A NARRATIVA DE JUSTIÇA TRIBUTÁRIA NÃO COLA E NÃO PROSPERA MAIS. NEM COM MEMES NAS REDES SOCIAIS.

 

A credibilidade do governo é quase nenhuma. A situação do país é delicada. Pior é assistir os malabarismos verborrágicos de membros do governo federal e de seus aliados tentando convencer a população sobre a necessidade de um novo aumento de impostos, com a simplória justificativa de “justiça tributária”. Ora, a narrativa de justiça tributária não cola e não prospera mais. O povo está cansado de ser tratado feito idiota.

Com o advento dos celulares, da celeridade das notícias e da febre das redes sociais, ninguém mais é tão burro para acreditar na conversa mole de tentativa de popularizar a ideia demagoga da taxação de setores específicos da economia. A opinião pública está atenta e não se deixa levar por mentiras sobre a urgência de novas fontes de arrecadação. Ora, o que mais tem no Brasil é arrecadação e carga tributária pesada, ano após ano, década após década.

Ninguém em sã consciência acredita nas falácias do atual governo, que mente e tergiversa sobre assuntos sérios, e só fala em tributação e nada diz sobre corte de gastos. As despesas do governo são imensas e cada vez mais volumosas, disputando espaço com as mordomias, com os penduricalhos e com o luxo de sua governança atrasada e provinciana. 

O pobre cidadão brasileiro já viu essa novela outras vezes, muitas vezes. Injetar dinheiro público em campanha publicitária para tirar o foco dos próprios erros é típico de governante despreparado e incompetente. Ameaçar taxar “Bilionários, Bancos e Bets” com mensagens nas redes, com a desculpa de que isso vai contribuir para aliviar a carga sobre os mais pobres e garantir o financiamento de programas sociais, não passa de narrativa política. Os pobres sabem muito bem aonde isso vai levar, porque a conta sempre cai no colo do trabalhador, do contribuinte, do cidadão comum.  

Essa coisa nojenta de “nós contra eles” é antirrepublicana, é antissocial, é contraproducente. Jogar o pobre contra o rico nunca foi uma solução, mas um embaraço. Polarizar o embate entre “pobres e ricos” só serve aos interesses políticos de Lula e do PT, preocupados com as eleições de 2026. Esse pessoal comandado por ideologia esquerdista abusa do radicalismo, e ainda ousa usar o povo como massa de manobra no embate sobre aumento de impostos em curso no Congresso.  

O governo atual só quer poder. Poder para gastar. Poder para tributar. Poder para arrecadar. Poder para perseguir. Poder para polarizar. Poder para censurar. Poder para mudar o que quer, na hora que quer e quando quer.

No entanto, apesar da pretensão de tanto querer poder, a narrativa de “justiça tributária” do governo não cola mais, porquanto a sociedade organizada já saiba que a realidade preocupante são as contas públicas, o contínuo desequilíbrio fiscal, o déficit em 23 meses de quem governa há 30 meses. Ou seja, erro em cima de erro, equívoco após equívoco, gastos seguidos de despesas e irresponsabilidade fiscal persistente.

Nada está em harmonia no atual governo. A carga tributária atingiu o patamar recorde de 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, o maior valor da série histórica iniciada em 1990, de acordo com o Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE). Isso, sem contar que o endividamento público saltou de 71,7% do PIB em dezembro de 2022 para 76,1% em maio deste ano. Daí a bateção de cabeça, cuja única estratégia da equipe econômica para combater o caos seja a busca interminável por mais arrecadação.

Na vida real e nas novelas surreais o governo Lula se alia à TV Globo. A ideia doentia é distorcer os fatos, colocar “a” contra “b”, como no exemplo que eles protagonizam para ilustrar supostas injustiças tributárias, onde os dois se valem um do outro comparando a alíquota de Imposto de Renda paga por uma empresária milionária com a de uma empreendedora. No caso concreto se trata do seguinte: o governo Lula e a TV Globo comparam a alíquota do Imposto de Renda aplicada entre duas pessoas (uma rica e outra de classe média), sendo que a rica pagaria 2% de Imposto de Renda e a de classe média pagaria 7,5%. (!?).

A panfletagem dessa dupla (governo e globo) atinge picos hilários de comparações, como se o coitado do cidadão brasileiro não soubesse que membros do governo do PT e membros da TV Globo são ricos, muito ricos, milionários, e deveriam ser taxados assim como pretendem fazer com os super-ricos, pois são todos indivíduos com patrimônio e rendimentos bem elevados. Ou seja, é a novela do “nós contra eles”, ultimamente incentivada de maneira feroz pelos petistas globais.

A derrocada tributária e administrativa vigente, graças à sua incompetência de controlar gastos, faz o governo de esquerda sair do eixo do ridículo para a baixaria, especialmente quando usa a máquina estatal para comunicação com o povo por meio de publicações de gosto duvidoso. Os memes nas redes sociais vão de chacotas com bilionários, milionários, super ricos, ricos, classe média, até chegar no cidadão comum, mais pobre. A intenção é sempre “pobre contra rico”.

