STF EXTRAPOLA, NÃO SE ENVERGONHA, NÃO SE RETRATA NEM SE ENDIREITA.

 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, reconheceu certa vez que a Corte se tornou um tribunal de boicote ao presidente Jair Bolsonaro. Disse ele: “o STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo. Isso não é sadio. Não sei qual será o limite”. Mas cumpre evidenciar que Marco Aurélio também extrapolou nas suas decisões e cometeu o mesmo erro que seus pares. Nesse sentido, vale a pena ler e constatar tudo isso mais adiante neste artigo.

De fato, os ministros do STF estão há muito extrapolando nas suas decisões, e com isso provocando instabilidade entre os Poderes Executivo e Judiciário. A desfaçatez de alguns membros do Supremo chega a ser vergonhosa.   

Na avaliação de civis e militares, percebe-se que há interferência demasiada do Judiciário nas áreas do Legislativo e do Executivo, o que está impedindo a concretização de promessas de campanha e da votação de mudanças estruturais, afetando a necessária independência dos Poderes. Há quem diga que esse é o sentimento da sociedade e do governo como um todo.

Ninguém duvida que o STF, desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, tenta boicotar a gestão. Ou seja, um presidente legitimamente eleito pelo povo sofre com as ingerências desmedidas e desarrazoadas de ministros da Suprema Corte. Com base em que? O que diz a Constituição? Ou seria puro ativismo autoritário político e judicial por parte do STF?

O caso simbólico teria sido com Alexandre Ramagem, cuja indicação ao comando da Polícia Federal foi suspensa pelo STF. A decisão, em 29 de abril de 2020, do ministro Alexandre de Moraes, impediu a nomeação. Na análise geral, sob a ótica do povo e sob o ponto de vista jurídico, as decisões são vistas como exageradas e equivocadas, com extrapolações na interpretação da Constituição.

O ministro Edson Fachin foi o responsável pela “descondenação” de Lula em processos julgados em três instâncias, consumadamente. Ou seja, o ministro anulou as condenações, embora diante de farta documentação e testemunhos probatórios contra Lula. Também é o ministro que se acha dono do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do processo eleitoral de 2022, chegando ao ponto de desmerecer a ajuda das Forças Armadas e dizer que as eleições são para “forças desarmadas”. Tal atitude lhe rendeu reprovação ampla, geral e irrestrita, levando o povo brasileiro a desconfiar ainda mais das urnas eletrônicas e da contagem de votos.  

A rigor, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin deveriam ser intimados (como gostam de fazer) a prestar esclarecimentos ao Senado, sobre suas falas, ações, decisões e ativismo autoritário político e judicial. Mas o presidente do Senado fica inerte, de cócoras, e não convoca os ministros, que continuam extrapolando nas suas funções.         

Se forem perguntados, com certeza os integrantes do governo e as alas militares dirão que nunca o STF agiu tão intensivamente contra o Poder Executivo como agora, sendo o responsável por gerar instabilidade e inconformismo no país.

Não é admissível que qualquer ministro do STF aja por conta própria, no seu interesse, se esquecendo da sua missão de proteger e guardar a Carta Magna, independentemente de qualquer coisa ou de qualquer situação. Mas, ao que parece, alguns personagens estão agindo fora das quatro linhas da Constituição da República.

O ministro do STF com mais decisões contrárias ao governo é Alexandre de Moraes. Em seguida, aparecem os ministros Ricardo Lewandowski, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Cármem Lúcia e Rosa Weber. Os dados sobre tais evidências constam dos informativos dos meios de comunicação (reportagens de jornais e revistas), que desde 2019 falam das decisões contrárias do STF.

O protagonismo de Alexandre de Moraes não lhe é nada vantajoso, pois os brasileiros não gostam do seu comportamento e muito menos de suas decisões. Ademais, esse ministro costuma adotar posturas de vítima, acusador e juiz, ao mesmo tempo, ferindo e violando os mais notáveis princípios constitucionais. E assim o STF vai escrevendo páginas e paginas de sua triste história nos últimos tempos e de como não deve ser uma Suprema Corte.      

