CARNAVAL, DESILUSÕES, PREÇOS ALTOS E BOLSOS VAZIOS.
O aumento do preço dos alimentos deixou o prato feito do brasileiro ainda mais caro em 2025. Se hoje nos preparamos para alguns dias de Carnaval de rua na capital mineira, há meses o carnaval das desilusões políticas está sambando sob a onda de preços altos e bolsos vazios.
A estupidez e a ideologia cegam os ingênuos e não deixam que os alienados enxerguem o que se passa no país. O negócio é fazer vista grossa, cair na gandaia e se endividar no cartão de crédito. Não interessa o altíssimo preço da cervejinha, da carne, do café, dos ovos, porque isso “a gente vê depois”.
O salário mínimo teve um ínfimo reajuste de 7,5%, passando de R$ 1.412 para R$ 1.518. Mas isso não tem problema, pois os lacradores e os ladrões da República estão gastando bilhões em passeios, viagens internacionais, hotéis de luxo, restaurantes finos, limusines e seguranças. Ora, o dinheiro é do povo, mas o povo não quer saber. O povo é só euforia, e que se danem os gastos excessivos dos políticos, o desequilíbrio fiscal, os desvios morais, as narrativas e as mentiras do governo.
O cidadão tem medo de opinar, comentar ou criticar. As ameaças à liberdade de expressão estão escancaradas. Qualquer frase mal falada pode ser interpretada como ofensa grave ao Estado democrático de direito. Os absurdos se multiplicam dia a dia, vergonhosamente. Mas nada disso incomoda, pois, afinal, é Carnaval, e bora lá suar a camisa e fazer de conta que nada de errado está acontecendo no país dos escândalos, da piada pronta, da ideia fixa e do desperdício de dinheiro público.
Em Belo Horizonte, as ruas estão esburacadas, o lixo está amontoado por todo lado, a cidade está suja e malcuidada. Mas tudo bem, ora bolas, agora é Carnaval, e o portal da prefeitura já informou que foi realizado um investimento de R$ 20 milhões previstos inicialmente para a festa, com mais um adicional de R$1,5 milhão para a folia da capital, cujo evento de 2025 ocorre entre 15 de fevereiro e 9 de março.
Isso mesmo, pode acreditar, são 23 longos dias de puro “entretenimento e cultura” - um exagero de pândega carnavalesca, com expectativa de cerca de 6 milhões de foliões lotando as ruas da cidade. Esse é o lenitivo, a compensação, um motivo para a dispersão popular. A crise? O país? As perseguições? As ameaças? O devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório? Ah, isso "a gente vê depois".
Ainda que a crise econômica seja forte, a credibilidade do governo esteja despencando e os juros e a inflação subam feito foguete, a população quer é festa e folia. Ainda que todos saibam que não é feriado nacional – nem sábado, nem segunda, nem terça, nem quarta, podendo ser, no máximo, feriado municipal, os foliões querem é sambar, beber e cantar músicas de gosto duvidoso.
Mas, se durante o resto do ano a preferência nacional é viver de cócoras com o queixo aos joelhos, a exigência mínima é que os carnavalescos respeitem aqueles que moram na cidade, pagam impostos e desejam paz e sossego, ainda que seja Carnaval.
Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025, pág. 19. Coluna de Wilson Campos).
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Onde eu moro a rua fica lotada de jovens bebendo e jogando latinhas de cerveja pelo chão. O lixo está amontoado e com cheiro forte. A sujeira é grande. A limpeza e segurança quase não se vê por aqui. O povo os moradores que se vire com a bagunça dos outros. Alguns foliões sem educação e sem berço urinam na porta dos prédios e fica aquele cheiro horrível e temos de ficar lavando a porta do prédio, a entrada principal e a porta da garagem. Êta povinho sem educação e sem respeito nenhum. Dr. Wilson Campos o seu artigo é a mais pura verdade do que acontece no Brasil porque o povo fecha os olhos pra tudo de errado desde que tenha futebol e carnaval. Isso é um absurdo mas é o que acontece no nosso pobre e desfalecido Brasil. Parabéns pela sua coluna no jornal O TEMPO super bem escrita e com temas super importantes para a sociedade. Att: Zenaide Salviano.