A publicidade do governo é de dar dó. Os memes dos petistas pretendem, indisfarçadamente, constranger pessoas de alta renda, com mansões, carros de luxo e investimentos em previdência privada acima de R$ 600 mil anuais. O objetivo é o de arrecadar R$ 20 bilhões por ano. Porém, segundo entendem alguns especialistas, a própria equipe econômica já trabalha com perspectiva de receitas inferiores ao projetado, o que gera muita incerteza sobre a eficácia da medida pretendida pelo governo.

Os gestores da área econômica do governo estão perdidos, andando em círculo. O argumento de que o aumento do IOF afetaria apenas os ricos não é verdade. Na realidade, o IOF impacta a todos, principalmente quem usa cheque especial, parcela o cartão de crédito, faz operações financeiras ou toma empréstimos em bancos. Ou seja, isso não acontece só com quem está no andar de cima, os super-ricos. Pega geral, pobres, classe média e ricos.

Lamentavelmente, isso se trata de um velho discurso do PT, que tenta resgatar a narrativa de ricos contra pobres, negros contra brancos, esquerda contra direita, para tentar se manter no poder. Isso sim é super, mas super vergonha alheia. Para quem queria governar usando o slogan “União e Reconstrução”, está apenas conseguindo desunir e desconstruir uma nação inteira.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

Clique aqui e continue lendo sobre temas do Direito e da Justiça, além de outros temas relativos a cidadania, política, meio ambiente e garantias sociais.

 

Comentários

  1. Jordânio L. S. Albuquerque15 de julho de 2025 às 15:19

    Eu sou contador há 40 anos e nunca vi tanta besteira em torno do IOF que incide sobre operações financeiras, porque esse IOF atinge mesmo todos que movimentem contas e dinheiro em banco, principalmente grande parte da classe média, que é a que mais paga IR no país. Isso mesmo, porque o contribuinte maior do IR e de outros impostos é a classe média. Os muito ricos como Lula e seus filhos não pagam impostos e ainda tem perdão de dívidas como a imprensa diz de vez em quando. A turma do PT, os caciques , são muito ricos e deverão ser super taxados assim como os outros super ricos, é isso mesmo??? É isso??? Então tá. Estou certo Dr. Wilson Campos,advogado? Espero que sim e gosto muito dos seus artigos sempre super corretos e justos. Agradeço pela leitura. Jordânio L.S. Albuquerque.

    ResponderExcluir
  2. Amei o artigo todo, muito bem escrito e justificado. Mas essa parte é nota 10: (...) Lamentavelmente, isso se trata de um velho discurso do PT, que tenta resgatar a narrativa de ricos contra pobres, negros contra brancos, esquerda contra direita, para tentar se manter no poder. Isso sim é super, mas super vergonha alheia. Para quem queria governar usando o slogan “União e Reconstrução”, está apenas conseguindo desunir e desconstruir uma nação inteira. - Dr. Wilson nosso país está sofrendo muito com esse povo do PT no governo. Está muito difícil de aguentar. Gratidão dr. Wilson pelo texto e pelas verdades ditas. Att: Vânia M.R. Caldas.

    ResponderExcluir
  3. Doutor Wilson o jogo dessa gente é bruto e quando junta governo PT e tv globo a coisa piora ainda mais porque o jogo é sujo e o povão parece não perceber a jogada desses dois contra o bom e o certo. Esses dois preferem a baixaria do governo e das novelas. Só baixaria e jogadas desonestas. Nas novelas é filho contra pai, é esposa contra marido, é irmão contra irmão, é patrão contra empregado e vice-versa, é pobre contra rico, é preto contra branco, é vizinho contra vizinho, é gente contra gente o tempo inteiro, só cobiça e sujeira. O governo da mesma maneira joga sujo contra o povo e tudo acaba em preços altos, mais inflação, juros elevados, desemprego, injustiça social e mais pobreza. Esse é o resultado dessas jogadas sujas. DEUS salve o nosso Brasil. Meus cumprimentos e sinceros parabéns Doutor Wilson Campos por sua eloquencia e seu dever cumprido de brasileiro e amigo do Brasil e dos brasileiros. Brigadooo. Valeu muito. É sempre muito bom ler suas colunas.Abr. Décio Pimentel.

    ResponderExcluir
  4. A solução para esse governo é uma só: parar de gastar bilhões com 39 ministérios ruins e viagens para o exterior e com cabides de emprego de militantes e com artistas pendurados na lei rouanet. A solução está em cortar despesas na carne, cortar gastos em tudo quanto é estatal e ministérios e na sede do governo federal. Cortar as mordomias de Lula e Janja. Cortar a gastança dos 3 poderes (executivo, legislativo e judiciário) e cortar sem dó. A solução é parar de gastar mais do que arrecada. A solução é tomar vergonha na cara e trabalhar mais e gastar menos. Simples assim. Gratidão doutor Wilson Campos, seus textos são primorosos e educativos e 100% patriotas, e o Brasil agradece. Saudações do Pedro Magalhães. .

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas