DINHEIRO PÚBLICO.
Tudo depende de bons exemplos. Imaginem os
políticos municipais, estaduais e federais se deslocando de ônibus, de
bicicleta ou de metrô da residência para o trabalho; pagando moradia,
alimentação e viagens do seu próprio bolso; utilizando hospitais públicos;
educando seus filhos em escolas públicas; dirigindo os seus próprios carros e
cumprindo carga horária de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Imaginem
como este país seria diferente, diante desses exemplos que, se efetivados,
trariam novas perspectivas.
Ao mesmo tempo dos exemplos acima referidos, por
óbvio, a ação seria em cascata, envolvendo todas as diretorias executivas de
empresas, autarquias e órgãos públicos. Os cortes nas mordomias e nos
penduricalhos seriam retos e sem distinção nesses setores e em todas as esferas,
valendo notar que o exemplo de diminuição de gastos públicos e a solução para o
problema de caixa do governo dependem dos setores político e institucional.
A gastança, que precisa ser freada a qualquer custo, não tem relação com o cidadão comum. Esse mal que arrebenta com o país passa pelas excessivas despesas que os políticos só fazem crescer – gastos pessoais, com gabinetes, com escritórios regionais, com privilégios funcionais e com desperdício do dinheiro público.
A gastança, que precisa ser freada a qualquer custo, não tem relação com o cidadão comum. Esse mal que arrebenta com o país passa pelas excessivas despesas que os políticos só fazem crescer – gastos pessoais, com gabinetes, com escritórios regionais, com privilégios funcionais e com desperdício do dinheiro público.
Aliás, a bem da verdade, resta evidente que não está
longe da capacidade do homem ou da mulher, brasileiros natos, mesmo sem
conhecimentos elementares de economia, entender que a sangria precisa ser
estancada imediatamente. A recessão e as desigualdades requerem atitudes
drásticas, e as contas públicas exigem equilíbrio severo.
Tentar cobrir o rombo com o esforço do empregado ou
com o sacrifício do empregador não é admissível. É preciso acabar com o
desperdício de dinheiro público. Gastar apenas parte do que arrecada e aplicar
o saldo nas demandas sociais, no crescimento e no desenvolvimento. Ademais, tirar
da cartola criaturas monstrengas de tributação ou reduzir garantias trabalhistas
e previdenciárias não aquieta o mercado, não resolve o problema em definitivo
e acaba por contrariar o trabalhador e desanimar a iniciativa privada, posto
que ambos carregam nas costas, há anos, uma das maiores cargas tributárias do
mundo, sem a contrapartida de um serviço público eficiente ou adequado.
O ajuste fiscal, a redução dos juros, a criação de
empregos e a normalização da grave crise econômica são medidas necessárias e
urgentes. Os erros dos governantes não podem ser debitados aos trabalhadores ou
aos empresários, posto que a destemperança nos gastos públicos não é
responsabilidade da população, mas dos próprios políticos, que se aboletam no
poder e se permitem luxos e excessos, enquanto a República patina e desce
ladeira abaixo, levando consigo as classes trabalhadora e empresarial.
Ora, chega de mordomias, de mau-caratismo, de politicagem sórdida, de exploração do povo e de desperdício do dinheiro público!
Ora, chega de mordomias, de mau-caratismo, de politicagem sórdida, de exploração do povo e de desperdício do dinheiro público!
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 14 de agosto de 2019, pág. 17).
Clique aqui e continue lendo sobre temas do Direito e da Justiça, além de outros temas relativos a cidadania, política, meio ambiente e garantias sociais.
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 14 de agosto de 2019, pág. 17).
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Nos países nórdicos é assim - políticos sérios, honestos e que são como as demais pessoas do povo, simples e corretos, sem desperdício do dinheiro público. Lá os políticos andam de metrô, de ônibus e de bicicleta. Aqui, os safados andam de carro com motorista, de avião, de helicóptero e de carros de alto luxo, tudo pago com o dinheiro do coitado do povo brasileiro. O texto da lavra do sempre admirável Dr. Wilson Campos é uma lição, é uma aula e é um convite a pensar e reprensar a nosso real funçao enquanto eleitores. Parabéns Dr. Wilson Campos pelo artigo pleno de cidadania, na defesa de melhor uso do dinheiro público. Raphael Penna.
