500 DIAS DE TRAPALHADAS, DESGOVERNO E VAIDADES.

 

Os tristes e lamentáveis acontecimentos em razão da tragédia das enchentes no Rio Grande Sul colocaram de vez às claras as trapalhadas, o desgoverno e as vaidades do governo Lula 3 nos seus 500 dias de sofrível mandato.

A impopularidade de Lula 3 aumentou enormemente. A pequena expectativa positiva que ainda existia por parte de alguns poucos setores da sociedade foi para o ralo. Até mesmo os militantes e simpatizantes mais próximos do governo estão arredios e preocupados com a fragilidade, a incapacidade, a desarticulação, a ineficiência e a total falta de equilíbrio do atual presidente.

O caso da dengue, que provocou mortes e deixou a sociedade desnorteada, ora por desinformação e inoperância do poder público, ora por demora na distribuição das vacinas, foi apenas um recado da hesitação do governo Lula 3 em tudo que faz. A calamidade gaúcha acabou por desnudar a verdadeira face do atual governo, que abusa da polarização ideológica e se esquece de trabalhar por soluções de problemas graves que afligem o país.   

As artimanhas superam as próprias narrativas do governo Lula 3. Os esforços para ajudar o povo do Rio Grande do Sul são ainda muito pequenos se comparados com o volume dos problemas, dos sofrimentos e dos prejuízos. O blá-blá-blá governamental atrasou as medidas urgentes que se faziam necessárias, e o Brasil inteiro viu a indecisão e a precariedade piorarem ainda mais o caos nas cidades gaúchas. O governo demorou a entender o tamanho da calamidade e o socorro do poder público foi tardio.

A dívida pública do país já está acima de R$ 1 trilhão. A falta de popularidade de Lula é a causadora do rombo fiscal, uma vez que ele se recusa a cortar gastos, a reduzir despesas e a economizar no luxo e na mordomia dos seus 38 ministérios. E o resultado é a crescente impopularidade de Lula 3, graças aos seus erros crassos e à sua arrogância intolerável.

A falta de sintonia entre Lula e a sociedade é grande. As enchentes arrasadoras no Rio Grande do Sul tornaram ainda mais evidentes as falhas gritantes do governo, que se acha acima de tudo e de todos, não admite críticas, e quando isso acontece, ameaça chamar a polícia. Ou seja, o governo trabalha de forma errada e quando é criticado diz que é campanha de desinformação e aciona a Polícia Federal contra a população.

Esses 500 dias de trapalhadas, desgoverno e vaidades incorporam a total falta de sintonia com o Congresso. É cada um olhando o seu interesse, pegando sua fatia do bolo, e os brasileiros em situação de risco que esperem mais um pouco, porque a política fura a fila da preferência. Ora, a lucidez parlamentar está passo a passo com a lucidez do governo, ou seja, apagada e sob efeito retardado. O Legislativo continua oportunista e o Executivo permanece limitado por sua própria incompetência administrativa.

As políticas públicas do atual governo se somam às suas promessas, às suas ações e aos seus projetos. Todos engavetados ou mofando nas prateleiras dos ministérios da gestão do “faz de conta”. O governo Lula 3 está definitivamente preso no passado e suas medidas de gestão são retrógradas e de retrocesso absurdo. Nada de novo nos 500 dias de hesitação governamental. Só tropeços e deslizes. O “toma lá, dá cá” corre solto no Planalto, e essa prática é antiga, dos tempos dos outros mandatos de Lula. Nada mudou. Que triste!

Com a terrível tragédia do Rio Grande do Sul, o governo criou o 39º ministério, que estão chamando de Ministério da Reconstrução. O titular da pasta, um gaúcho do PT, foi alçado ao posto por meras intenções políticas de Lula 3, com vistas às eleições e pretensões de tomada de poder no estado gaúcho. Mas o tiro pode sair pela culatra, posto que os gaúchos não são fáceis de enganar, são conservadores,  e a atuação do governo no socorro às vítimas e às cidades deixou e ainda deixa muito a desejar.

Para reverter sua mais absoluta impopularidade, Lula 3 vai precisar adotar outra postura e arranjar de alguma forma um pouco de empatia, ter mais responsabilidade e imprimir eficácia na gestão da crise que se abate sobre o Rio Grande do Sul. Não apenas os gaúchos, mas os brasileiros estão de olho nas ações do governo. Daí que a reconstrução das cidades e a ajuda às vítimas não pode tardar mais.

Em 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentou uma pandemia sem precedentes, e teve de administrar com extremo cuidado, e conseguiu equilibrar as pesadas despesas com o volume de verbas. A calamidade sanitária da Covid foi dolorosa, mas restou superada, e a economia sobreviveu. Já no caso de Lula 3, a situação foge de controle, pois o atual governo gasta muito, gasta mal e gasta sem se preocupar com o amanhã. O caminho é perigoso. A tendência de Lula 3 é movimentar alguns bilhões de reais sem medir as consequências para a economia nacional, o que, em síntese, implica em prévio e desastroso descontrole financeiro.

O discurso ideológico de Lula 3 ajuda a piorar muito a situação de seu já desgastado governo. São 500 dias de declarações desastrosas, recados ácidos e cheios de ódio, e promessas de vinganças contra seus opositores. Ou seja, o atual presidente não consegue governar e só pensa em perseguição, revanche e acusações infundadas. Quem não concorda com ele, já é seu inimigo.

Os ministros do governo batem cabeça, divergem, discutem em público, andam na contramão da coerência. O desalinhamento entre o Executivo e o Legislativo é público e notório. Os ministros acompanham o chefe e se metem em entreveros com os parlamentares, falam pelos cotovelos e assustam o mercado, afastam os investimentos e preocupam os brasileiros.

O governo Lula 3 precisa parar de vez com essa mania de “nós contra eles”. Ou isso, ou o país vai dar-lhe uma resposta contundente nas urnas. Basta aguardar para ver.

De forma que as fragilidades do atual governo estão escancaradas, notadamente nos 500 dias de trapalhadas, desgoverno e vaidades, com persistentes discursos ideológicos, que nada acrescentam para a população brasileira.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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