2025 FOI UM ANO DE ESCÂNDALOS, RETROCESSOS, ABUSOS E AUTORITARISMO.

 

Não me venham falar de Estado de direito, democracia e soberania nacional em um país mergulhado em intrigas palacianas e crises política, econômica e institucional. E não me venham cobrar paciência ou tolerância em um país atolado em escândalos, retrocessos, abusos e autoritarismo.

Ocorreram, sim, comprovadamente: Escândalos, financeiros e morais, com prejuízos de toda espécie para a pobre população, que terá de pagar a conta dos desonestos e canalhas de plantão. Retrocessos, legais e pontuais, com interpretação rasa da Constituição e escancarada insegurança jurídica. Abusos, fiscais e econômicos, com excesso de despesas do governo, desbalanceamento das finanças, aumento da carga tributária, fuga de investimentos e desobediência do arcabouço no quesito de contenção de gastos. Autoritarismo, judicial e governamental, de cima para baixo, seja retirando as liberdades de expressão e de manifestação ou o direito consagrado de ir e vir dos cidadãos.    

Ao longo do ano de 2025, o que mais se viu no Brasil foram ataques à democracia, especialmente por falta de coragem e caráter da parte dos presidentes da Câmara e do Senado, que permitiram excessos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecidos como provocadores de cisões e praticantes de atos extremos, desarrazoados e desproporcionais.

Enquanto neste ano tivemos um repeteco do ano passado, de absolutas negligência e cumplicidade das autoridades com a esquerda, não se viu o mesmo tratamento cordial com a direita, sempre sujeita a medidas ilegais, censuras, ameaças, perseguições e prisões, num forte e declarado consórcio persecutório da parte do STF e do governo Lula. Ou seja, enquanto a esquerda fala e faz o que quer, a direita tem sua voz e ação cortadas e não pode se manifestar individual ou coletivamente.

O ano de 2025, que já se encerra, foi salvo em parte por um gesto positivo do Legislativo. Foi aprovado o PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, que diminui penas aplicadas aos presos do 8 de Janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e segundo informações do Congresso a decisão legislativa não deverá ser revista pelo STF, ainda que venha a surgir alguma provocação sobre a constitucionalidade da matéria.

A rigor, pelo que se sabe, a avaliação no Supremo é no sentido de que cabe ao Legislativo definir sobre a penalidade para cada tipo de crime. Aliás, parte dos ministros entende que caberá ao STF fazer as mudanças das penas a pedido das defesas, uma vez que normas mais benéficas aos réus devem ser respeitadas. Com esse tom ameno, tudo levar a crer que o STF foi consultado antes da votação final do Projeto da Dosimetria, naturalmente visando garantir a viabilidade do texto.

Mas, no geral, 2025 foi um ano totalmente desastroso para o povo e para a democracia brasileira. Os maus exemplos partiram dos Três Poderes, incapazes de administrar, governar e trabalhar dentro dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, conforme exige o art. 37 da Constituição da República.

Tornou-se um mantra da esquerda dizer “sem anistia”, naturalmente com endosso do governo e do próprio STF, órgão máximo do judiciário, que não deveria se manifestar na mídia ou nas redes sociais, mas que insiste em falar a todo o momento fora dos autos dos processos, como se isso fosse um imperativo de poder. E o alvo maior e mais procurado por esse pessoal sempre foi o ex-presidente Bolsonaro, que, embora preso, tem grande força política no país. Daí os esforços do governo e do STF para mantê-lo preso e impedir que ele volte à Presidência.

2025 teria sido um ano “menos pior” se tivesse sido concedida a anistia ampla, geral e irrestrita para todos os presos políticos de 8 de janeiro.

A população brasileira precisa estar atenta e perceber logo que o governo Lula é um desastre monumental, tomado por escândalos como o roubo bilionário dos aposentados do INSS, as despesas faraônicas dos 39 ministérios, os gastos desmedidos de Lula e Janja, as viagens caríssimas e as hospedagens luxuosas no exterior, o esbanjamento generalizado do Palácio da Alvorada, a falência dos Correios, o enfraquecimento financeiro das estatais, a péssima gestão e a incompetente administração do Estado pelo PT & Cia.

