EM 2005, JEAN CHARLES E DOROTHY STANG FORAM MORTOS. CULPA DOS GOVERNOS?

 

Em 2005, o eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes foi confundido com um terrorista e morto por policiais em Londres. Também neste ano, a religiosa Dorothy Stang foi assassinada no Pará, por defender os direitos dos povos nativos da Amazônia. Ambos foram mortos quando o presidente do Brasil era Luiz Inácio Lula da Silva.  

Jean Charles, 27 anos, foi atingido por sete tiros na cabeça, disparados pelas costas por policiais de Londres, ao ser confundido com um suspeito de terrorismo durante uma operação policial na estação de metrô de Stockwell, no sul da cidade.

A polícia divulgou que Jean Charles foi seguido e confundido com um “terrorista suicida”. Nos dias que se seguiram à morte do brasileiro, oficiais britânicos tentaram “vazar” para a imprensa informações falsas de que Jean teria envolvimento com atividades ilícitas, o que foi desmentido posteriormente.

O relatório da promotoria acusou de forma genérica a Polícia Metropolitana de Londres, mas individualmente nenhum policial foi acusado pelo assassinato do brasileiro. A Polícia Metropolitana respondeu, apenas, por violações de leis de segurança e sanitárias. A família de Jean Charles classificou o relatório de “incrível” e “vergonhoso”, em entrevista ao jornal londrino conservador Daily Telegraph.

A Promotoria Pública Britânica concluiu que nenhum dos policiais envolvidos na desastrada operação que resultou na morte do brasileiro Jean Charles seria indiciado ou responderia individualmente a qualquer processo. Desta forma, não haveria nenhuma punição aos policiais envolvidos. E o que poderia ocorrer, a partir da ausência de acusação criminal, seria a família obter uma reparação civil pela morte de Jean Charles.

Na ocasião, Patrícia da Silva Armani, prima de Jean Charles, afirmou ao Daily Telegraph que a família estava decepcionada com a Justiça britânica. “Nós não esperávamos a polícia fosse se esconder atrás de leis que não têm qualquer relação com o caso de meu primo”, disse. Alex Pereira, outro primo de Jean Charles, disse estar revoltado com a decisão, diante dos inúmeros indícios que surgiram durante as investigações.

O então presidente Lula, em visita de Estado de três dias ao Reino Unido, em 2006, “encontrou um espaço em sua intensa agenda” para reunir-se com três primos e um amigo do jovem, em uma sala privada do aeroporto de Heathrow (oeste de Londres), antes de pegar seu avião de volta ao Brasil. Ou seja, Lula teve um rápido encontro com parentes do brasileiro Jean Charles, de apenas 20 minutos, e reafirmou a intenção do governo brasileiro de acompanhar o trâmite legal do caso. Ora, Lula não protestou contra a violência da polícia londrina, não demonstrou preocupação com a injustiça praticada, e simplesmente disse que “acompanharia” o caso.

Lula adotou um tom conciliador ao falar sobre as suspeitas de que o comando da polícia tentou acobertar detalhes sobre os incidentes de Stockwell. Lula também tentou não polemizar a postura da autoridade máxima da corporação, o comissário Ian Blair, que veio a público, dias depois do assassinato, dizer que Jean Charles teria provocado a ação dos policiais por conta de um suposto comportamento suspeito - argumentos refutados pelo vazamento de informações da investigação da Comissão Independente de Reclamações sobre a Polícia.

Antes de encerrar o caso, o Ministério Público britânico disse não saber se abriria processo criminal contra agentes e oficiais envolvidos na tragédia. De fato, restou a impunidade na Inglaterra, uma vez que a Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) escapou de um processo criminal e não houve ações contra indivíduos - a corporação pagou uma multa por violações à segurança pública e ponto final. Ou seja, ninguém culpou o governo britânico, a polícia especializada londrina saiu impune e o então presidente Lula ficou calado, inerte e na sombra.  

Já a Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, também em 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará. O presidente do Brasil era Luiz Inácio Lula da Silva.

Norte-americana naturalizada brasileira, irmã Dorothy chegou ao Brasil em 1966 e desde a década de 1970 atuava na região amazônica, mantendo intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra.

