PLACAR INJUSTO E DESLEAL: BOLSA FAMÍLIA (DEZ) X TRABALHO (ZERO).

 

Em outros artigos neste Blog eu já deixei bem claro o tamanho do problema que o Bolsa Família e outros benefícios sociais do governo estão causando na economia e nas atividades que necessitam de mão de obra.

A citação do placar injusto e desleal é pelo fato de que o Bolsa Família está dando uma goleada de 10x0 no trabalho. Enquanto o Bolsa Família consegue adeptos diariamente, o trabalho oferecido pela iniciativa privada perde simpatizantes. As pessoas preferem viver do Bolsa Família e de outros auxílios do governo, do que viver com dignidade do trabalho.

O estrago do exagero dessa concessão de auxílios sociais, principalmente o Bolsa Família, é assustador. As empresas estão perdendo o estímulo de empreender, uma vez que a mão de obra sumiu e ninguém quer trabalhar. Ora, o governo – o grande culpado -, paga para a pessoa ficar sem fazer absolutamente nada.

Eu vi recentemente uma mensagem desesperada de um plantador de ponkan (espécie de mexerica), dizendo que perderia a colheita porque não tinha gente (mão de obra) para colher, já que as pessoas, recebendo o Bolsa Família, acham que já têm o suficiente e não precisam trabalhar.

Inúmeras vezes eu ouvi essa queixa de comerciantes, empreendedores, profissionais liberais, agricultores e pecuaristas do Brasil inteiro. Homens e mulheres buscam o Bolsa Família e não querem mais trabalhar. As migalhas do governo estão viciando a população, e com isso tornando-a dependente e fácil de manipulação.

A meu sentir, o grande defeito do Bolsa Família é permitir que o número de pessoas improdutivas cresça a cada dia, transformando famílias de trabalhadores em famílias de pedintes e esmoladores. Uma humilhação sem tamanho.

Os prefeitos das cidades brasileiras deveriam tomar uma atitude similar à do prefeito de Bento Gonçalves (RS), que perguntava se a pessoa tinha condição de trabalhar ou estava doente, e dependendo da resposta mantinha ou retirava o benefício do Bolsa Família. Mas aí vieram os defensores públicos e desceram a lenha, alegando que o “coitado” do beneficiário tem todo o direito de optar entre o trabalho e o ócio. Mas quem paga esse ócio?

Os defensores públicos só não explicaram aos beneficiários que o Bolsa Família não é pago pelo governo, mas pelo contribuinte, que paga impostos. O dinheiro vem do bolso do contribuinte que paga, inclusive, o salário do defensor público.

O Brasil está ladeira abaixo. Desapareceu aquela cultura de que o trabalho enobrece. Com isso, com essa vergonha alheia, o país só definha. Hoje é normal o indivíduo dizer que vive só de ajuda do governo. O sujeito não se envergonha dessa submissão e mendicância.     

Estudar e trabalhar é perfeitamente possível. Eu sempre trabalhei e estudei. Vergonhoso para a minha geração era não trabalhar e não estudar. Daí que, estudar, sim, mas estudar para ter um bom emprego, uma vida melhor, um bom salário e proporcionar um bom padrão de vida para a família. Trabalhar dignifica e enobrece, sim. O que atrapalha é a dependência de migalhas, é ficar refém de Bolsa Família e outros benefícios sociais que transformam as pessoas em marionetes de governantes demagogos e populistas.  

Em tempo, cumpre esclarecer que não se trata de demonizar os programas sociais ou de deslegitimar famílias de baixa renda que precisam de ajuda, mas a questão requer uma análise real no sentido de que o benefício há de ser temporário e não permanente. Ora, o governo precisa incentivar a qualificação profissional dessas pessoas e estimular para que elas sigam rumo a um trabalho formal.

Várias regiões do Brasil precisam de trabalhadores. A mão de obra está escassa e as reclamações dos setores empresariais são relevantes e pertinentes. As vagas de emprego estão por todos os lados, em vários setores e com oferecimento de diversos tipos de salários, dependendo da profissão. As notícias das regiões sul e sudeste são de que existem milhares de vagas de emprego em várias localidades, o que leva a um número expressivo de possibilidades para as pessoas que querem ter uma vida digna, em vez de ficarem recebendo esmolas do governo.

