a ONU de parte do problema ao financiar a acolhida de imigrantes e possibilitar asilos ilegítimos.

Ao exaltar um comércio forte e justo dos EUA com todas as nações, Trump ressaltou que as tarifas que elevou serviram para revidar barreiras “desleais e corruptas” que o seu país enfrentou de todos que se aproveitaram de gestões passadas. Neste ponto citou o Brasil, mas agregando que as tarifas impostas também são uma resposta a interferências nos direitos de cidadãos americanos. Ele não citou, desta vez, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Trump condenou com tom firme a corrupção judicial no Brasil, que atinge também os seus críticos nos EUA. Ao dizer ter conversado por alguns segundos com Lula nos bastidores, deixou transparecer que teve a impressão de ser um “homem bom” e percebido uma “excelente química” entre ambos, sendo para ele essencial gostar daqueles com quem negocia. E Trump disse torcer por um encontro na próxima semana, se for do interesse de Lula. O presidente americano reconheceu, porém, que Lula não gosta dele.

“As coisas com o Brasil não estão indo bem. No passado, o Brasil usava tarifas injustas contra nós. Estamos sendo recíprocos agora. Continuaremos bem se trabalharem conosco. Sem nós, falharão”, avisou.

Alguns especialistas entendem que a jogada de Trump revela seu estilo de negociar com oponentes. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, que há meses cooperam com a Casa Branca na denúncia do ativismo judicial no Brasil, elogiaram o aceno de Trump a Lula. Eles viram na fala do presidente americano e nos seus gestos uma jogada calculada para expor contradições de Lula, podendo enfraquecer críticas ou suavizar tensões, usando a diplomacia para remodelar relações bilaterais. Ou seja, Trump dá uma lição em Lula, de como saber ser diplomático sem ser obtuso e odioso.

Apesar do discurso pontual de Trump, parece que Lula ainda alimenta seu costumeiro mal-estar em relação ao presidente americano, e isso foi notado quando os EUA foram excluídos da segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, articulado pelo Brasil e aliados e marcado para quarta-feira (24/09), em Nova York.  

Em que pese a falta de cortesia de Lula, os EUA continuarão sendo simpáticos aos brasileiros, e a prova disso são as conexões entre a direita brasileira e a americana, que reforçam a possibilidade de alguma forma de intervenção do governo americano na política nacional, inclusive no processo eleitoral de 2026. E alguns desdobramentos não devem ser desprezados, como a “caça às bruxas” contra Bolsonaro, que Trump não aceita e pode retaliar ainda mais, para bem além do “tarifaço” já aplicado ao Brasil.

Assim, as redes sociais e parte da imprensa dão a entender que o discurso de Lula foi vazio e o de Trump foi diplomático. Ou seja, o primeiro foi rude e falou abobrinhas e o segundo foi enfático e se mostrou até certo ponto afável.  

Percebo que, enquanto Lula insistir em defender ditadores, países comandados por autocratas, e se mostrar indiferente às discussões contra a criminalidade, o narcotráfico, o terrorismo, para poupar esse ou aquele contra as ações militares americanas, ele se verá em maus lençóis.

Além do mais, a rigor e a meu sentir, o plano de Lula está mais do que desenhado: ele quer sanções e tarifas contra o Brasil para se fazer de coitadinho, de vítima. Ora, para o PT e toda a esquerda, quanto pior para o Brasil, melhor para o projeto de poder deles. Essa turma do mal precisa de um inimigo externo para culpar pela crise e pelo caos que eles mesmos provocaram.

Se Lula não aceitar a reunião com Trump, por incompetência ou medo, o Brasil será severamente prejudicado. A maior potência econômica do mundo seguirá em frente e o Brasil da era Lula retrocederá.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Vera Lúcia S.F. Guimarães24 de setembro de 2025 às 17:30

    Confesso com vergonha que já votei no Lula há alguns anos atrás. Mas nunca mais voto nele nem no PT nem na esquerda. Nunca mais. São uma tragédia para o Brasil e só trazem miséria, vergonha e crises moral, social e econômica. O Trump é um líder de uma grande potência mundial e o Lula é um líder de um país de uma minoria num país dividido e no caos total. Doutor Wilson Campos, meu caro advogado de primeira linha, meus parabéns por seus dizeres, por seu blog, por seus artigos no jornal e por tudo. Att: Vera Lúcia S.F. Guimarães (professora/educadora).
    Ternho

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  2. Traduzindo, foi uma lição de forte grau ao analfabeto do Lula. Lula é medroso e está confiando nos ditadores que o rodeiam. Já Trump é outro nível. Trump condenou com tom firme a corrupção judicial no Brasil, que atinge também os seus críticos nos EUA. Ao dizer ter conversado por alguns segundos com Lula nos bastidores, deixou transparecer que teve a impressão de ser um “homem bom” e percebido uma “excelente química” entre ambos, sendo para ele essencial gostar daqueles com quem negocia. E Trump disse torcer por um encontro na próxima semana, se for do interesse de Lula. O presidente americano reconheceu, porém, que Lula não gosta dele. “As coisas com o Brasil não estão indo bem. No passado, o Brasil usava tarifas injustas contra nós. Estamos sendo recíprocos agora. Continuaremos bem se trabalharem conosco. Sem nós, falharão”, avisou.
    É isso aí Dr. Wilson o recado do maior presidente do mundo foi dado e segue quem tem juízo e bons conselheiros ao redor, o que não ó caso dos esquerdista comunista Lula lunático que está prejudicando todos nós brasileiros.Abr. Jaiminho S.V.F (empresário comércio).

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  3. Marco Antônio V. Felicíssimo26 de setembro de 2025 às 14:51

    O Lula discursou para analfabetos esquerdistas e para ditaduras e para criminosos. Passou pano para toda essa gentalha. O Trump deu seu recado internacional e ainda disse que está disposto a conversar sobre o tarifaço do Brasil. Mas na hora H o Trump vai calar a boca do comunista Lula e deixar o petista mais baixo que rodapé de sala. Dr. Wilson Campos advogado seus artigos são muito bons e nós da direta respeitamos muito e divulgamos para quem gosta de ler e respeita o Brasil. Marco Antônio V.F.

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