ALTERNÂNCIA DE PODER.

Embora o atual governo tenha uma aprovação popular em torno de 70%, conforme divulgado na imprensa, o risco de um novo mandato sob as mesmas ideologias é muito grande.

As massas por mais acomodadas que estejam, de repente se indignam e pedem mudanças já.

Os mandatários que se jogam em campanhas seguidas na América do Sul, vez ou outra se estropiam ou são desencorajados pela sociedade alerta. Os recentes casos, de Alvaro Uribe na Colômbia, que teve seu terceiro mandato negado pela população colombiana em referendo nacional, e de Michelle Bachelet (esquerda) do Chile, trocada por Sebastián Piñera (centro-direita) eleito e com posse marcada para este 11 de março, mostram que todo cuidado é pouco quando se trata de testar a paciência do povo através do voto direto e secreto.

Os dois mandatos seguidos do Presidente Lula (PT) , consagrados em eleições democráticas, representam o apreço do povo por sua pessoa. Mas, um terceiro mandato sob e para a mesma sigla partidária, pode ser um erro que poderá sair caro futuramente para o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, devido a um desgaste inevitável de sua imagem pública.

A alternância de poder é a troca de cadeiras e de homens e mulheres que ocupam altos cargos e funções na administração pública. E isso é positivo.

O Partido dos Trabalhadores (PT), já no final deste segundo mandato de seu filiado, começa uma choradeira sem fim de que está sendo perseguido pela imprensa e por segmentos empresariais, que querem derrubar o seu "bunker". Ora bolas, que negócio é esse de jogarem a culpa nos outros quando seus condôminos é que avacalham a convivência em seu edifício?. Chamem o síndico. Convoquem uma assembléia. Peçam explicações a José Dirceu sobre os R$620 mil, aos mensaleiros petistas, ao assessor do dinheiro na cueca e aos muitos políticos velhacos e interesseiros que integram a frente governista, locupletando-se no poder.

Quando um partido do governo descamba para o lado do "coitadinho de mim", está mais que na hora de mudar. De inocente o PT não tem nada.

A mesma sociedade que cobra dignidade e respeito com a coisa pública por parte do PT, o faz com o DEM, com o PSDB e com quem aparecer pela frente.

O povo não é bobo.

As condições estáveis de governabilidade administrativa e econômica desfrutada pelo atual governo, surgiram em mandatos anteriores. O crescimento ainda pequeno da valoração social iniciou-se antes e prosperou até aqui. O amadurecimento democrático da nação foi gerado e está sendo fortalecido em gestões distintas. Os direitos fundamentais estão garantidos na Carta de 1988 e não por obra deste ou daquele governante.

Enfim, a democracia é a arte de governar com o povo. E este, está se cansando daqueles que se intitulam os salvadores da pátria e ostentam uma estrela vermelha no peito.

O povo é soberano. Os partidos não.

À sociedade interessa tão somente os homens e mulheres que façam da representação recebida pelo voto, sinônimo de honradez, honestidade, competência e respeito aos princípios democráticos.

O povo quer continuar no caminho do progresso econômico e das conquistas sociais. A alternância de poder é esse caminho.

A sociedade vai fazer mais uma caminhada nas próximas eleições e contrariamente ao que muitos afirmam, está aprendendo a votar.

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