Vejamos, então, algumas ações do STF em desfavor do governo federal:

1.  Em 14 de março de 2019, o ministro Dias Toffoli abriu o Inquérito das Fake News e o deixou a cargo de Alexandre de Moraes.

2.  Em 16 de abril de 2019, o ministro Alexandre de Moraes contrariou Raquel Dodge e manteve o Inquérito das Fake News.

3.  Em 10 de maio de 2019, a ministra Rosa Weber deu cinco dias para Bolsonaro explicar o decreto que facilitou o porte de armas.

4.  Em 10 de maio de 2019, o ministro Celso de Mello deu o prazo de 10 dias para o governo federal explicar o corte de 30% nas verbas das universidades.

5.  Em 12 de junho de 2019, após ação do PT, o STF formou maioria e cancelou a Extinção de Conselhos promovida pelo governo Bolsonaro.

6.  Em 24 de junho de 2019, o ministro Barroso suspendeu MP de Bolsonaro que transferia a demarcação de terras da FUNAI para o Ministério da Agricultura.

7.  Em 30 de julho de 2019, o ministro Dias Toffoli proibiu o governo federal de bloquear verbas de Goiás em cobrança de dívidas do estado para com a União.

8.  Em 1º de agosto de 2019, o Plenário do STF referendou a liminar do ministro Barroso que barrou a transferência de demarcação de terras da FUNAI para o Ministério da Agricultura.

9.  Em 1º de agosto de 2019, o ministro Barroso deu prazo de 15 dias para Bolsonaro explicar sua fala sobre o pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB.

10.              Em 5 de agosto de 2019, a ministra Rosa Weber deu prazo de 15 dias para Bolsonaro explicar declarações sobre Dilma Rousseff.

11.              Em 21 de outubro de 2019, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a medida provisória que dispensava publicação de editais na grande imprensa.

12.              Em 27 de novembro de 2019, a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias de prazo para Bolsonaro explicar o Programa Verde Amarelo.

13.              Em 13 de dezembro de 2019, a ministra Rosa Weber deu prazo de 10 dias para Bolsonaro explicar a fala sobre Glenn Greenwald.

14.              Em 20 de dezembro de 2019, o STF suspendeu a MP de Bolsonaro que previa o fim do seguro DPVAT.

15.              Em 8 de janeiro de 2020, o ministro Dias Toffoli mandou notificar Weintraub por ter chamado a UNE de máfia.

16.              Em 21 de março de 2020, o STF deu 30 dias para Bolsonaro responder quanto investiu no SUS.

17.              Em 23 de março de 2020, o STF decidiu que o Bolsa Família não poderia ter cortes durante o período da crise da Covid-19 e exigiu que o governo federal enviasse informações sobre os pagamentos dos benefícios.

18.              Em 22 de março de 2020, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o estado de São Paulo a suspender o pagamento de dívidas com a União e a usar o dinheiro contra a Covid-19.

19.              Em 23 de março de 2020, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o estado da Bahia a suspender o pagamento de dívidas com a União e a usar o dinheiro contra a Covid-19.

20.              Em 24 de março de 2020, o ministro Marco Aurélio autorizou as medidas restritivas dos estados para combater a Covid-19. A medida retirou forças do Executivo Federal, visto que, a partir desse momento, os estados e os municípios podiam decretar lockdown, contrariando a legislação e as normas da União e tendo força superior às dela.

21.              Em 26 de março de 2020, o ministro Alexandre de Moraes reverteu a medida provisória que desobrigava o atendimento de prazos de prestação de informações segundo a Lei de Acesso à Informação durante a situação de emergência da Covid-19.

22.              Em 27 de março de 2020, o ministro Alexandre de Moraes negou suspender os prazos das medidas provisórias do Executivo Federal.

