REINVENTANDO O NATAL
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de 23 de dezembro de 2016, pág. 19).
"Acreditar é preciso, mas com ação e atitudes severas de cidadania".
Ninguém
é tão dono da verdade a ponto de garantir que o Brasil não tem jeito e que tudo
está irremediavelmente perdido, embora neste ano de 2016 o país esteja sem rumo,
feito uma embarcação sem navegador.
A
desesperança toma conta das pessoas, e as críticas se fazem ser ouvidas nas
residências, nas empresas, nas ruas e em todos os cantos das cidades
brasileiras. O desencanto com a política cresce de tal forma que o cidadão anulou
o voto ou simplesmente se absteve de votar.
Além
do declínio político, a grave crise econômica acarreta desemprego e traz insegurança
para a sociedade. O corte no orçamento doméstico é assentido e colocado em
prática pelas famílias. O mês de dezembro se encarrega de mostrar que a
realidade é preocupante e que o salário é pouco para as despesas, os presentes
e as comemorações de final de ano.
Contudo,
o brasileiro não se dá por vencido. Reinventar o Natal é urgente. Comemorar é
preciso. Confraternizar é necessário. Mas não importa se o presente é caro ou
barato. O que vale é o sentimento, a lembrança. Aliás, mais vale um abraço, um
sorriso ou um simples aperto de mão. Vale a sinceridade, o brilho nos olhos, a
gentileza do momento. O que enobrece é a
harmonia, a união, o afeto e a gratidão.
Papai
Noel não se importa com a reinvenção do Natal. Para ele, o que conta é a
família reunida, em paz, na mais absoluta entrega da fraternidade. A saudade
daqueles que estão distantes ou que se foram é amenizada pela lembrança, pelo
reconhecimento, pelo agradecimento e pela confissão de amor.
Se
o comércio reclama da queda nas vendas, melhor que também se reinvente, que se
prepare para novos dias e que não desanime porque, segundo dizem, depois
da tempestade vem a bonança, a calmaria. Acreditar é preciso, mas com ação e
atitudes severas de cidadania.
Se
o presente não é aquele que se esperava, não desespere, não reclame e não
provoque a vergonha alheia, porque dias melhores virão, e isso só depende de nós,
de nossos exemplos e de nossa participação nos destinos da nação. O povo
brasileiro é assim, não desanima nunca.
O
Natal é um símbolo de nascimento, de vida, de solidariedade cristã. Papai Noel
existe, claro! Ele sou eu, é você e todos que sabem respeitar e amar. Papai
Noel é o caminhante que desbrava os rincões e não reclama do sol ou da chuva.
Papai Noel é o trabalhador que labuta o ano inteiro, compra lembrancinhas para
os seus, e não se preocupa consigo mesmo. Papai Noel é aquele que está
próximo e que nos acode quando a gente mais precisa.
O
Natal é assim, tem essa coisa de mexer com as pessoas. As luzes, as roupas, o
agito social e os presentes são importantes, mas não imprescindíveis, uma vez
que indispensáveis são a alegria, a bondade, a solidariedade e a capacidade de
amar.
Reinventar
o Natal é reinventar Papai Noel, aquele bom companheiro de todas as horas que
está sempre disponível, de braços abertos e que não foge da luta. Nunca!
Wilson
Campos (Advogado).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de 23 de dezembro de 2016, pág. 19).
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(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de 23 de dezembro de 2016, pág. 19).
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