Em Anapu, a religiosa foi a responsável pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, modelo de assentamento e gestão que produzia uma fonte segura de renda com a colheita de madeira, sem destruir a floresta. A área era disputada por madeireiros e latifundiários.

Irmã Dorothy vinha recebendo ameaças de morte havia mais de um ano, mas não se deixava intimidar: “Não vou fugir nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar”, declarou.

Conforme levantamento da Comissão Pastoral da Terra, entre 2005 e 2014, 325 pessoas foram assassinadas no Brasil em razão de conflitos de terra - 219 na Amazônia. O governo nesse período era do PT - Lula e Dilma.

Pergunta-se: 1) Alguém acusou o Primeiro-Ministro ou a Rainha da Inglaterra pela morte de Jean Charles? 2) Alguém culpou o governo britânico pela covardia, pela violência e pela impunidade dos policiais ingleses? 3) Alguém acusou Lula pelo tom “conciliador” à vista do assassinato de Jean Charles pela polícia de Londres? 4) Alguém culpou o governo petista pela morte também cruel de Dorothy Stang? 5) Alguém alardeou, falou pelos cotovelos, criou comissão de senadores, acusou, culpou e condenou os governos do PT pelas 325 mortes por motivos de conflitos de terra entre 2005 e 2014, na era dos governos Lula e Dilma?   

Portanto, a exploração política das mortes de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira, por parte dos canalhas ideológicos, não se justifica, porquanto o presidente Bolsonaro não teve culpa alguma, e as mortes foram em decorrência da violência na região, notadamente orquestradas a mando de traficantes que operam na rota entre o Brasil e o Peru.

Este caso se trata do desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Vale do Javari, na Amazônia. Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho. Desde o primeiro dia as forças policiais se encarregaram da procura e da investigação dos fatos.

Passados 10 dias, tem-se a notícia de que ambos foram assassinados após um suposto embate no qual os suspeitos fizeram disparo de arma de fogo, segundo Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, pescador que confessou o crime em depoimento à Polícia Federal. O irmão de Amarildo, Oseney da Costa Oliveira, conhecido como Dos Santos, também está preso. E conforme noticiado, o crime se deu por ordem de um chefão do tráfico de drogas peruano.

Os “remanescentes humanos” achados pela equipe de policiais chegaram nessa quinta-feira, 16, a Brasília. Hoje, sexta-feira, 17, os fragmentos começarão a ser examinados pelo Laboratório de Perícia Técnica da Polícia Federal, para que se confirme se são mesmo de Dom e Bruno, e detalhes de como eles foram mortos. Ou seja, tudo está sendo apurado e investigado pelos órgãos competentes, mas existe a pista certeira de que os assassinatos foram determinados por comandos do tráfico de drogas da região.

Com a revelação de que as mortes trágicas e cruéis não ocorreram a mando de garimpeiros, madeireiros ou fazendeiros, os urubus da esquerda se sentiram frustrados e não têm mais como acusar ou culpar o presidente Bolsonaro como vinham fazendo há mais de 10 dias. Os ventríloquos e as marionetes dos partidos de esquerda quebraram a cara e vão ter que procurar outro motivo para infernizar a vida do atual governo.

Da mesma forma, a grande mídia e as redes sociais teleguiadas da esquerda festiva deram com o focinho no muro e a vigarice premeditada não teve sucesso. Restaram a decepção e o lamento dos podres e sórdidos adversários do país, que torcem pelo “quanto pior, melhor”. Não foi ainda desta vez que artistas, funkeiros e atores globais levaram a melhor contra o presidente e contra a imagem do Brasil.

E agora, lacradores, vocês vão protestar e pedir ao STF para investigar e paralisar o narcotráfico pesado na região Amazônica? Ou vão mandar os senadores das comissões cenográficas e midiáticas para apurar como ocorreram os crimes cometidos por narcotraficantes? Quem de vocês vai tomar a frente e abrir caminho para colocar os traficantes assassinos na cadeia?   

O presidente Bolsonaro assim reagiu: “Pelo que tudo indica, nas próximas horas, isso será desvendado, esse desaparecimento. E desde o primeiro dia, domingo retrasado, a nossa Marinha estava em campo. E estão me culpando agora por isso [pela demora]. Quando mataram a Dorothy Stang, ninguém culpou o governo. Era de esquerda”.