23.              Em 29 de março de 2020, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a exigência de Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Diretrizes Orçamentárias na viabilização do combate à Covid-19.

24.              Em 31 de março de 2020, o ministro Luís Roberto Barros proibiu que o governo federal veiculasse o vídeo com o slogan “O Brasil Não Pode Parar”.

25.              Em 31 de março de 2020, o ministro Marco Aurélio encaminhou à PGR o pedido de afastamento de Bolsonaro.

26.              Em 1º de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para Bolsonaro informar as medidas adotadas contra Covid-19.

27.              Em 8 de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes proibiu o Executivo Federal de vetar o isolamento social nos estados.

28.              Em 15 de abril de 2020, sob o argumento de combater a Covid-19, o STF deu poder para os estados e municípios contrariarem a legislação federal.

29.              Em 22 de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 5 dias para Bolsonaro explicar as medidas de divulgação de dados da Covid-19.

30.              Em 27 de abril de 2020, o ministro Celso de Mello abriu um inquérito contra Bolsonaro com base nas supostas irregularidades denunciadas por Sérgio Moro.

31.              Em 29 de abril de 2020, o ministro Celso de Mello abriu um inquérito contra o ministro da educação Abraham Weintraub para apurar um suposto crime de racismo.

32.              Também em 29 de abril de 2020, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Ramagem para a Polícia Federal.

33.              Em 30 de abril de 2020, o STF deu cinco dias para a PF tomar o depoimento de Moro.

34.              Em 2 de maio de 2020, o ministro Barroso suspendeu por 10 dias a expulsão de ex-diplomatas venezuelanos.

35.              Em 4 de maio de 2020, o STF decidiu que a Covid-19 é uma doença ocupacional.

36.              Em 5 de maio de 2020, o ministro Alexandre de Moraes deu 10 dias para Bolsonaro explicar a recondução de Ramagem para a ABIN.

37.              Em 6 de maio de 2020, o ministro Celso de Mello deu prazo de 72 horas para o governo federal enviar o vídeo da gravação da reunião ministerial.

38.              Em 13 de maio de 2020, o ministro Lewandowski determinou a divulgação dos exames de Bolsonaro contra a Covid-19.

39.              Em 14 de maio de 2020, o Plenário do STF confirmou a dispensa da Lei de Responsabilidade Fiscal no combate à Covid-19.

40.              Em 16 de maio de 2020, o ministro Barroso vetou a expulsão de funcionários da embaixada da Venezuela até o fim da crise da Covid-19.

41.              Em 22 de maio de 2020, o Ministro Celso de Mello mandou a PGR analisar três notícias-crimes apresentadas contra Bolsonaro e analisar a perícia no celular do Presidente.

42.              Em 22 de maio de 2020, o ministro Celso de Mello mandou divulgar o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020.

43.              Em 17 de junho de 2020, o STF formou maioria pela validade do inquérito das fake news.

44.              Em 22 de junho de 2020, o ministro Gilmar Mendes deu 48 horas para o governo federal se manifestar sobre a revogação de ações afirmativas na pós-graduação.

45.              Em 1º de julho de 2020, o ministro Celso de Mello prorrogou novamente o inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF.

46.              Em 2 de julho de 2020, o ministro Barroso deu 48 horas para o governo federal se manifestar sobre as medidas contra Covid-19 entre índios.

47.              Em 8 de julho de 2020, uma liminar do ministro Barroso estabeleceu o plano de atuação do governo federal com medidas para proteger os índios da Covid.

48.              Em 31 de julho de 2020, no âmbito do Inquérito das fake news, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio mundial de contas de apoiadores do presidente em redes sociais.

49.              Em 3 de agosto de 2020, o ministro Fachin deu cinco dias para a Câmara explicar o apoio de Bolsonaro a apoiadores bloqueados após a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

50.              Em 4 de agosto de 2020, o ministro Gilmar Mendes, via liminar, suspendeu o veto de Bolsonaro sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras.

