GOVERNAR É SABER ESCUTAR.
Um grave erro dos
políticos atuais é não saber escutar a população. Não saber ou não querer, mas, de
qualquer forma, um erro crasso e que sai muito caro é não escutar a voz da
cidadania. Esse erro, quase sempre cometido por aqueles que se deixam blindar
pela excessiva proximidade dos bajuladores, que criam uma barreira inexpugnável
de interesses ao redor, transforma o líder político em um ser indisponível para
escutar e dialogar.
A tradicional política mineira não
admite erros dessa natureza, principalmente quando percebe a falta de
sintonia entre o representante e o povo. O tratamento seco, sem a liga necessária
para o exercício do mandato, é imperdoável.
Ninguém pode ignorar o jeito mineiro de ser. O autêntico mineiro prefere escutar, mas não abre mão de ser ouvido nas suas defesas de igualdade, de direito e de justiça, porquanto saiba que a liberdade chega, ainda que tardia.
Ninguém pode ignorar o jeito mineiro de ser. O autêntico mineiro prefere escutar, mas não abre mão de ser ouvido nas suas defesas de igualdade, de direito e de justiça, porquanto saiba que a liberdade chega, ainda que tardia.
Os
mineiros são
portadores do dom da política, do debate e das discussões no campo das
ideias.
Os mineiros não arredam pé do
direito à liberdade e, pelos laços da tradição, não fogem à luta; confiam
desconfiando, mas sabem escutar, quando são, da mesma forma, ouvidos nos seus argumentos. Os mineiros sabem o valor da democracia, preservam o
sentimento livre
e são contrários a qualquer tipo de desvio ético ou moral.
Para a construção de
uma administração exitosa, o governador eleito vai precisar, além de ouvir,
escutar os clamores e os reclamos da sociedade mineira. Escutar, no sentido de prestar atenção, interpretar e dar o retorno esperado pelo cidadão.
Escutar, aclarando a comunicação e entendendo do que se trata,
com a relevância de que são necessárias as opiniões, as considerações e as
ações efetivas.
Em Minas Gerais, o governante
exerce uma forte liderança, independentemente do partido a que pertença. No
entanto, os mineiros, conscientes, éticos e probos, não perdoam a arrogância, o
descaso, os corruptos e os corruptores, os atos de improbidade ou quaisquer outros
que denigram a imagem do honrado povo mineiro ou maculem os nomes de grandes mineiros que fizeram história e deixaram legados importantes na política brasileira.
As perspectivas para este ano não são boas. Há muito a fazer. O trabalho exige capacidade, competência e requer a fiscalização da sociedade. Afinal, o destino do povo não pode estar em jogo, ad aeternum, restando necessária a entrega efetiva dos seus direitos elementares.
A governabilidade depende muito da seriedade do gestor. O Estado é um só, embora os interesses sejam muitos, a começar pelo cumprimento do programa de governo e dos itens emergenciais que tratam da educação, do transporte, da segurança, da saúde, da habitação e das demais políticas sociais.
Urgem, pois, as reformas, o fim da corrupção, o combate à inflação e o amadurecimento da democracia, somados às garantias fundamentais previstas na Constituição.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 07/01/2015, pág. 17).
As perspectivas para este ano não são boas. Há muito a fazer. O trabalho exige capacidade, competência e requer a fiscalização da sociedade. Afinal, o destino do povo não pode estar em jogo, ad aeternum, restando necessária a entrega efetiva dos seus direitos elementares.
A governabilidade depende muito da seriedade do gestor. O Estado é um só, embora os interesses sejam muitos, a começar pelo cumprimento do programa de governo e dos itens emergenciais que tratam da educação, do transporte, da segurança, da saúde, da habitação e das demais políticas sociais.
Urgem, pois, as reformas, o fim da corrupção, o combate à inflação e o amadurecimento da democracia, somados às garantias fundamentais previstas na Constituição.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 07/01/2015, pág. 17).
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