BH ESTÁ SUJA E POLUÍDA.
O nosso Belo Horizonte nunca foi tão sombrio e sujo. A nossa cidade jardim está sem brilho e muito suja em suas ruas, avenidas, calçadas, praças, entornos de lagoas e caminhos por onde transitemos.
Se estou de carro ou a pé, o que mais vejo é poluição visual, com excesso absurdo de placas, faixas, letreiros luminosos e outdoors; poluição do ar, com canos de descargas de veículos leves e pesados despejando fumaça preta transformada por queima de gasolina e díesel que além de muitos males, irritam os olhos e ferem as narinas; poluição sonora, com buzinas estridentes e roncos de motores, sirenes de ambulâncias e viaturas policiais, som de carros que mais parecem estoura-tímpanos, máquinas que mais fazem barulho que trabalham, alarmes que disparam e foguetes que espocam por qualquer motivo.
O sossego que aqui esteve um dia, saiu, sumiu, sem se despedir.
A paz que vivemos em outros anos, foi expulsa pela sociedade barulhenta e violenta que não mais convive, mas simplesmente se tolera.
A limpeza urbana que tivemos, não a temos mais, foi relegada, adiada, protelada para dia sim, dia não, ou quem sabe para semana sim, semana não.
A lagoa da pampulha está morrendo por falta de banho, por falta de ar, por falta de cuidados, por falta de quem lhe ame e respeite.
As calçadas públicas estão esburacadas.
As praças públicas estão sem verde e sem vida.
As ruas estão sem placas que lhes identifiquem no início e fim do quarteirão, sem sinalização suficiente, sem iluminação adequada, sem limpeza diária eficiente e necessária.
Os bairros estão pálidos na sua beleza em detrimento de retoques e maquiagens apenas centrais.
Os fios da rede elétrica mais parecem varais de pipas, sapatos, tênis, chinelos e pedras amarradas a cordões.
As pichações se espalham por propriedades particulares e patrimônios públicos, sem contestação, sem punição e sem protestos da sociedade ou das autoridades.
Ruas mais distantes e ermas transformam-se em bota-fora, com entulho e lixo, verdadeiros criadores de ratos e insetos.
A imensidão de carros e pessoas na hora do rush, confundem-se com buzinas, fumaça, alarmes, gritos, xingamentos e ameaças entre motoristas e motoqueiros.
E lá, longe de tudo isso, a Administração Pública.
E cá, bem perto, os fiscais da BHtrans multam, multam e multam sem parar.
Não há a preocupação com os verbos educar e orientar. Há, sim, com os verbos notificar e multar.
Enquanto isso, a metrópole vai se distanciando de sua história de um belo horizonte e de uma cidade jardim.
E o povo que um dia sentava-se nos bancos da praça para conversar, rir e se divertir, fugiu para dentro de casa, apenas ouvindo noite e madrugada adentro os barulhos estridentes externos e tendo como companhia a velha e barulhenta tela colorida chamada televisão.
Será que me contaram estes acontecimentos ou apenas os imaginei de tanto vê-los por aí?
Se estou de carro ou a pé, o que mais vejo é poluição visual, com excesso absurdo de placas, faixas, letreiros luminosos e outdoors; poluição do ar, com canos de descargas de veículos leves e pesados despejando fumaça preta transformada por queima de gasolina e díesel que além de muitos males, irritam os olhos e ferem as narinas; poluição sonora, com buzinas estridentes e roncos de motores, sirenes de ambulâncias e viaturas policiais, som de carros que mais parecem estoura-tímpanos, máquinas que mais fazem barulho que trabalham, alarmes que disparam e foguetes que espocam por qualquer motivo.
O sossego que aqui esteve um dia, saiu, sumiu, sem se despedir.
A paz que vivemos em outros anos, foi expulsa pela sociedade barulhenta e violenta que não mais convive, mas simplesmente se tolera.
A limpeza urbana que tivemos, não a temos mais, foi relegada, adiada, protelada para dia sim, dia não, ou quem sabe para semana sim, semana não.
A lagoa da pampulha está morrendo por falta de banho, por falta de ar, por falta de cuidados, por falta de quem lhe ame e respeite.
As calçadas públicas estão esburacadas.
As praças públicas estão sem verde e sem vida.
As ruas estão sem placas que lhes identifiquem no início e fim do quarteirão, sem sinalização suficiente, sem iluminação adequada, sem limpeza diária eficiente e necessária.
Os bairros estão pálidos na sua beleza em detrimento de retoques e maquiagens apenas centrais.
Os fios da rede elétrica mais parecem varais de pipas, sapatos, tênis, chinelos e pedras amarradas a cordões.
As pichações se espalham por propriedades particulares e patrimônios públicos, sem contestação, sem punição e sem protestos da sociedade ou das autoridades.
Ruas mais distantes e ermas transformam-se em bota-fora, com entulho e lixo, verdadeiros criadores de ratos e insetos.
A imensidão de carros e pessoas na hora do rush, confundem-se com buzinas, fumaça, alarmes, gritos, xingamentos e ameaças entre motoristas e motoqueiros.
E lá, longe de tudo isso, a Administração Pública.
E cá, bem perto, os fiscais da BHtrans multam, multam e multam sem parar.
Não há a preocupação com os verbos educar e orientar. Há, sim, com os verbos notificar e multar.
Enquanto isso, a metrópole vai se distanciando de sua história de um belo horizonte e de uma cidade jardim.
E o povo que um dia sentava-se nos bancos da praça para conversar, rir e se divertir, fugiu para dentro de casa, apenas ouvindo noite e madrugada adentro os barulhos estridentes externos e tendo como companhia a velha e barulhenta tela colorida chamada televisão.
Será que me contaram estes acontecimentos ou apenas os imaginei de tanto vê-los por aí?
Sou de Belo Horizonte mas moro na Florida a mais de 30 anos.
ResponderExcluirVou ao Brasil todo ano e fico deprimida com tanta decadência na minha cidade.