Em outros artigos neste Blog eu já citei números e dados oficiais precisos divulgados pela imprensa, no sentido de que os índices de pessoas dependentes de Bolsa Família crescem a cada ano, com isso transformando muitas cidades em centros de sobrevivência de beneficiários de auxílios sociais.

Há regiões prósperas, principalmente pelas atividades do agronegócio, que têm um Produto Interno Bruto (PIB) que supera R$ 100 bilhões. Mas falta mão de obra para a continuidade do crescimento dessas cidades.

Os salários oferecidos são bons e têm os benefícios agregados, mas ainda assim não existe mão de obra para o preenchimento das vagas de emprego. Ou seja, as pessoas preferem viver de migalhas, bolsas, benefícios e programas sociais, mas não querem trabalhar de forma efetiva, com carteira de trabalho assinada.

A falta de mão de obra é um problema muito sério em um país das dimensões do Brasil. As explicações para essa lacuna enorme são os benefícios sociais pagos pelo governo. Afora essa situação, há também o caso de trabalhadores dispostos ao trabalho, que reivindicam melhores salários e mais oportunidades de ascensão para que se sintam pertencentes. Ou seja, são dois casos – o primeiro, de quem não quer trabalhar e prefere viver de ajudas do governo; o segundo, de quem quer trabalhar, mas exige melhores condições e possibilidades de crescimento dentro da empresa contratante.    

Mas, francamente, a realidade nua e crua é que o Bolsa Família e outros benefícios têm colocado milhões de brasileiros na condição humilhante de pedintes. Em Minas Gerais, por exemplo, as placas de ofertas de emprego estão por todos os cantos das cidades, sejam pequenas, médias ou grandes. Na maioria dos municípios mineiros existem milhares de vagas de emprego. No comércio e na indústria, por exemplo, as possibilidades de trabalho com carteira assinada são grandes, com admissão imediata e salários condizentes com a atividade da pessoa.

Porém, como visto, os programas sociais do governo competem com a iniciativa privada. Note-se que, só no governo do PT, o número de famílias contempladas cresceu e está sem controle, haja vista a incompetência da gestão petista de separar quem pode ou não trabalhar; quem está ou não doente e impossibilitado de trabalhar; quem precisa ou não do auxílio social; e quem está simplesmente vivendo à custa do contribuinte por malandragem e falta de vergonha na cara.

Algumas informações são de que o Nordeste é a região que mais recebe auxílios sociais do governo (9,48 milhões de famílias). Já no Sudeste, são 6,28 milhões de famílias nos 1.668 municípios e um repasse de R$ 4,2 bilhões. Na sequência aparecem o Norte, com 2,6 milhões de famílias e o maior valor médio de repasse do país (R$ 707,34), o Sul (1,48 milhão de famílias) e o Centro-Oeste (1,18 milhão de famílias). Essas informações precisam ser atualizadas em 2025, posto que a bondade do governo da esquerda se mistura à sua gastança governamental e ao seu descontrole fiscal – a inflação está subindo desmedidamente, os juros bancários crescem, os preços dos alimentos assustam, as despesas do governo disparam.     

Vale observar que, além do Bolsa Família, existem também muitos outros benefícios do governo como o auxílio gás, a farmácia popular, o benefício de prestação continuada (BPC), a tarifa social de água e de energia elétrica, o minha casa minha vida, a aposentadoria para pessoas de baixa renda, a carteira do idoso para isenção no transporte interestadual, a identidade jovem para descontos em transporte e eventos, o pé-de-meia para estudantes, o programa de erradicação do trabalho infantil, o garantia-safra, o seguro-desemprego para pescador artesanal, a isenção de taxas em concursos públicos e vestibulares, entre tantos outros (a cada ano surge mais um benefício, de acordo com o interesse político do governo).   