51.              Ainda em 4 de agosto de 2020, a ministra Cármen Lúcia deu 48 horas para o Ministério da Justiça explicar o relatório sobre os servidores ligados a movimentos autointitulados antifascistas.

52.              Em 5 de agosto de 2020, o STF confirmou integralmente a liminar do ministro Barroso obrigando o governo federal a tomar medidas específicas para proteger povos indígenas contra a Covid-19.

53.              Em 13 de agosto de 2020, o STF limitou a atividade de inteligência do governo federal.

54.              Em 26 de agosto de 2020, o STF encaminhou denúncia contra Bolsonaro para PGR por ofensa a jornalista.

55.              Em 29 de agosto de 2020, o STF confirmou a decisão de Gilmar Mendes que derrubou o veto do presidente sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras.

56.              Em 1º de setembro de 2020, o ministro Barroso homologou plano de Barreiras Sanitárias para a proteção dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato.

57.              Em 3 de setembro de 2020, a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para Bolsonaro e o Ministro da Defesa explicarem a presença das Forças Armadas na Amazônia.

58.              Em 15 de setembro de 2020, o STF declarou o voto impresso inconstitucional.

59.              Em 27 de outubro de 2020, o STF declarou inconstitucional a “pílula do câncer”.

60.              Em 4 de novembro de 2020, o STF deu 15 dias para Bolsonaro se manifestar sobre a declaração a respeito de Flávio Dino em entrevista.

61.              Em 10 de novembro de 2020, o STF deu 48 horas para a Anvisa explicar a suspensão dos estudos da Coronavac.

62.              Em 19 de novembro de 2020, o ministro Fachin deu prazo de cinco dias para o governo federal explicar critérios para seleção de reitores em universidades federais.

63.              Em 21 de novembro de 2020, o ministro Barroso estendeu o prazo para Bolsonaro apresentar um plano de barreiras para isolar indígenas da sociedade e evitar contaminação por Covid-19.

64.              Em 25 de novembro de 2020, o ministro Lewandowski adiantou o voto para que o governo federal apresentasse um plano de vacinação em 30 dias.

65.              Em 27 de novembro de 2020, o STF prorrogou por mais 60 dias o inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF.

66.              Em 1º de dezembro de 2020, o ministro Dias Toffoli suspendeu o decreto de Bolsonaro que previa a educação de alunos com deficiência em salas e escolas especiais.

67.              Em 13 de dezembro de 2020, o ministro Lewandowski deu prazo de 48h para o ministro Pazuello responder sobre data para início da vacinação.

68.              Em 14 de dezembro de 2020, a ministra Cármen Lúcia deu 24 horas para a Abin e o GSI explicarem a suposta ajuda à defesa de Flávio Bolsonaro.

69.              Em 15 de dezembro de 2020, o STF prorrogou por mais 90 dias a ação sobre a interferência de Bolsonaro na PF.

70.              Em 17 de dezembro de 2020, o ministro Lewandowski autorizou o estado do Maranhão a comprar vacinas diretamente com farmacêuticas.

71.              Em 17 de dezembro de 2020, o ministro Lewandowski, em liminar, autorizou os estados e os municípios a importar e distribuir vacinas sem aval da Anvisa.

72.              Ainda em 17 de dezembro de 2020, o STF decidiu que União, estados e municípios poderiam obrigar a vacinação contra Covid-19.

73.              Em 23 de dezembro de 2020, a ministra Cármen Lúcia determinou que Bolsonaro e Ricardo Salles prestassem depoimento em ação sobre o desmatamento.

74.              Em 30 de dezembro de 2020, o STF prorrogou o estado de calamidade pública em decorrência da Covid-19.

75.              Em 07 de janeiro de 2021, o ministro Lewandowski deu cinco dias para Eduardo Pazuello informar a situação das seringas para a vacinação no Brasil.

