CLAMOR POR JUSTIÇA
"O futuro ao povo pertence"
O clamor por justiça dos cidadãos brasileiros já ultrapassa fronteiras. O pedido de socorro não é de fracos, mas de oprimidos. A injustiça não é do povo, mas contra o povo. O grito de indignação não parte de uma minoria, mas de grande parcela da sociedade, que vive sob os grilhões da politicagem, da menos-valia e da vergonha alheia.
O
clamor por justiça a que se referiu a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia,
por ocasião do encerramento do primeiro semestre judiciário de 2017, faz coro a
tudo que toma de assalto os corações dos brasileiros, exigentes de severa
aplicação da justiça, de punição exemplar dos corruptos, de consolidação da
democracia, do respeito à soberania popular e da presença inarredável do Estado
justo e eficiente.
A
presidente da Suprema Corte cria expectativas de que nem tudo está perdido,
notadamente quando assegura a todos os brasileiros que “o clamor por justiça que hoje se ouve em todos os
cantos do país não será ignorado em qualquer decisão do STF;
que “não seremos ausentes aos que de nós esperam a
atuação rigorosa para manter sua esperança de justiça”; que “não
seremos avaros em nossa ação para garantir a efetividade da justiça”; e que
“pelo que foi feito por este Tribunal, mas em especial pelo muito a se
fazer, para a paz nas relações humanas plurais e democráticas no Brasil,
haveremos de persistir em nossas funções, com desvelo dos que vieram antes e
com o compromisso com os que vierem depois de nós”.
A rigor, sem encômios ou entrelinhas, o que a
sociedade espera do STF é o estrito cumprimento da Constituição da República,
com os necessários equilíbrio e imparcialidade, mas com firmeza e retidão,
mesmo porque Justiça não tem lado ou partido, simplesmente deve ser nos exatos
termos da lei.
Supor que seja possível estabilizar a economia sem
a punição dos políticos que desgraçaram o país é não entender nada de
governabilidade. O Brasil de hoje não é o mesmo de governos passados. A fila
andou, e com ela, a nova face de um país forjado em bases morais mais sadias e
comprometidas com a ética. O povo está cansado do papel de figurante e agora
quer ser protagonista, atuar na defesa dos interesses coletivos, sem tergiversar
ou cair na mesmice da ideologia retrógrada e do partidarismo inconsequente.
O clamor por justiça da sociedade é amplo, geral e
irrestrito, haja vista a urgência da reconstrução da economia, da política, das
instituições e da confiança nos governantes. Contudo, nada se resolverá sem o
império da Justiça, sem a prevalência do Estado de direito, sem o devido
processo legal, sem o direito ao contraditório ou sem o inteiro cumprimento da
Constituição.
As ameaças de retrocesso democrático, de Estado
policialesco, restarão suplantadas pela efetivação da moral, dos direitos e das
garantias fundamentais. Essa é uma terra de povo bom e trabalhador. As
impropriedades serão punidas e varridas da história. O futuro ao povo pertence.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 19 de julho de 2017, pág. 19).
Clique aqui e continue lendo sobre atualidades da política e do Direito no Brasil
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 19 de julho de 2017, pág. 19).
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O clamor por justiça é de longa, longa, longa data, desde os tempos de meus bisavós. Cadê a justiça brasileira para todos? Ora, o clamor é pela Justiça agora, antes que seja tarde demais. O povo precisa do Judiciário, mas sem essa política suja de proteger A, B, ou C. Todos são iguais perante a lei? Então chega de diferenciar as pessoas por cargos, funções e dinheiro no banco. O Judiciário precisa de mais juízes como Sérgio Moro, que enfrente essa corja de vendilhões e falsos políticos, que só enchem os bolsos e se mandam para a farra com o dinheiro público. Clamor por justiça para todos e cadeia para os corruptos e criminosos (todos, sem exceção). Jandir V. D. A. - empresário.
ResponderExcluirPARABÉNS DR. WILSON CAMPOS PELO ARTIGO. MAIS UMA VEZ DE PRIMEIRA QUALIDADE E COM A OBJETIVIDADE QUE A CIDADANIA PRECISA. JUSSARA B.T. E s.
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