1.Pré-Sal # 2.Caças # 3.Extradição

1. Não tem graça ver no horizonte a Petrobras arrebanhar todo o dinheiro do FGTS para agradar alguns acionistas minoritários, já apadrinhados pela Força Sindical que enviou ao Congresso uma emenda no intuito de que seja possível utilizar o Fundo para compra de ações da estatal.
O sucesso da exploração da camada do pré-sal, com aumento de nossas reservas petrolíferas é também nosso desejo, independentemente do fato de que detestamos a ideia de quebrar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço do trabalhador brasileiro. E é isso que vai acontecer, porque este instituto foi criado principalmente para viabilizar a construção de habitação popular e não para capitalizar a estatal do petróleo.
A briga está só começando. Tem muita água para rolar debaixo da ponte. Vamos aguardar e torcer pela melhor solução para o país- que o marco regulatório satisfaça aos governos estaduais, que os recursos realmente cheguem até a educação, ciência, cultura e meio-ambiente e que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha paciência para emplacar mais este projeto em seu governo, que já está acabando.

2. Lula (Brasil) e Sarkozy (França) em reunião de presidentes, acertam uma negociação que envolvem alguns bilhões de reais. Trata-se da compra feita pelo Brasil de 36 caças Rafale da francesa Dassault Aviation. Por enquanto é compromisso de compra, mas tudo indica que o negócio já está fechadíssimo.
Se por um lado o investimento em dinheiro é muito para um país ainda com tantos problemas sociais básicos, por outro, os aviões são poucos se comparados com o poderio bélico de tantos países mundo afora.
O lamentável da coisa toda é terem deixado de ouvir a FAB na fase final, pois a ela cabe avaliar o melhor equipamento para seu uso em defesa dos interesses da nação. A Aeronáutica tem profissionais e técnicos competentes dentro de seu parque industrial e a todos (técnicos e comandantes) deveria ser dada a palavra de aprovação e a batida do martelo.

3. A polêmica em torno da extradição do italiano Cesare Battisti está passando da hora de ter um fim. E o caso está na mesa do Supremo Tribunal Federal, que em votação por maioria dos ministros, decidiu pela extradição do terrorista. Decidiu mas foi suspenso o julgamento por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello, que é contrário à extradição, embora considere ilegal o ato de refúgio político dado a Battisti pelo governo Lula.
O italiano Cesare Battisti foi integrante de movimentos terroristas nos anos 70, com condenação à prisão perpétua na Itália por ter participado de quatro assassinatos. Agora está preso no Brasil desde 2007 e causa uma discussão política que envolve poder executivo e poder judiciário, na contenda de que sejam ou não políticos seus crimes.
De um lado defende o ministro do STF Cezar Peluso (relator do caso), que os crimes cometidos são comuns e não pode ser concedido ao italiano o tratamento de refugiado político. Entende o ministro Peluso que as decisões do STF devem ser acatadas pelo Presidente da República. No entanto, por outro lado o governo na pessoa do ministro da justiça Tarso Genro, defende que os crimes praticados pelo italiano são políticos e que cabe ao poder executivo a decisão sobre os destinos do refugiado. Entende ainda o ministro da justiça do governo Lula que os casos de refúgio são de competência do Executivo.
O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) entende que os crimes cometidos por Battisti são comuns e não políticos, contrariando a posição e opinião do Ministro da Justiça.
Enfim, entenda-se que estamos a tratar de um caso complexo e de difícil solução, envolvendo questões políticas e até partidárias. Compete ao Presidente da República fazer cumprir as decisões do STF e compete a este julgar com firmeza e mostrar à sociedade e ao poder executivo onde e porque impera a lei. O Brasil e suas relações internacionais agradecem.

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