76.              Em 15 de janeiro de 2021, depois de diversas operações do governo federal no abastecimento de Manaus, o Ministro Lewandowski determinou que Bolsonaro tomasse medidas urgentes no Amazonas.

77.              Em 20 de janeiro de 2021, a ministra Cármen Lúcia deu 48 horas para o governo federal explicar relatório sobre jornalistas e congressistas.

78.              Em 26 de janeiro de 2021, o ministro Lewandowski autorizou um inquérito para investigar se houve omissão de Pazuello em Manaus.

79.              Em 28 de janeiro de 2021, a ministra Cármen Lúcia determinou que o presidente Bolsonaro e o então presidente do Senado Davi Alcolumbre prestassem esclarecimentos em cinco dias sobre a privatização dos Correios.

80.              Em 8 de fevereiro de 2021, o ministro Lewandowski deu um prazo para o governo federal fixar grupos de prioridade na vacinação.

81.              Em 16 de fevereiro de 2021, o ministro Lewandowski autorizou diligências para apurar os gastos do governo Bolsonaro com cloroquina.

82.              Em 21 de fevereiro de 2021, a ministra Rosa Weber encaminhou uma notícia-crime para a PGR acusando Bolsonaro por indicar tratamento precoce com cloroquina.

83.              Em 23 de fevereiro de 2021, a ministra Rosa Weber deu o prazo de 5 dias para o governo federal explicar os novos decretos sobre armas.

84.              Em 24 de fevereiro de 2021, o STF deu o prazo de 30 dias para o governo federal apresentar um plano de proteção a quilombolas.

85.              Em 26 de fevereiro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes pediu vistas em processo que suspende o zeramento da alíquota de importação de pistolas e revólveres.

86.              Em 27 de fevereiro de 2021, a ministra Rosa Weber determinou que o governo federal repassasse R$ 245 milhões por mês às UTIs em SP.

87.              Em 28 de fevereiro de 2021, o STF determinou que a União voltasse a custear leitos de UTI na Bahia.

88.              Em 4 de março de 2021, o ministro Marco Aurélio enviou uma queixa-crime contra Bolsonaro para análise da Câmara.

89.              Em 5 de março de 2021, o STF manteve autonomia de estados para adoção de “lockdowns”.

90.              Em 9 de março de 2021, o ministro Lewandowski deu o prazo de 5 dias para o governo federal se manifestar sobre o repasse de verbas aos estados para aquisição de vacinas.

91.              Em 12 de março de 2021, o STF deu prazo de 48 horas para governo Bolsonaro explicar por que não repassou R$ 245 milhões a UTIs em SP. O valor foi determinado em liminar pela ministra Rosa Weber.

92.              Em 13 de março de 2021, a ministra Rosa Weber pediu vistas e suspendeu o julgamento de decretos de Bolsonaro sobre armas.

93.              Em 23 de março de 2021, o decano do STF rejeitou a Ação Declaratória de Inconstitucionalidade apresentada pelo Presidente contra os “lockdowns” promovidos por governadores.

94.              Em 25 de março de 2021, o plenário do STF confirmou a decisão do ministro Lewandowski de dar prazo de 5 dias para o governo federal fixar prioridades de vacinação.

95.              Em 8 de abril de 2021, o ministro Barroso mandou instaurar a CPI da Covid no Senado com a intenção de investigar as ações do Executivo durante a crise da Covid-19.

96.              Em 9 de abril de 2021, o STF respondeu a Bolsonaro afirmando que o espírito republicano deve permanecer no país.

97.              Em 12 de abril de 2021, a ministra Rosa Weber suspendeu os decretos sobre porte de armas editados por Bolsonaro.

98.              Em 13 de abril de 2021, o ministro Marco Aurélio deu o prazo de 15 dias para o Presidente Bolsonaro explicar as críticas a prefeitos e governadores.