Em suma, reitero que não se trata de demonizar os programas sociais ou de deslegitimar famílias de baixa renda que precisam de ajuda, mas a questão é complexa e requer uma análise real no sentido de que o benefício do governo há de ser temporário e não permanente. E repito, data venia, que o estrago do exagero dessa concessão de auxílios sociais, principalmente o Bolsa Família, é assustador. As empresas estão perdendo o estímulo de empreender, uma vez que a mão de obra sumiu e ninguém quer trabalhar. O governo é o grande culpado, pois paga para a pessoa ficar ociosa, sem produzir ou fazer absolutamente nada. Ou seja, o governo concorre com a iniciativa privada.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Nós vivemos essa dura luta da realidade todo dia na nossa empresa. Tivemos que trazer pessoas de outras cidades para trabalhar na nossa indústria e pagar aluguel para elas e melhor salário e mesmo assim alguns ficam por um tempo e depois de um ano vão embora para receber os direito trabalhista e seguro-desemprego e depois dizem eles que vão para o Bolsa Família. Um rosário de benefícios sociais sem fim. Ninguém aguenta mais isso Dr. Wilson. Gratidão ao senhor por este excelente artigo. O senhor está certo, certíssimo no que disse. Agradecemos porque o governo está cego e surdo e só fazendo estragos no país. Jussara Soledad (empresária e contribuinte).

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  2. Márcio Nascimento Moraes20 de junho de 2025 às 13:51

    Na nossa produção agrícola todo ano perdemos na safra porque não tem mão de obra para trabalhar na plantação, no cultivo e na colheita. Estamos pagando quase para trabalhar e não vamos muito longe com os juros dos bancos nessas alturas. O Brasil vai arrepender depois de tantas ajudas pro povo ficar a toa em casa sem fazer nada. Isso é mesmo uma vergonha e um desaforo para quem paga para esse povo todo ficar sem trabalhar e vivendo de Bolsa Família e outros auxílios do governo que nós contribuintes pagamos . Nós não aguentamos mais. Doutor Wilson meu abraço cordial e fraterno pro senhor e meu muito obrigado por suas palavras na defesa justa do que é certo. Meu filho leu para mim e eu gostei muito do seu modo de ver tudo. Márcio J. S. Nascimento Moraes (agricultor produtor rural contribuinte).

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  3. Estou cem por cento de acordo com o artigo do Dr. Wilson Campos advogado (parabéns doutor pelo excelente artigo) e acho que o bolsa família e outras ajudas do governo está criando um bando de preguiçosos que não querem nada com nada e trabalhar essa gente não quer nem pensar porque o governo paga para eles ficarem a toa de boa sem fazer nada. O contribuinte paga imposto caro e pesado e os preguiçosos do bolsa família são manipulados por esse governinho da esquerda que gasta demais e quer mais imposto para gastar ainda mais e os coitadinhos do bolsa família ficam sentados o dia todo olhando o tempo passar e vivendo a custa do contribuinte que trabalha muito e paga muito imposto. Esse Brasil é uma vergonha mesmo e precisa ser estudado. Natanael Feliciano (contribuinte e pagador e impostos).

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  4. Só na minha cidade tem uma praça que fica cheia de gente bebendo cerveja em lata o dia todo e vivendo de bolsa família e outros benefícios do governo. Ninguém quer trabalhar. Na frente da praça tem placa de emprego na padaria, no açougue, na farmácia, no supermercado e no posto de gasolina e tudo no redor da praça e ninguém quer nem candidatar ao emprego mas ficar bebendo cerveja em late e conversando fiado o dia inteiro todos quer. Bando de malandros da gota. Doutor Wilson Campos eu fiquei conhecendo seu blog por meio de um amigo e estou achando ótimo porque aqui a verdade é verdadeira e sabemos que o Brasil vai mal do jeito que está indo e nós sabemos disso sim. Tem de cortar esse bolsa família pela metade e outros benefícios também, e só quem precisa mesmo provado e comprovado pode ter direito a uma ajuda e não várias ajudas como é hoje essa vergonha. A família desse povo precisa trabalhar. Chega de esmola e vagabundagem. Adão L.S. Homero (contador).

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  5. O texto super correto do dr. Wilson Campos está super certo. O dinheiro do bolsa família deveria ser temporário e não permanente e só para famílias de quem realmente precisam e provem que precisam para sobreviver. Tem muita gente recebendo o bolsa família que não precisa e ainda grava vídeo dizendo que vai receber e que vive no bem bom e toma cerveja ou faz jogos com o dinheiro . Isto é um absurdo. Isto é injustiça social e nunca foi justiça social. Quem precisa tudo bem mas a maioria aí está recebendo indevidamente e sem precisão. Tyrone Valente (professor aposentado).

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