A reforma administrativa não saiu da gaveta, muito em razão da pressão obstinada do Judiciário, que não aceita ser fiscalizado e menos ainda ter os salários de seus membros conhecidos e questionados pela opinião pública. Aliás, tramitam no Congresso algumas propostas de emendas à Constituição para reformar o Judiciário e modernizar a Justiça. Mas como muitos parlamentares têm processos pendentes, sujeitos a julgamentos, tais propostas não têm seguimento, e o STF continua decidindo como quer e de preferência de forma monocrática, lamentavelmente.

O ano de 2025 foi tão ruim, que milhares de empresas no país fecharam as portas por falta de mão de obra. Os benefícios sociais do governo, como o Bolsa Família, o Auxilio Gás, o Pé-de-Meia, o Programa Farmácia Popular, entre outros, incentivaram os vícios do comodismo, da malandragem, da preguiça, do ócio. São 54 milhões de famílias vivendo de “ajuda” ou “esmola” do governo. Ninguém desse grupo quer trabalhar de carteira assinada, preferindo viver ou sobreviver à custa do contribuinte, que trabalha duro para pagar impostos e sustentar a politicagem e a demagogia do governo.

No Brasil, em 2025, poucas obras foram realizadas. A infraestrutura foi esquecida. A política e a politicagem ocuparam o tempo inteiro os noticiários dos rádios, jornais e canais de televisão. As estradas estão precárias, e nada foi feito. As rodovias carecem de ampliação e conservação, mas o governo não enxerga esse problema. O sistema ferroviário está sucateado e abandonado, por notória incompetência de gestão nacional. A segurança pública está perdendo de goleada para a violência, reinando a impunidade e a leniência com os criminosos. A saúde está precarizada nos quesitos de atendimentos e equipamentos, com excesso de pessoas doentes sem assistência médica adequada nos hospitais. A educação nunca foi tão ruim - sem salários dignos para professores, sem escolas suficientes, sem merendas escolares regulares e decentes, sem proteção e vigilância contra delinquentes juvenis, sem regras severas nas universidades federais e sem qualificação técnica em quaisquer que sejam os níveis educacionais. Ou seja, a nota é zero nessas áreas essenciais para o povo.

Desenvolvimento Econômico - fracassou e não gerou expectativas, não atraiu investimentos, não incentivou empregos e não facilitou em nada o comércio e a indústria.

Qualidade de Vida – longe da esperada, não garantiu serviços básicos, não proporcionou um ambiente saudável e não criou possibilidades efetivas de crescimento para os cidadãos.

Competitividade - o Brasil andou na contramão dos países competitivos, comprou brigas com parceiros antigos, perdeu negócios e afastou investidores, não investiu em infraestrutura forte e pegou o bonde errado do crescimento global.

Quer saber, caro leitor? Os danos e ofensas à democracia e ao progresso foram imensos, e, da mesma forma, em tudo mais que girou e fez parte da mesa do atual governo petista/comunista.  

Assim, diante de tantos escândalos, injustiças, perseguições, censuras, retrocessos, erros, equívocos, abusos e autoritarismo, o ano de 2025 no Brasil não merece elogios, mas críticas.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Eu sou representante comercial e perdi mais de 50 clientes da minha carteira, que quebraram pelos altos impostos, mais carga tributária vindo em 2026, juros altos dos bancos, falta de perspectiva da indústria e falta de mão de obra (o povo não quer trabalhar) e só quer viver de ajudas do governo. Este artigo do dr. Wilson Campos disse toda a verdade que eu quero dizer e estamos juntos doutor. Verdades devem ser ditas sim e já, rápido, porque o Brasil está no fundo do poço e só causa vergonha lá fora com esse governo fanfarrão. Silvio Pasqual (Repres. Comercial) .

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