99.              Em 14 de abril de 2021, o Plenário confirmou a decisão do Ministro Barroso que obrigou o Senado a instalar a CPI da Covid-19.

100.          Em 15 de abril de 2021, a ministra Cármen Lúcia deu o prazo de 5 dias para Arthur Lira explicar a não abertura de Impeachment contra Bolsonaro.

101.          Em 19 de abril de 2021, o STF deu um prazo para Bolsonaro explicar supostas ameaças à imprensa. A acusação foi feita pela ABI e o pedido foi atendido pela ministra Rosa Weber.

102.          Em 21 de abril de 2021, o ministro Lewandowski deu o prazo de 5 dias para Bolsonaro e Queiroga prestarem esclarecimentos sobre a validade das vacinas.

103.          Em 22 de abril de 2021, o ministro Alexandre de Moraes deu o prazo de 5 dias para Bolsonaro explicar ações do Governo Federal durante a pandemia.

104.          Em 24 de abril de 2021, o ministro Marco Aurélio deu o prazo de 5 dias para Bolsonaro explicar supostas omissões na pandemia.

105.          Em 24 de abril de 2021, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou novamente, por mais 90 dias, o inquérito de Moro contra Bolsonaro.

106.          Em 10 de maio de 2021, o STF deu 48 horas para a Anvisa explicar quais documentos faltavam para a análise da vacina Sputnik V.

107.          Em 12 de maio de 2021, a ministra Rosa Weber encaminhou mais uma notícia-crime contra Bolsonaro para a PGR.

108.          Em 1º de junho de 2021, o STF deu o prazo de 5 dias para Bolsonaro explicar aglomeração e não uso de máscara.

109.          Ainda em 1º de junho de 2021, o ministro Lewandowski deu cinco dias para Bolsonaro explicar a Copa América no Brasil.

110.          Em 2 de junho de 2021, o STF deu o prazo de 5 dias para Bolsonaro responder a respeito de declaração sobre Eduardo Leite. O ministro Gilmar Mendes atendeu ao pedido do governador do Rio Grande do Sul.

111.          Em 17 de junho de 2021, a ministra Rosa Weber deu o prazo de 5 dias para Congresso e Bolsonaro se manifestarem sobre o suposto orçamento secreto.

112.          Em 18 de junho de 2021, o ministro Luís Roberto Barroso mandou a Polícia Federal rastrear as denúncias apresentadas por Bolsonaro de fraudes nas urnas.

113.          Em 20 de junho de 2021, a ministra Cármen Lúcia deu 5 dias para o Ministério da Defesa explicar sigilo sobre Eduardo Pazuello.

114.          Em 24 de junho de 2021, o ministro Gilmar Mendes deu 10 dias para Bolsonaro explicar as declarações sobre fraudes nas eleições.

115.          Em 30 de junho de 2021, o ministro Fachin deu 15 dias para o Governo Bolsonaro expandir a vacinação em quilombolas.

116.          Em 1º de julho de 2021, o ministro Alexandre de Moraes deu continuidade ao inquérito das fake news ao abrir o inquérito dos atos antidemocráticos, mantendo nele as mesmas pessoas que haviam sido presas ou investigadas e adicionando outras à lista, todas apoiadoras do governo federal.

117.          Em 12 de julho de 2021, o STF autorizou a Polícia Federal a investigar se Bolsonaro prevaricou no caso da Covaxin.

118.          Em 20 de julho de 2021, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou o prazo do inquérito que investiga a suposta intervenção de Bolsonaro na PF.

119.          Em 2 de agosto de 2021, o STF deu 10 dias para Bolsonaro explicar bloqueio a jornalistas no Twitter. A ação é movida pela Abraji e a relatora da ação é a ministra Cármen Lúcia, mas o prazo foi dado pela ministra Rosa Weber, que assumiu o plantão durante o recesso judiciário.

120.          Em 4 de agosto de 2021, Bolsonaro foi incluído no Inquérito das Fake News. Alexandre de Moraes atendeu pedido de ministros do TSE.

121.          Em 13 de agosto de 2021, a ministra Cármen Lúcia pressionou o novo AGU, Bruno Bianco, a não defender interesses privados, fazendo menção às acusações de que André Mendonça teria defendido os interesses privados do presidente.

122.          Em 16 de agosto de 2021, a ministra Cármen Lúcia deu 24 horas para a PGR se manifestar sobre a notícia-crime contra Bolsonaro.

123.          Também em 16 de agosto de 2021, a ministra Cármen Lúcia cobrou uma manifestação da PGR sobre críticas de Bolsonaro às urnas eletrônicas.

 

A lista das 123 ações do STF contra o governo Bolsonaro foi e está sendo divulgada pela mídia, com enorme repercussão no seio da sociedade. Mas, além dessa lista, de agosto de 2021 até a presente data, outras tantas ações do STF contra o governo federal foram colocadas em prática, por exemplo: caso de desmatamento na Amazônia; gastos com publicidade governamental em 2022; política ambiental do governo federal; indulto presidencial; etc; etc.

Em três anos e meio de governo, o presidente Bolsonaro tem mais que o dobro das ações de FHC, Lula, Dilma e Temer. Daí a constatação de que se trata de perseguição, sim, do STF contra o atual governo federal.

O presidente tem reclamado do exacerbado ativismo judicial do STF, sempre interferindo na seara do Executivo. Veja-se o caso da notícia-crime apresentada ao STF pelo deputado Alencar Braga (PT-SP) contra ele e o ministro da Justiça, Anderson Torres, por terem participado de uma motociata em Orlando, nos Estados Unidos, com a presença do blogueiro Allan dos Santos. Ou seja, o STF virou o muro das lamentações da esquerda.

Bolsonaro também reclama de uma representação do PT no TSE por propaganda eleitoral antecipada contra ele e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, devido a um pronunciamento em rede nacional em 14 de maio de 2022, no Dia das Mães. Na ocasião, Michelle divulgou ações do governo federal.

“A minha esposa está respondendo processo por quê? No Dia das Mães compareceu à noite na televisão ao lado da ministra da Mulher, Direitos Humanos, falando sobre o que é ser mãe no Brasil. Processo em cima dela. É o tempo todo assim. Mas eu sei onde me meti, sei da minha responsabilidade, e além de sabedoria, Deus não vai deixar de me dar coragem para decidir”, afirma o presidente.

Em suma, como restou claro do primeiro ao último parágrafo desse artigo, o STF extrapola, não se envergonha, não se retrata nem se endireita. O ativismo autoritário político e judicial do Supremo se tornou pauta diária em desfavor do governo Bolsonaro. Grandes e notáveis juristas brasileiros assim também entendem. Contra fatos não há argumentos.

Fonte: mídia nacional.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021). 

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Comentários

  1. Eu venho dizendo há mais de 2 anos que o STF excede na função e atropela o Legislativo e o Executivo. A tripartição de poderes não admite isso. A Corte erra e erra feio nas suas decisões feitas por ideologia e por defesa de interesses do PT. Isso é mesmo uma vergonha. Dr. Wilson Campos concordo com a lista divulgada na internet e nos jornais e concordo com seu artigo ipsis litteris. Abrs. Lauro Siqueira.

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  2. Todo mundo que eu conheço não gosta do STF e muito menos dos seus ministros e isso é porque esse pessoal está ferrando com o Brasil . Tem ministro do STF que sai lá fora no exterior para falar mal do Brasil. Como que pode isso? Esse ministro do STF deveria ser expulso por impeachment e isso caberia ao Senado Federal. Mas cadê providências dos senadores. Hein Pacheco???. Dr. Wilson Campos os seus artigos refletem o sentimento do nosso povo e vamos em frente defendendo a nossa pátria. Sds. Milton Astigarria.

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