DIA DO TRABALHADOR NO ANO DE 2024.

 

Em mais uma jornada de governo lulopetista, a de número três, lamentavelmente, o trabalhador brasileiro se vê cercado de falácias, especialmente quando dizem que uma parcela da população que precisa de emprego está amparada por boas políticas públicas. Mentira. O governo Lula não se preocupa com o bem-estar do trabalhador, e tão somente o homenageia nesse dia com a intenção de usá-lo como massa de manobra no seu projeto de manutenção de poder.

No dia do trabalhador, neste ano de 2024, o atual governo vai às redes de televisão e até mesmo se arrisca numa ida apagada à uma reunião pública de alguns sindicalistas e militantes, que resolve chamar de Ato Unificado pelo Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, com realização no espaço da Neo Química Arena – estádio do Corinthians. O ato foi um fracasso. O local estava praticamente vazio. O próprio Lula 3 reclamou do pequeno número de pessoas presentes.

O distanciamento do povo em relação ao governo Lula 3 é sintomático, é público e notório. Ninguém quer proximidade com aquele que prega o ódio, a vingança e a perseguição. Brasileiro nenhum deseja parcerias com países de ditaduras como Lula prefere. A sociedade não admite censura e muito menos ameaças às liberdades e à democracia como têm acontecido nesse governo de esquerda. O trabalhador quer a adoção de medidas efetivas em prol do seu trabalho, do seu salário digno, da sua segurança e da tranquilidade da sua família.

As medidas tomadas pelo lulopetismo no seu terceiro mandato, ao contrário de criarem oportunidades e novas vagas de emprego, com certeza provocarão óbices às novas contratações. Uma dessas medidas seria a regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativos, que já conta com um projeto de lei encaminhado ao Congresso. Mas os próprios motoristas rejeitam a proposta e temem pela inviabilização do setor.

A outra medida que Lula destaca é a de “igualdade salarial” entre homens e mulheres, cuja lei já foi aprovada pelo Congresso, sem, contudo, ter garantias funcionais, porquanto contenha vícios de formalidade e envolva gastos com burocracia. Isso, sem esquecer que empresas idôneas estarão expostas a riscos jurídicos e danos à reputação, que podem frear a contratação de mulheres. Desejo boa sorte às mulheres nessa luta pela igualdade salarial, mas uma lei controversa pode colocar tudo a perder.  

Voltando ao ato público esvaziado dos lulopetistas, este foi mais um ato eleitoral do que um ato em prol dos interesses dos trabalhadores. Lula 3 tentou justificar suas viagens internacionais luxuosas, com gastos só em cartões corporativos da Presidência em torno de R$ 10 milhões. A seguir, a demagogia e o oportunismo de Lula 3 foram mais longe, e ele resolveu fazer campanha eleitoral pedindo votos para o seu candidato a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, o que, nos termos da lei, configura infração eleitoral.

Sem graça pelo ato público petista sem gente e excedendo na verborragia costumeira, Lula 3 fez o anúncio de aumento da faixa de isenção do IR a partir de 2025 para quem recebe até R$ 2.824. Acontece que isso repercutiu como notícia velha, levando-se em conta que a medida foi aprovada pelo Congresso há duas semanas. E encerrando a esvaziada reunião pública de 1º de maio de 2024, Lula 3 fez alguns afagos aos ministros e a si próprio e partiu para os ataques tradicionais ao setor produtivo, o que já se tornou praxe quando ele vai para o meio “seleto” dos sindicatos.

Lula e sua claque não emitiram nem uma palavra sobre as graves greves no setor público que afetam todo o país e mostram o grau de insatisfação de um núcleo que historicamente sempre apoiou Lula, como o dos professores das instituições federais de ensino – hoje são pelo menos 39 paradas. Lula (esquerda) conseguiu a façanha de encerrar o primeiro ano de seu terceiro mandato com mais greves do que seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (direita). Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostraram um aumento de 12% nas greves realizadas por servidores públicos no comparativo de 2023 e 2019 — foram 629 paralisações e greves no primeiro ano do terceiro mandato de Lula, contra 566 no primeiro ano de Bolsonaro.

Assim, como visto, para um presidente que se diz tão próximo dos trabalhadores, as greves país afora revelam números alarmantes contra a gestão da esquerda. Lula não sabe administrar e o pouco que sabia de gestão política está se perdendo no tempo e no espaço, uma vez que ele está cada vez mais distante do povo, das ruas, dos debates e da democracia. Lula é um governante que viaja muito e administra pouco, ou quase nada.

