A CORRUPÇÃO NA PAUTA DA NOVA DIRETORIA DA OAB.
A
nova diretoria da OAB nacional tomou posse ontem para o
triênio 2016-2019, em sessão solene que conduziu ao cargo de presidente o
advogado gaúcho Claudio Lamachia, que comandará a entidade que reúne os 945 mil
advogados do país. Completam a diretoria Luís Cláudio
Chaves (MG), como vice-presidente, Felipe Sarmento (AL), secretário-geral,
Ibaneis Rocha (DF), secretário-geral adjunto, e Antonio Oneildo Ferreira
(RR), tesoureiro.
Hoje, também
toma posse a nova diretoria da OAB seccional Minas
Gerais, que tem na presidência Antonio Fabrício de Matos Gonçalves,
na vice, Helena Delamonica, na secretaria geral, Gustavo Chalfun, na secretaria
geral adjunta, Charles Vieira, na tesouraria, Sérgio Leonardo, na tesouraria
adjunta, Adriano Cardoso, e, na diretoria institucional, Fabricio Almeida.
O
presidente da OAB federal, em seu discurso, clamou por união e frisou
que a população brasileira não aguenta mais os desmandos de governantes e a
corrupção endêmica que assola o país. "Chegou a
hora, afirmou, de reunificar o Brasil, e a OAB e a advocacia desde já se colocam a
serviço da nação brasileira para tal feito. Nosso partido é o Brasil, e nossa
ideologia é a Constituição Federal".
Lamachia
também lamentou: "a deterioração do ambiente político chega a ser
assustadora. Mudos para conversarem entre si, surdos para ouvirem o clamor da
população que já sofre a carestia, cegos para a desintegração dos
fundamentos macroeconômicos do país, assim estão nossos agentes políticos.
Não produzem mais soluções, apenas crises".
"Em
tempos de ajuste fiscal, onde o governo afirma como única saída a recriação da
CPMF, contraditoriamente se vê o aumento absurdo do Fundo Partidário e, o que é
pior, justamente em tempos de Lava Jato. A sociedade não suporta mais a atual
carga tributária, e nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para
mobilizar a sociedade civil organizada contra qualquer proposta que pretenda
colocar novamente a mão no bolso do cidadão. Não aceitamos soluções simplistas
para resolver problemas que não foram criados por nós", criticou.
Enfaticamente,
sem se furtar a uma fala transparente, e acreditando no futuro, o presidente
da OAB nacional emendou: "O Brasil deve se reencontrar. O Brasil irá se
reencontrar. Nesse sentido, a primeira das pautas deve ser o combate à
corrupção, verdadeira chaga deste país. Hoje, faltam recursos para saúde,
educação e segurança, mas sobram recursos para a corrupção. Ou enfrentamos a
corrupção endêmica que assola o Brasil com seriedade e afinco, ou corremos o
risco de ver a 'res publica' se transformar de vez em 'cosa nostra'".
Encerrando seu pronunciamento, Lamachia argumentou: "E é
para ser parte integrante da história do Brasil que convocamos o exército de
quase um milhão de advogados e advogadas para nos ajudar a levar esse generoso
projeto adiante. É hora de grandeza. É hora de mudarmos os destinos do Brasil!".
Wilson
Campos (Advogado).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de terça-feira, 2 de fevereiro de 2016, pág. 19).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de terça-feira, 2 de fevereiro de 2016, pág. 19).
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