SEMANA DA CONCILIAÇÃO FAZ ACORDO MILIONÁRIO.

O grande mutirão coordenado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em todo o Brasil, também conhecido como Semana da Conciliação, cujo objetivo maior é o desafogamento do Judiciário, trouxe à tona soluções inesperadas para casos que se arrastavam há anos na justiça brasileira.

No Rio de Janeiro, a maior conciliação foi em torno de uma causa trabalhista que resultou numa solução rápida e de volume expressivo. O autor, um alto funcionário do Unibanco, exigia uma indenização de R$3 milhões da empresa bancária, como pagamento de seus direitos e créditos trabalhistas. A reclamada, embora pudesse recorrer da decisão da Justiça do Trabalho, preferiu fazer um acordo e desembolsou R$2,3 milhões a favor do reclamante. Valeu a rapidez a favor do empregado, que vai passar um Natal milionário e feliz ao lado da família. E, funcionou para o Banco, que pagará um valor inferior ao reclamado judicialmente.

Em São Paulo, o destaque ficou por conta do número de separações e divórcios. A Vara de Família foi a que mais trabalhou na capital paulista, realizando inúmeras audiências que trataram em 95% dos casos, de dissolução de casamentos. Aqui, o fato pitoresco é em torno das palavras - a semana é de conciliação, mas poderia muito bem ser chamada de semana da separação.

Ainda na Semana da Conciliação, o estado paulistano despontou com casos de negociações que surpreenderam até mesmo as empresas interessadas. A Eletropaulo, empresa prestadora de serviços públicos, declara que desde o início do movimento conciliatório promovido pelo CNJ, já economizou cerca R$6,2 milhões com acordos.

Em Minas Gerais, segundo o Presidente do TRT da 3ª Região, desembargador Paulo Roberto Sifuentes Costa, a Semana da Conciliação "é uma forma de desarmamento de espíritos e de encontrar a paz em todos os sentidos". O número alcançado pela Justiça do Trabalho de Minas Gerais é considerado positivo e gira em torno de 6,6 mil audiências realizadas, com 44% de acordos, mais de 9.500 pessoas atendidas e arrecadação em torno de R$24 milhões.

Nos demais estados da federação, os acordos foram buscados em questões diversas que incluiam direitos de consumidores, adoções, dívidas com a Fazenda Pública e muitos outros relacionados a cobranças de débitos de empresas a clientes.

A expectativa do CNJ foi atendida, uma vez realizados 60.564 acordos em 138.320 audiências.

Sairam ganhando o cidadão, a justiça e a nação brasileira. Fica demonstrada ainda, a força da composição amigável em vantagem avassaladora frente ao conflito instituído e estagnado.

Ao sucesso da Semana Nacional da Conciliação, deve ser acrescida e reconhecida a adesão dos Tribunais, dos Juízes e dos Advogados, nesta árdua tarefa de buscar o entendimento e por fim à lide que teima em resistir, e que em assim procedendo, traz prejuízos enormes às partes e emperra por anos o Judiciário.

A V Semana da Conciliação deve ser estímulo para a realização de conciliações diuturnas, por 52 semanas anuais, voltadas para a conquista do bem estar social, convivência harmoniosa entre as pessoas e respeito incondicional ao direito. Este é o Brasil que queremos. Cidadania Já!

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