De forma que o governo lulopetista não teve o que comemorar neste Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador. Os acontecimentos no país dão conta de 9 milhões de desempregados. O governo de Lula 3 contribui para que esse número seja ainda tão alto, apesar dos esforços de Bolsonaro na sua gestão para gerar emprego e renda para todos, de forma igual e equilibrada. Nessa gestão de Lula 3 o governo concorre com o setor empresarial, pois concede inúmeros benefícios sociais que afastam o trabalhador do novo emprego. Ou seja, as pessoas preferem receber seguro-desemprego, bolsa família e outras ajudas sociais do que voltar ao emprego formal.

Está faltando mão de obra no mercado. Os pedidos de socorro do setor empresarial, que reclama há décadas da pesadíssima carga tributária e das concessões excessivas e benevolentes da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, agora tem de conviver com a falta de empregados, que, salvo melhor juízo, estão satisfeitos com as migalhas dos auxílios do governo. Mas vale lembrar que, quem acaba pagando a conta não é o governo, mas o contribuinte.

As lideranças sindicais estão batendo cabeças, gritam palavras de ordem e elevam o tom dizendo que os trabalhadores estão sendo lesados nos seus legítimos direitos; que o Congresso está a serviço da elite; que o setor produtivo quer acabar com a classe trabalhadora; que precisam da volta do imposto sindical; e que o governo precisa fazer alguma coisa em relação à terceirização e às reformas trabalhista e previdenciária. Ou seja, os sindicatos, comumente chamados de “pelegos”, só querem a contribuição sindical do trabalhador e voltar aos bons tempos das deslumbrantes mordomias sindicais.

Triste é também constatar, neste 1º de maio, que o Congresso continua de joelhos e a serviço do governo, desde que os parlamentares fracos de espírito cívico sejam favorecidos com cargos e verbas. O governo petista continua alimentando o Congresso, assim como faz com outras instituições e com os sindicatos. O compromisso acertado é não chamá-los às suas responsabilidades, mas deixá-los livres para apenas brincarem de representantes dos trabalhadores e do povo. O lulopetismo é doutor em falas como “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Todos, dependentes dos regalos e das verbas públicas distribuídas, ficam calados e cumprem a ordem do “chefe”.

Enfim, a solução para que o próximo 1º de maio, Dia do Trabalhador, seja melhor que o atual, está na necessidade e na urgência da soma de esforços de todos os setores - trabalhadores, empresários, sociedade, políticos e governo -, de forma que haja um entendimento nacional para o fim do desemprego, dos preços altos de alimentos, da elevação dos juros e da volta acelerada da corrupção. Esses males precisam ser cortados na raiz, e para isso bastam boa vontade, comprometimento, ética e trabalho honesto. Todos os brasileiros têm uma contribuição a dar ao país. A cidadania precisa estar em primeiro lugar.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

Clique aqui e continue lendo sobre temas do Direito e da Justiça, além de outros temas relativos a cidadania, política, meio ambiente e garantias sociais.

Comentários

  1. Raphael e Manuela Caram H.2 de maio de 2024 às 12:05

    BRAVO. BRAVÍSSIMO DOUTOR WILSON CAMPOS PELO EXCELENTE ARTIGO. MUITO BOM EM TODOS OS SENTIDOS . O TRABALHADOR BRASILEIRO MERECE RESPEITO E NÃO VAI A NENHUM ATO POLÍTICO PARA FAZER PAPEL DE OTÁRIO. O ATO DO PT FOI UM FIASCO. EU ESTAVA POR PERTO E OLHEI DE LONGE O FRACASSO TOTAL DA ESQUERDA. PARABÉNS TRABALHADOR BRASILEIRO. PARABÉNS DR. WILSON. AT: RAPHAEL E MANUELA CARAM H.

    ResponderExcluir
  2. Juvércio Dantonio.2 de maio de 2024 às 12:12

    Eu vi uns flashs pela televisão e pelas redes sociais. Pelo amor de meu Deus o que foi aquilo? Ninguém e os poucos que ali estavam queriam apenas pão e mortadela e linguiça. Tinha gente comendo e nem prestavam atenção em nada que o Lula dizia. O Lula lunático falava para alguns sindicalistas e alguns companheiros da folha de pagamento das ongs da esquerda radical. O pior 1º de maio de todos os tempos e o PT é o culpado disso. Meus parabéns ao escritor deste artigo dr. Wilson Campos, advogado, pelo ótimo texto com 100% de verdades. Juvércio Dantonio.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas