“FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO”
As
autoridades brasileiras estão se tornando especialistas em recomendar uma coisa
e praticar outra. Dão péssimos exemplos para a sociedade e colhem más referências
sobre si mesmas. Atacam-se umas às outras e pedem solidariedade à população.
Destilam ódio e rancor nos meios de comunicação e cobram serenidade e
obediência dos cidadãos.
Falta
às autoridades e aos políticos de maneira geral, credibilidade. Inexiste nas
suas ações a moral necessária. A falsidade e a má conduta são suas peculiares “qualidades”.
E, na maioria das vezes, são flagradas mentindo, tergiversando, traindo,
errando e caindo em contradição. Dizem para as pessoas fazerem algo, mas elas
mesmas não fazem. Ou seja, as autoridades cobram um comportamento que elas
jamais praticam.
Com
a devida venia, vejamos os seguintes
casos:
O
prefeito de Belo Horizonte disse, em fevereiro deste ano, que o carnaval seria realizado,
independentemente das chuvas, das inundações e dos estragos na cidade, que
deixaram mortos e desabrigados. Pior do que essa atitude insensata e desleal do
prefeito em relação aos moradores, ele não consertou o que prometeu consertar e
o carnaval aconteceu, apesar do caos ocorrido na capital em razão das
enchentes. Com tristeza vale notar que o coronavírus (Covid-19), bem antes do
carnaval, já vinha causando centenas de mortes na China; infectando pessoas na
Coreia do Sul, nos Estados Unidos e na Itália; e se espalhando rapidamente mundo
afora. Ademais, de dezembro/2019 até março/2020 foram centenas de casos
confirmados de coronavírus e outras centenas de suspeitas de contágio. Ou seja,
enquanto em Belo Horizonte e no restante do Brasil se pulava e dançava o
carnaval, nos demais países a preocupação era o combate à terrível doença, cujo
vírus mataria milhares de inocentes. O estilo do alcaide, arrogante e avesso ao diálogo, dá-se assim: “faça o
que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
O
prefeito de São Paulo, doente e acometido de um câncer, está na mídia pedindo
para as pessoas ficarem em casa, se cuidarem, lavarem as mãos e usarem máscaras
de proteção. No entanto, o prefeito é sempre visto andando pelas ruas ou dando
entrevistas sem os cuidados necessários, apesar de ele estar fragilizado e mais
propenso à infecção. Ou seja, “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
O
governador de São Paulo é outro que fala muito e realiza pouco, além de ser
demagogo e oportunista, bastando ver o seu histórico político, desde o governo
Sarney até os dias atuais. E para o governador paulistano não há outra argumentação
que não seja digladiar com o governo federal, embora ele não tenha a mínima
reserva moral para tanto, haja vista seu passado e presente em prol do país,
que redundam em nada de positivo, tal a sua insignificância pessoal e sua
contribuição pífia em benefício dos cidadãos. Prega legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, mas não entrega nenhum desses princípios à
sociedade, uma vez que não tem estofo para isso. Seu recado também é: “faça o
que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Demais
prefeitos e governadores, de norte a sul e de leste a oeste do Brasil, com
raríssimas exceções, incentivaram o carnaval 2020, a festa, as multidões, as
aglomerações e semanas inteiras de muita euforia. Noutro sentido, enquanto aqui
a festança era geral e sem comedimento, muitos países já enfrentavam o
coronavírus e se preparavam para a luta da sobrevivência de suas populações.
Isso quer dizer o seguinte, vindo de cada um deles (prefeitos e governadores brasileiros), salvo exceções: “faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço”.
Uma
das piores coisas no Brasil é ouvir certos políticos “moralistas” aconselhando
o povo, como se fossem exemplos ou donos da verdade. Gostam de mandar e
desmandar. Ficam pagando de bons moços e cometem os maiores erros (humanamente
inimagináveis). Ficam, como se isso fosse possível, horrorizados com algumas atitudes
de trabalhadores e empresários, mas não abrem mão de seus gordos proventos
públicos mensais. Exigem sacrifícios de todos, mas não se dignam a sacrificar
suas mordomias. Agem na contramão da transparência e da legalidade, mas querem
que os cidadãos sejam obedientes às suas vontades. Não gostam de ser
controlados, mas querem manipular as ações e as opiniões dos indivíduos. Porém,
quando se vai analisar o contexto dos interesses em jogo, descobre-se que esses
políticos fazem ainda pior, querendo impor normas à sociedade, as quais eles se
negam a cumprir.
Em
síntese, a grande máxima da política brasileira, quase unânime, é para que você
entenda o seguinte recado das “excelentíssimas” autoridades: “faça o que eu
digo, mas não faça o que eu faço”.
Wilson
Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).
Essa turma de covardes do Congresso ganha uma batalha qualquer e se regozijam por meses e ainda diminuem o governo federal. Pessoal sem patriotismo e sem vergonha na cara. Não pensam no país, mas somente nos seus bolsos e interesses espúrios. O Brasil precisa melhorar e ficar livre dessa turma de exploradores e comunistas. Gostei do artigo Dr. Wilson . Parabéns!
ResponderExcluirCelso Marques - médico e empresário da área da saúde.
As autoridades pedem que o povo faça isso e aquilo, mas elas mesmas não fazem nada para o bem do Brasil. Pessoal enganador, que quer o sacrifício do povo mas não se presta ao sacrifício na mesma proporção. É muito fácil criar decreto e impor normas, mas os políticos mesmos não diminuem seus salários polpudos, nem os ministros do STF, nem os do STJ, nem os juízes dos tribunais estaduais e federais, nem os prefeitos e governadores, nem os vereadores e deputados estaduais, nem os pseudo poderosos do Congresso. Gostam de criar regras, mas não as cumprem. Vergonha e vergonha, todos os dias, na televisão e na imprensa nacional (aliás, essa imprensa brasileira esquerdista é também uma vergonha nacional). PARABÉNS DR. WILSON CAMPOS, ADV, PELO CIVISMO E CLAREZA PATRIOTA DO SEU ARTIGO, SUPER CORRETO E PONTUAL. PARABÉNS MESMO!!! Assino: Stela Mars Pimenta V.O.de A.
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