JOHN LOCKE REPROVARIA GOVERNANTE COM PECHA DE “PERSONA NON GRATA”.

 

Se John Locke fosse vivo, com certeza estaria enormemente revoltado e aborrecido com as atitudes do atual governo brasileiro, cujo titular viaja muito, trabalha pouco e fala demais. E para piorar ainda mais a já dramática situação, atreve-se a agredir nações amigas e, como troco, recebe a pecha de “persona non grata”.  

John Locke (1632-1704) foi um estudioso filósofo inglês, especialmente conhecido como um dos pais do liberalismo político, defensor do direito à propriedade privada e do governo constitucional, um dos principais representantes do empirismo moderno e criador de conceitos específicos como tábula rasa (mente desprovida de ideias ou de conhecimento).

Embora tenha nascido em um pequeno povoado ao norte da ilha (Inglaterra) e mesmo de família pobre, Locke teve acesso a colégios renomados como Westminster e Christ Church, instituição associada à Universidade de Oxford. A filosofia de Locke influenciou movimentos políticos como a revolução americana e francesa e filósofos como Berkeley e Hume.

Além da liberdade religiosa, Locke também foi defensor de uma série de outros aspectos do liberalismo político. Em primeiro lugar, era contra a ideia de direito divino dos reis. A teoria do direito divino dos reis era usada na época para justificar a monarquia, pois de acordo com essa teoria algumas pessoas têm o direito de governar, já que foram escolhidas por Deus, enquanto outras têm o dever de obedecer.

Ao contrário disso, Locke defendia que o governo deve ter o consentimento da população. Segundo o filósofo, originalmente os seres humanos vivem em um estado de natureza, isto é, numa condição na qual não existe um governo que obriga que a população respeite determinadas leis. Nesse estado natural, os seres humanos são livres, iguais e já possuem vários direitos naturais. Porém, nessa condição existe uma série de inconvenientes, pois as pessoas não respeitam os direitos umas das outras.

Para resolver esses inconvenientes é que optam por criar um governo para promover o bem comum, segundo Locke. Isso faz dele um filósofo contratualista.  Para o pensador, o governo surge não de um comando divino, mas do consentimento da população. Somente um contrato social garante legitimidade ao governo.

Em segundo lugar, Locke defendia um governo constitucional. Isso quer dizer que o governo não está acima das leis e, ao contrário, também deve respeitá-las. E essas leis, para o filósofo, devem garantir o direito à vida, à propriedade e à liberdade. Caso o governo desrespeite os direitos fundamentais pelos quais deve zelar, os cidadãos têm o direito de se rebelar e substituí-lo.

Está aí a excelente interpretação do filósofo, no sentido de que o povo tem todo o direito de se rebelar e trocar o governo. E, no caso concreto do Brasil, o governo atual envergonha uma nação inteira, seja por suas atitudes, palavras, atos ou sandices.

A fala colérica, descontrolada e desastrada do presidente Lula 3, ao comparar a guerra de Israel contra o Hamas, na faixa de Gaza, com o holocausto nazista, que ceifou a vida de seis milhões de judeus, coloca os brasileiros numa situação de máxima vergonha alheia. A verborragia compulsiva de Lula 3 é um sinal de despreparo total para o cargo.

Lula 3 ganhou do governo de Israel a pecha de “persona non grata”, ou seja, recebeu em resposta à sua agressão aos judeus, um imediato troco na forma de rejeição da diplomacia para pessoas boquirrotas e indesejáveis, que não merecem o status de bem-vindas ao país agredido.

Dizem os bajuladores presidenciais, que Lula não vai pedir desculpas, sob a infantil alegação de que “sacudiu o mundo”, conforme reproduzem seus assessores diretos, que em vez de aconselharem o falastrão, preferem incentivar seu gesto bestial e suas falas irascíveis, sem controle e sem coerência.

O modus operandi do governo espetaculoso de Lula 3 vai impactar até o encontro de Chanceleres do G20, que acontece agora no Brasil (21 e 22 de fevereiro). O grupo das 20 nações mais fortes e poderosas no campo da economia, no lugar de debater gestão financeira, crescimento, desenvolvimento, saúde e como acabar com a fome no mundo, por certo se perderá em conjecturas de como Lula 3 conseguiu ser tão perverso e mau-caráter em relação a Israel e ao povo judeu.

A trágica fala de Lula 3 terá impactos na área da política. De um lado, afastará do seu entorno a poderosa comunidade judaica, que tem forte influência no inteiro contexto da pirâmide social. De outro, assistirá o distanciamento ainda maior das comunidades das igrejas religiosas que, hoje, preferem estar próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula 3 está cada dia mais distante da população brasileira, que não dá consentimento às suas asneiras, maldades e vinganças, e não concorda com seus rompantes de ódio e ressentimento. Lula 3 só consegue agradar sua militância radical de esquerda e a parte vendida da imprensa que o protege à custa de muita verba pública.   

A fala do antissemita Lula 3 surpreendeu até os políticos mais passivos e contemplativos. Mas a oposição quer seu impeachment e uma lista com mais de 100 parlamentares circula e se avoluma.

O país está estarrecido com os acontecimentos desde a posse de Lula 3, e os rumores não são dos melhores, sejam nas capitais ou nas cidades do interior do Brasil. A nação brasileira nunca presenciou tantas aberrações como vêm ocorrendo nos últimos 14 meses.

Enquanto Lula 3 fala demais, o país continua dividido, sendo que a maioria esmagadora está à direita e a minoria continua à esquerda, na sombra do seu líder de barro. A maioria se manifesta, mas nunca é suficiente para mostrar que as leis devem ser expressões da vontade do povo e não fruto da vontade de um governante.

A maioria brasileira, notadamente de direita, sempre mostra a cara e diz ser contra a tirania e o absolutismo, e sempre se coloca contra as narrativas de líderes inatos ou de pessoas que só querem o poder pelo poder.

John Locke, se vivo fosse, estaria na dúvida se, de fato, os cidadãos brasileiros escolhem livremente o seu governante.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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