ACASO SOMOS PORCOS SELVAGENS?

 

Na metade de uma aula, em uma universidade, um dos alunos, inesperadamente, perguntou ao professor:

‒ O senhor sabe como se capturam os porcos selvagens?

O professor achou que era uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem respondeu que não era uma piada, e com seriedade começou sua dissertação:

‒ Para capturar porcos selvagens, primeiro localiza-se um lugar na floresta que os porcos selvagens costumam frequentar, e ali se coloca um pouco de milho no chão, diariamente. Assim, os porcos selvagens vêm diariamente para comer o milho “grátis” e, quando se acostumam a vir diariamente, você começa a construção de uma cerca no entorno do local onde eles se acostumaram a comer, mas você constrói um lado de cada vez, com calma. Daí, quando eles se acostumam com uma parte da cerca, retornam para comer mais milho, e você constrói outro lado da cerca. Dia a dia os porcos chegam e saem após comerem o milho. E você vai construindo a cerca no entorno, pouco a pouco, até fechar os quatro lados do cercado. Ao final, você instala um portão no último lado. Os porcos já estão habituados ao milho fácil e às cercas e assim começam a vir sozinhos pela entrada. É aí que você tranca o portão e captura todos os porcos.

Moral da metáfora: os porcos percebem tardiamente que perderam sua liberdade; e não adianta correr em círculos dentro da cerca, pois já estão presos; acomodados, voltam a comer o milho fácil e gratuito; restaram tão satisfeitos com isso que esqueceram como caçar por si mesmos; aceitam a escravidão e ainda se mostram gratos com os seus captores e, por gerações, vão felizes ao matadouro; e nem desconfiam que a mão que os alimenta é a mesma que os abate.

O jovem universitário comentou com o professor que era exatamente isso que ele via acontecer no seu país, no seu estado, em sua cidade, com o seu povo. 

Ao meu sentir: “Não acredite na promessa falsa, demagoga e populista de ‘picanha e cerveja’. Não troque as manifestações cívicas nas ruas e nas rodovias por jogos da Seleção. Não vista o verde e o amarelo porque é jogo de campeonato, mas porque você é cidadão, sensato, ama o seu país e vai defendê-lo, custe o que custar”. 

Governos populistas, em seus projetos ditatoriais, escondidos sob o manto “democrático” estão por aí jogando milho gratuito por tempo suficiente para alcançar a mansidão sistemática. No Brasil, recentemente, certo candidato esquerdista, comunista, petista e populista prometeu “picanha e cerveja” para o povo, e para tristeza da maioria da nação ele foi “eleito”. Pergunta-se: Acaso somos porcos selvagens?  

A imprensa velhaca, gramsciana, mercenária e promíscua ajuda no projeto de um “governo salvador”, que disfarça em “programas sociais” suas esmolas; que dá o dinheiro que tira do bolso do próprio trabalhador; que realiza planos, faz remissão e cria leis de subsídios para seus apaniguados; que executa expropriações indevidas; que engana os “porcos selvagens” com falácias de “bem-estar social”; que provoca furor juvenil com festas, feiras e festivais; e que concede pão, circo e transporte grátis.

O “governo salvador” de completude marxista rouba até a capacidade de pensar do povo, oferece pão e circo, gratuitamente, enquanto se refestela e se lambuza com medalhões de lagosta, camarões, vinhos finos e mesa farta.

Nada é de graça. Sai muito caro para o povo as prometidas “picanha e cerveja”, que, na realidade, não passarão de carne de segunda e cachaça barata. Não se enganem, haja vista que os esquerdistas, petistas e comunistas distribuem migalhas e se fartam no luxo comensal. Os parasitas pregam “democracia”, mas colocam a ferros quem olvidar ou duvidar das suas ideias repletas de autoritarismo e acompanhadas de canalhice e vingança torpe.

Portanto, não aceite pedaço de pão, mortadela, circo e palhaçadas ordinárias e mentirosas. Não troque as manifestações cívicas nas ruas e nas rodovias por jogos da seleção. Não vista o verde e o amarelo porque é jogo de campeonato, mas porque você é cidadão, ama o seu país e vai defendê-lo custe o que custar.   

Fuja do “milho grátis”. Fuja do cercado. Fuja da prisão. Fuja do abate e salve-se enquanto ainda dá tempo.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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