BELO HORIZONTE TEVE CARNAVAL, O VÍRUS JÁ ESTAVA AÍ E A PREFEITURA NÃO FALOU NADA.
No portal da prefeitura
tem o seguinte título, publicado no dia 04/03/2020: “Belo Horizonte vive o melhor carnaval da sua história”.
Nessa data da eufórica
manifestação municipal, o coronavírus já vinha causando mortes no mundo e no
Brasil, sem que as autoridades se preocupassem com a doença, posto que estivessem
mais interessadas na realização do Carnaval, com multidões concentradas nas
ruas e avenidas, nos canteiros e praças, nos clubes e casas de shows.
Tanto
é verdade que, sem precisar a data do contágio, o secretário nacional de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse que a
primeira morte pelo novo coronavírus aconteceu no dia 23 de janeiro, em Minas
Gerais. O secretário afirmou que a mulher foi contaminada fora do país, assim
como o caso do dia 26 de fevereiro, em São Paulo.
Além da informação confiável
acima, existem muitas outras afirmando a chegada do coronavírus, o contágio e a
rápida disseminação, antes do início do Carnaval. Mas nem assim a prefeitura se
deu ao trabalho de editar decretos ou tomar as devidas precauções, e deixou a
festa rolar solta, colocando em risco a população belo-horizontina.
O longo texto relativo ao
título mencionado logo acima, que está publicado no portal da prefeitura, traz
as seguintes comemorações, pinçadas de alguns parágrafos, entre outros:
“Chegou ao
fim, no último domingo (1º de março), o período oficial do Carnaval de Belo
Horizonte 2020. Com uma festa alegre e descentralizada, viabilizada pela
Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, a cidade comemora o melhor
Carnaval que já viveu até hoje. O planejamento antecipado que envolveu cerca de
40 órgãos públicos e privados, resultou em uma melhora substancial nas ruas”.
“De acordo com a SLU, foram recolhidas 848
toneladas de lixo durante todo o período oficial, de 8 de fevereiro a 1º de
março. O número é bem menor do que o de 2019, quando foram retiradas das ruas
2.784 toneladas de resíduos. Esses dados mostram que campanhas de
conscientização como a “Carnaval é na lata” e ações como a contratação de
catadores de recicláveis e capacitação dos ambulantes com distribuição de sacos
de lixo têm apresentado resultados concretos. O número de atendimentos de saúde
também sofreu queda. Foram 1.111 casos registrados nos Postos Médicos
Avançados, UPAs, Centros de Saúde e SAMU, contra os 1.170 do ano passado. Os
atendimentos por intoxicação exógena foram 64% dos registros em 2020. Em 2019,
representaram 75%”.
“Foram mais de 15 mil diárias de banheiros
químicos, mil a mais que no ano passado, com 100 pontos fixos de cabines, em
contraponto aos 65 mapeados em 2019. Cerca de 30 mil diárias de gradis para a
proteção de jardins, órgãos públicos e monumentos tombados foram contratadas”.
“Foram 347 blocos de rua fazendo cerca de 390
cortejos pela capital. E a folia ainda se espalhou pelas regionais da cidade em
oito palcos oficiais da Prefeitura, com a apresentação de mais de 70 artistas
em 102 horas de programação. Entre as novidades, palcos nas regiões da Serra,
Zilah Spósito e Praça de Confisco, o que reforçou o caráter de um evento
descentralizado. Para os palcos, foram contratados 11 intérpretes de Libras. O
número de eventos privados licenciados, motivados pelo carnaval, foi de 86. O
público total de foliões que curtiram as atrações da festa, entre 8 de
fevereiro e 1º de março, foi de 4,45 milhões”.
Está aí a grande comemoração da prefeitura, alardeando
um suposto sucesso do carnaval de BH, de 8 de fevereiro a 1º de março, sem, no
entanto, dar qualquer notícia ou divulgar os riscos iminentes aos carnavalescos,
em razão do avanço célere da pandemia do Coronavírus (Covid-19), que já matava e
infectava pessoas na China, Japão, Tailândia, Estados Unidos, Canadá, França,
Alemanha e depois Itália, afetando também diversos outros países mundo afora,
numa velocidade assustadora. Ou seja, o mundo preocupado com a pandemia da
grave doença e a prefeitura de BH comemorando as multidões de foliões nas ruas
pulando e dançando Carnaval.
Os decretos que o prefeito assina agora, proibindo
abertura do comércio e obstando o direito das pessoas se deslocarem pelas ruas
e praças, deveriam ter vindo antes, por ocasião do Carnaval, pois nessa época
da grande festa já se registravam inúmeros casos de coronavírus, inclusive, situações
pontuais da doença no Brasil, conforme informado pelo Ministério da Saúde.
A crítica que se faz aqui não é no sentido de que
se deve deixar solto o controle da pandemia. Ao contrário, a crítica é para que
haja lógica no comportamento das autoridades públicas. Ora, em plena época de
disseminação mundial do vírus, o Carnaval brasileiro reunia milhões de pessoas
nas ruas, principalmente nas capitais de maior visitação carnavalesca –
Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, etc. Ou seja,
nessa ocasião, por exclusivos interesses municipais e estaduais, não havia
decreto nem imposição de condição de isolamento social, nem fechamento do
comércio nem proibição de entrada de ônibus com pessoas de outras cidades. No
Carnaval, em BH, de 8 de fevereiro a 1º de março, conforme diz a nota oficial
da prefeitura, todos podiam circular livremente, aglomerar, dançar, pular e
reunir multidões, embora o coronavírus já estivesse colocando em casa, nos
hospitais e de sobreaviso, boa parte do mundo, segundo a imprensa. Data venia, registre-se a crítica cidadã.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado
de Prerrogativas da OAB-MG).
Eu me lembro de ter lido aqui e em outros posts formadores de opinião que o carnaval não deveria ser realizado por causa das enchentes e prejuízos causados pelas chuvas em BH. Mas o teimoso do prefeito Kalil disse que ia fazer o carnaval porque ele é que sabia o que era bom para o povo. Fez o carnaval e o coronavírus já estava no Brasil e chegou aqui e colocou em risco a multidão de filhos de Momo que pulavam freneticamente o carnaval pelas ruas lotadas da cidade. O que ele faz? Nada, apenas vista grossa ao vírus e deixou o carnaval acontecer. E agora o prefeito faz decreto em cima de decreto mandando na vida das pessoas como se fosse um ditador chinês. Por que o ditador chinês Kalil não fez decreto na época do carnaval, mandando as pessoas ficar em casa e as lojas fecharem - e se quebrarem que se danem - porque o salário dele está garantido pelo tesouro municipal e pelos idiotas dos contribuintes mineiros. Êta vida de gado, pra lá e pra cá, cabeça baixa e obedecendo ordens de gente manipulada pela esquerda e pela globo esgoto. É Dr. Wilson Campos, nós precisamos ler mais e estudar mais porque essa gente nossa é muito alienada e sem informação. Os hospitais estão vazios e os doentes são poucos depois dos cuidados pessoais de cada um - lavar mãos sempre e higienizar sempre os locais usados. Mas os alarmistas fazem de tudo para atrapalhar o presidente que pegou o país quebrado pelo Lula e Dilma. Eu gosto de ler e aprender e nesse blog do senhor - Dr. Wilson - eu tenho tudo de bom para nós e para o Brasil. Parabéns.
ResponderExcluir