TAXA DE JUROS SOBE PARA 13,25% E GOVERNO PETISTA SE CURVA.

 

O Banco Central (BC) está agora sob o comando de Gabriel Galípolo, indicado por Lula e, claro, pelo PT.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu de forma unânime nessa quarta-feira (29) aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2023. A alta é a quarta consecutiva desde setembro do ano passado.

Quando o presidente do BC era Roberto Campos Neto, a turma do PT criticava toda e qualquer medida adotada por ele. Se o BC subia 0,25% ou 0,50% na taxa SELIC, os petistas ficavam histéricos e esbravejavam contra. Mas agora, com um presidente do BC indicado por Lula e pelo PT, que já chega aumentando a SELIC em 1,00%, os petistas ficam calados e nem resmungam. Que coisa estranha!

Vale observar que, em sua primeira reunião sob o comando de Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo governo petista, a taxa básica de juros (Selic) pulou para 13,25%. Em comunicado, o Copom informou que a elevação da Selic é “compatível” com a sua estratégia para levar a inflação de volta à meta. O BC afirma que o cenário atual exige uma política monetária mais contracionista (de alta de juros). Explicação dada, mas antes o PT não aceitava esses argumentos e agora abaixa a cabeça e diz amém ao seu apadrinhado do BC.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, diz o comunicado do Copom.

Percebam os leitores que o PT usa sempre dois pesos e duas medidas. Quando o BC é comandado por alguém que não é da sua fileira, os petistas caem de pau e criticam sem parar. Mas quando o BC é comandado por um indicado deles, os petistas engolem o choro e ficam quietinhos no seu canto. Ou seja, a hipocrisia é larga no meio dessa turma.  

Quem se lembra dos ataques de Gleisi Hoffmann (presidente nacional do PT) contra Campos Neto? Ela sempre esperneava sem motivo, com empáfia e desrespeito, contra toda e qualquer ação do presidente anterior do BC.

“Campos Neto não fez nada para conter a especulação desencadeada, que já levou o dólar a R$ 6. [...] É um crime contra o país”, disse Gleisi em uma rede social.

“Era obrigação da ‘autoridade monetária’ intervir no mercado contra a especulação desde seu previsível início, com leilões de swap, exigência de depósitos à vista e outros instrumentos que existem para isso”, pontuou certa vez a presidente nacional do PT.

“Todos sabem que juros maiores, neste momento, só vão pressionar a dívida pública e comprometer a atividade econômica, mas os especuladores e seus porta-vozes não estão nem aí para o país”, declarou Gleisi em uma publicação no X.

“Que Roberto Campos Neto não entende nada sobre a vida e as necessidades de quem trabalha pra ganhar a vida num país com as maiores taxas de juros do mundo, isso não é novidade pra ninguém. Mas dizer que o fim da jornada 6x1 vai prejudicar os trabalhadores é muita cara de pau”, disse Gleisi em um perfil no X. “A declaração serve, pelo menos, para deixar bem claro de que lado ele está, e não é o lado dos trabalhadores nem o do Brasil”, aduziu a petista.

“Nunca pareceu tão evidente a contradição entre as necessidades do país e os interesses dessa gente. E foi Campos Neto, o presidente [do] Banco Central, quem insuflou essa onda. Quer aproveitar seus últimos meses de mandato para concluir sua obra de sabotagem ao Brasil e ao governo Lula”, disse Gleisi em outra postagem no X.

“Campos Neto segue com suas preleções públicas, algo não recomendado para o cargo que ocupa, ameaçando com juros ainda mais altos para exigir o suicídio fiscal do governo”, escreveu a petista em seu perfil no X (antigo Twitter). “O que ele chama de 'choque positivo' é cortar recursos dos investimentos que fazem o país crescer, dos programas que atendem a população e dos aposentados, para satisfazer o insaciável mercado financeiro”, acrescentou a presidente nacional do PT.

Já o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que namora Gleisi, também criticou o “terrorismo” feito pelo mercado. “O Brasil cresce, reduz pobreza e gera empregos. O mercado faz terrorismo e sabota com dólar e aumento da inflação. A conta não fecha!”, declarou. Lindbergh ainda chamou Campos Neto de sabotador. Para ele, o eventual aumento da Selic significa um rombo de quase R$ 40 bilhões nas contas públicas. Antes Lindbergh pensava assim, e agora?

Como visto, a sanha persecutória do PT contra Campos Neto era desmedida e irresponsável. Hoje o presidente do BC é Galípolo, nomeado por Lula e aceito de bom grado pelos petistas, mas ninguém faz duras críticas como antes. Por quê?   

Resta evidente que o governo petista e seus respectivos militantes se curvaram à taxa Selic de 13,25%. Claro, o atual presidente do BC é indicação do PT. Reclamar o quê? De quem? Por quê? Com essa, mais uma vez, o PT causa extrema vergonha alheia.

Gleisi Hoffmann, a ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff, serve à ala radical do PT e mais ainda aos interesses de Lula. E é nessa situação de atiradora de pedras, que constantemente fazia declarações insultuosas contra o Banco Central (isso quando a instituição era presidida pelo inimigo número dois dos petistas, Roberto Campos Neto).

Gleisi também avança com agressões verbais descontroladas  contra a direita, o agronegócio, o mercado financeiro, o mundo corporativo, o Congresso, os evangélicos, a parte séria da imprensa, as redes sociais, o governo de Israel e também contra os EUA depois da posse de Donald Trump.

Porém, Gleisi revela-se uma eterna e meiga defensora das ditaduras de Nicolás Maduro, de Cuba e do Partido Comunista Chinês, aos quais costuma dedicar elogios e compreensão, com isso gerando ganhos políticos para a esquerda radical lulopetista e perdas e constrangimentos para o povo brasileiro.

Demonizar a direita e tudo que representa a moralidade, e defender ditaduras e terroristas imorais, é próprio e do feitio do PT.

Enfim, encerrando, ainda que o BC esteja sob o comando de um presidente indicado por Lula, a taxa básica de juros (Selic) subiu para 13,25% ao ano. E o PT se curva e fica em silêncio profundo.  Como assim? É sério isso?

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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