PESSIMISMO EXCEDENTE.
Ninguém merece viver rodeado de indivíduos de
coração empedernido, que não se consegue persuadir nem demover de atitudes
radicais, embora se tente mostrar-lhes a realidade dos fatos; mas eles se negam
a enxergar, haja vista estarem cegos pelo ódio e petrificados pela ignorância.
De nada serve ao Brasil a divisão que dizem que existe
ou que querem plantar na cabeça das pessoas. A hora é de juntar os cacos,
colocar a máquina do governo nos trilhos e trabalhar por uma nação ética e
verdadeira, onde a cidadania seja a mola propulsora da transformação social,
mas sem esse burburinho de esquerda e direita, cuja definição passa longe do
que seja interessante para a democracia. O entendimento precisa ser buscado.
Para aqueles que dizem que o brasileiro é
"burro" e que o Brasil é "inviável", a resposta é mandar o
sujeito se mirar no espelho e dizer para si mesmo “eu sou burro e inviável”.
Ora, se você não se respeita e não respeita o seu país, boa coisa você não é.
Creia nisso. Aprenda com isso. E se você se julga acima dos defeitos da
sociedade e acha que nunca peca pelo exagero ideológico, mas só caminha ao lado
de companheiros niilistas e radicais, o seu destino é o inteiro vazio, assim como
vazia é a sua existência. Mude isso, porque ainda é tempo de mudar.
O pessimismo excedente é um perigo. O sujeito, além
de não contribuir com nada de positivo para a mudança da situação que tanto o
indigna, age na contramão do bom senso e difunde um clima negativo, tão e somente
para parecer injustiçado, quando, na realidade, não passa de um presunçoso
portador de arroubos pessimistas, despossuído de atitude proativa, que poderia
pelo menos não atrapalhar quem deseja trabalhar por um país melhor para
todos.
Se ocorrem coisas ruins no Brasil, elas também
acontecem em outros países. Não há no mundo um país impecável, que não tenha falhas.
O mundo inteiro comete erros. Precisa acabar, de uma vez por todas, essa
crítica provinciana, tacanha e permanente, de que o Brasil é um país que não dá
certo e que o povo não tem jeito. Ora, isso é comentário de quem não sabe o que
acontece em outros países ou de quem não conhece as dificuldades de outras nações.
O livro “Bumerangue”, de Michael Lewis, é um
precioso antídoto para o excesso de pessimismo quanto ao Brasil. Lewis mostra
que nos Estados Unidos, Grécia, Islândia, Irlanda e Alemanha aconteceram e acontecem
coisas terríveis, que provavelmente nunca farão parte da nossa realidade. É
claro que temos coisas ruins e detestáveis, mas isso está longe de ser a
tragédia encenada pelos pessimistas. Todo país e toda sociedade têm problemas,
mas não somos piores do que os outros em tudo. Essa concepção torta precisa
mudar. O pessimismo excedente precisa acabar. O Brasil é um país que pode ser
um dos melhores do mundo para se viver e isso depende de nós. Mas, para isso,
precisamos nos respeitar e respeitar o Brasil.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de terça-feira, 30 de abril de 2019, pág. 17).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de terça-feira, 30 de abril de 2019, pág. 17).
LI ONTEM NO JORNAL E GOSTEI MUITO. UMA INJEÇÃO DE ÂNIMO NO NOSSO POVO QUE ANDA MUITO DESANIMADO E PRECISA ACORDAR PARA A VIDA DO SÉCULO 21. PARABÉNS DR. WILSON, MEU ESCRITO FAVORITO DO JORNAL O TEMPO E DO ESTADO DE MINAS. MAIS UM EXCELENTE ARTIGO E DE BRASILIDADE COMO PRECISA E DEVE SER, INCLUSIVE TODOS NÓS. ABR. SEBASTIÃO VENÂNCIO.
ResponderExcluirNos Estados Unidos vê-se otimismo dos americanos até na Bandeira do país por todos os lados, hasteada na frente das casas, dos prédios, ou postas sobre as mesas nas escolas, nas empresas e por todo lugar que se vá. Lá eles veneram o país. Aqui, uma parcela grande da sociedade só olha para seus interesses e pouco se importa com Bandeira, Hino, Símbolos Nacionais, e muito menos com o otimismo, preferindo reclamar, criticar tudo e ser pessimista ao extremo, dizendo que aqui tudo é ruim. Ora, então porque não vão embora e ficam por lá? O qur fazem aqui? Mas, por favor, não vão para Miami e continuem explorando faturamento empresarial aqui. Se vão, que fiquem, por lá e instalem suas empresas por lá. Gostei muito do artigo do Dr. Wilson Campos, que me foi sugerido por uma amiga do clube, e penso como ele, que esse pessimismo destrói o nosso Brasil. De brasileiros assim o Brasil precisa, mas daqueles que só desmerecem, XÔ, saiam a não voltem. Sinceramente, Valéria Vasconcellos. BRASILEIRA!!!
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