ResponderExcluirDr. Wilson, bom dia. Sonhar é bom. Entretanto, a nossa realidade é bem outra.Não sei se o que vou dizer agora acontece com frequência e com todo mundo. Há muito não aceito causas novas. Apenas acompanho as causas que nunca terminam. São causas de pessoas pobres ou empobrecidas pela corrupção de magistrados que não mudam de cara para homologar uma partilha onde irmãos germanos propoem acordo "vantajoso" para irmã unilateral, menor impúbere, não cumprem o acordo, o juiz homologa a partilha com desculpas esfarrapadas. Com fincas no termo de acordo "vantajoso" propõe-se ação ordinária numa vara cível para se exigir o cumprimento do acordo com perdas e danos materiais e morais. Os estelionatários subornam funcionários do setor de tributação da Prefeitura e estes cadastram os imóveis ob jeto do descumprido termo de acordo em nome da vítima para que esta suporte o ônus dos tributos. Os imóveis(a maioria comerciais) que deveriam estar produzindo renda, estão fechados por falta de "habite-se". Proposta a ação de atentado em razão da alteração das condições da ação (transferência criminosa da obrigação tributária) o juiz indefere a ação de atentado. Interposta apelação e, em seguida, interpostas, no Tribunal, declaratórias de nulidade dos novos lançamentos de impostos em nome da vítima e o processo dorme lá cinco anos. De repente, não mais que de repente, o Tribunal, ignorando a questão das declaratórias de nulidade dos novos lançamentos de impostos(para não bater de frente com o clamoroso êrro do juiz primevo: "inexistência de al teração das condições da ação..!" e "falta de motivos para se recorrer ao judiciário..! - a questão poderia ser resolvida administrativamente..!". Detalhes: 1º) Requerimentos administrativos foram todos indeferidos pelos setor de tributação da Prefeitura - 2º) Quando,o parceiro dos estelionatários que os atendeu fazendo criminosamente a transferência da tributação, mesmo tomando conhecimento de estar a questão sub-júdice e do descumprido "Termo de Acordo" iria resolver esta questão administrativamente ? Das duas, uma: além de incompetente, esse juiz é muito inocente ou ele também foi "visitado". Tenho muitas e boas, iguais a esta. Imagina o senhor a propositura de ação indenizatória de acidente de trânsito tendo como vítima pescador das barran cas do São Francisco e filhos de lavradores da região, contra funcionários da TELEMAR NORTE-LESTE S/A. pilotando aqueles foguetinhos com escada no teto para dar conta de ordens de serviço, uma em Porteirinha, outra em Muriaé e outra em Uberlândia, até a semana seguinte ! . Juízes escolhidos a dedo. Não raro, fica-se na dúvida: trata-se de um magistrado, ou advogado do adversário de seu cliente? Depois de encerrar, se porventura o conseguir até o fim dos meus dias, todos os intermináveis processos, pretendo escrever um livro sobre honestidade e independência dos nossos magistrados. Uma boa tarde e que Deus o guarde dos tais.Salvador Andrade de Magalhães - Bhte.
ResponderExcluirPara Deus, nada é impossível. Que Deus se apiede de nós. A depender da nossa corrompida sociedade (ricos, pobres, cultos, incultos, crédulos, incrédulos) fica muito difícil crermos num futuro promissor. Salvador Andrade de Magalhães - Sta. Tereza - Bhte.
PREZADO DOUTOR WILSON,
ResponderExcluirBOM DIA
LEMBRO QUE NA DÉCADA DE 70 VEREADOR NÃO ERA REMUNERADO,NÃO OBTINHA ESSE EXCESSO DE GANHOS MENSAIS.A CAMARA MUNICIPAL FICAVA NA RUA TAMÓIS TINHA UMA JANELA GRANDE OS VEREADORES FICAVAM ALÍ VOTANDO E CONVERSANDO,E AS PESSOAS PODIAM ENTRAR SEM PROBLEMA ALGUM.OS TEMPOS MUDARAM,A PÓLITICA PIOROU E SE INDINHEIROU.HOJE NO MEIO DO MANDATO UM VEREADOR JÁ PENSA EM SER DEPUTADO ESTADUAL ,QUE PENSA NO MEIO DO MANDATO SER DEPUTADO FEDERAL E DEPOIS SENADOR OU PREFEITO,PARECE QUE A ESCALADA DE SUBIDA DE DEGRAUS NA POLITICA FICOU IGUAL DAS EMPRESAS PRIVADAS,FORA OS POLITICOS QUE NÃO SÃO ELEITOS E QUE APANIGUADOS PELOS QUE VENCERAM AS ELEIÇÕES CONSEGUEM EMPREGOS EM EMPRESAS PUBLICAS GANHANDO ATÉ MAIS QUE POLITICOS NUM COOPERATIVISMO SEM FIM E QUASE TODOS OS POLITICOS BRASILEIROS COM RESIDENCIAS EM MIAMI.
E SÓ TRABALHANDO 3 DIAS POR SEMANA
O AJUSTE FISCAL E A CRIAÇÃO DE EMPREGOS DO LADO BOM ASSIM COMO AS FAMOSAS CONCORRENCIAS DESLEAIS DE CARTAS MARCADAS EM OBRAS PUBLICAS SEM FISCALIZAÇÃO COM O FAMOSO ADITAMENTO JUNTADO A CORRUPÇÃO POLITICO-EMPRESARIAL-DOLEIROS-LOBISTA DO LADO NEGATIVO,
DESNIVELAM TODO DINHEIRO PUBLICO,ARRECADADO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA TRAZENDO DEFICIT AO GOVERNO FEDERAL.
COM A RESPOSTA OS TCE E TCU. Atenciosamente, Marco Túlio M. Camargos
ÓTIMO ARTIGO, DOUTOR.��������
ResponderExcluirMarcos Corrêa da Silva, seg, 19 de ago 00:59 (há 1 dia)
Olá Wilson,tudo bem?
ResponderExcluirTenho acompanhado seus artigos e sua atuação em favor dos interesses coletivos e ambientais.
Pensei: Este seria o candidato a vereador ,por enquanto,que teria o meu voto.
Caio.
Dr. Wilson, bom dia. Faço minhas as suas palavras. É muito bom que haja alguém com a sua coragem tendo a ousadia de expor de forma tão contundente a prática da demagogia que entre nós impera. Pessoas que se atrevem à carreira política e em campanha prometem isso, aquilo e aquiloutr.,Eleitos "se esquecem" do que prometeram e já nos primeiros atos participam da partilha do butim, como se tivessem participado de um assalto. Precisamos de mudança, como o senhor iniciou sua fala: "Tudo depende de bons exemplos". Que o Deus todo poderoso o abençoe ! Não nos decepcione !
ResponderExcluirSalvador Andrade de Magalhães.