Ao meu sentir, o presidente da República, Jair Bolsonaro, está corretíssimo, e sua atitude como Chefe de Estado foi a mais acertada possível, mandando apurar e investigar o acontecido. E o resultado está aí: os crimes foram cometidos por um chefe do tráfico de drogas peruano, que usa a rota entre Peru e Brasil para transportar cocaína.

Aos familiares das vítimas dirigimos nossos sentimentos. Aos partidários da degradação e da desgraça, semeadores do ódio e do rancor, nossos votos para que deixem o Brasil em paz ou se mudem para um país próximo, tão esquerdista quanto eles.

A grande imprensa, a velha e tradicional mídia esquerdista por interesse, não terá mais pauta para os dias seguintes, haja vista o receio da reação dos chefes do tráfico de drogas. Não darão mais manchetes ou chamadas contra os criminosos, porque os traficantes não perdoam e fazem suas próprias leis.

Genocida? Fascista? Quem?

Os trovadores do apocalipse, do obscuro e do cataclisma se escondem agora atrás dos lacradores do ódio, e todos tendem a desaparecer da mídia nesse instante da verdade, seja por covardia, medo ou total falta de personalidade. Os falastrões da esquerda se recolhem à sua insignificância e nada falam contra os mandantes dos assassinatos e nem ousam pedir para que sejam investigados. A coragem dessa gente alienada termina quando não pode mais faturar politicamente em cima da desgraça dos outros. E a covardia toma conta dos seus dias, até que outro assunto surja para tirá-los do fosso onde sempre se encontram para reuniões puramente imorais e ideológicas.   

Querem lacrar em cima do atual governo? Pode até ser, mas antes mirem-se nos casos trágicos ocorridos na dupla gestão do PT. 

(Artigo escrito em 17/06/2022). 

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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Comentários

  1. Valério D. F. Trajano17 de junho de 2022 às 17:00

    Boa mestre Wilson. No governo do PT foram mortes e mais mortes na região da Amazônia e divisas e nada falaram, Por que? Agora querem sacrificar Bolsonaro. Como assim??? Bando de canalhas. Parabéns dr Wilson por mais um excelente texto. Vou compartilhar com prazer e já já. Abrs. Valério DF Tajano.

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  2. Maria Carolina S. G. de Pinho17 de junho de 2022 às 17:05

    Tudo muito triste mas triste demais é ver como essa turma de frajolas da esquerda aproveita a dor das pessoas para fazer política podre e nefasta. Gente da pior espécie e ainda junta com funkeira palpiteira que não canta nada, artistas que vivem fora do Brasil e atores de televisão falida. Todos perdedores e ex arrecadadores da lei rouanet e agora fracassados. Dr. Wilson muito bom seu artigo como sempre e merecedor de elogios de todos nós e nossos grupos vão ler e comentar depois. Pode ser?:Abraços de Maria Carolina de Pinho.

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  3. O presidente Bolsonaro agiu rápido e resolveu o problema do desaparecimento dos dois personagens ambientalistas. Por outro lado os petistas, comunistas e fascistas radicais não esperaram para agir como ditadores e saíram culpando o presidente Bolsonaro. Os esquerdas aprenderam com Chávez, Maduro e outros loucos da ditadura branca que usa camisa vermelha e foice e martelo. Quem aguenta isso ??? Dr Wilson Campos o seu artigo me representa e mostra a verdade que eles cegos pelo ódio não querem ver. Parabéns dr. Sou Jonas Mohalem.

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  4. Concordo 100% e porque é isso mesmo que aconteceu aqui e lá. Ninguém se lixou na época em 2005 e agora querem botar moral os imorais. Vou compartilhar depois de comentar. Muito bom e justo e correto o texto Doutor Wilson. Valeu mesmo. Tamos juntos pelo Brasil da família da liberdade e da democracia e da cidadania. Abr Antônimo Salles.

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  5. Engraçado como a PF descobriu rápido quem matou Dom e Bruno e não descobriu quem mandou dar a facada no Bolsonaro, não descobriu quem mandou matar Celso Daniel. Essa PF deveria atuar com mais eficiência contra a esquerda bizonha. Quanto ao artigo gostei muito da seriedade e da competência do Dr Wilson Campos e o blog é perfeito na defesa de um Brasil melhor. Abrs Saul Jonathas.

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