ResponderExcluirO Carnaval deveria ser apenas de 4 dias (sábado, domingo, segunda e terça-feira). Nada mais do que isso. Esse pessoal precisa saber que nem todo mundo fica na moleza de pulação e gritaria pelas ruas. Tem trabalho e tem contas pra pagar na quarta e na quinta feira seguintes do carnaval. Esses 23 dias de carnaval da prefeitura de BH é um absurdo, eles fecham as ruas, mudam o trânsito, causa confusão geral e estressa todo mundo só porque uns gatos pingados de blocos e bandas querem parar a cidade por 23 dias. Pelo amor de Deus que país é esse? Ah, sim, o Dr. Wilson já explicou que país é esse - de povo de cócoras e queixo nos joelhos o resto do ano. Eu acho que até pode ter carnaval mas precisa ser de apenas 4 dias e nada mais (sábado, domingo, segunda e terça-feira). A partir de quarta feira de cinzas é volta ao trabalho e à vida diária de cada um. Parabéns meu mestre Dr. Wilson Campos advogado. Abr. Paschoal L.A. Guerra .
ResponderExcluirEu só quero ver como vai ser esse ano de preço muito alto da carne dos ovos da verdura do arroz do feijão e do café. Eu só quero ver na hora que a conta de 23 dia de carnaval chegar pro sujeito que ficou pulando e cantando pela rua como se o Brasil fosse o melhor país do mundo e não fosse essa coisa de roubalheira e de impostos em tudo que existe no país. O governo taxa e mais taxa e mais taxa e o povo fica aí cantando carnaval como se tudo estivesse as mil maravilhas. Esse povo é mesmo alienado e ingênuo e com ideologia demais na cabeça fraca. Ninguém pensa no futuro e nem na honestidade que precisa vir do governo. Muda meu Brasil . Muda meu povo. Dr. Wilson Campos parabéns pelo maravilhoso e certíssimo texto e pelas verdade faladas. Luiza Aparecida (mãe, vó e educadora do lar).
ResponderExcluirDr. Wilson eu fiquei sabendo que o governo estadual doou também 30 milhões de reais ou seja que somado aos 21,5 milhões da prefeitura totaliza 51,5 milhões de reais para um carnaval de rua enquanto falta segurança nas ruas, falta limpeza, falta controle de trânsito, falta iluminação nas ruas, falta capina e limpeza de lotes e canteiros, falta maior policiamento na cidade, falta recolher os moradores de rua e levar para um lugar digno e salutar, falta vergonha na cara dos políticos mineiros que gastam o dinheiro do povo para uma festa que só traz bebedeira e drogas e gente nua desfilando como se estivesse numa praia de nudismo, desmoralizando a família e trazendo constrangimento para mães e filhos menores que não podem nem sair de casa por causa das cenas dos loucos e sem educação. Pode até ter o carnaval mas tem de ser menos dias e menos músicas indecentes de tuc tuc tuc e funck e porcaria de música de gosto muito muito duvidoso mesmo. Lembro do carnaval de rua decente com marchinhas bem elaboaradas e alegres e respeitosas e todo mundo gostava e se divertia . Lembro do carnaval de clubes e fantasias lindas com respeito e sem os seminus de hoje que envergonham a família brasileira. Esse carnaval de hoje é um show de gente pelada e bebedeira e drogas e sujeira pelas ruas da cidade. Eu sei porque eu vejo isso aqui na região centro sul da capital. Eu vejo e ninguém precisou me contar. Eu vejo esses absurdos aqui todo dia e serão 23 dias dessa bagunça infernal na porta dos prédios, e t,em banheiro químico mas preferem mijar na porta das casas e entre os carros. Dr. Wilson Campos o seu artigo eu sempre leio no jornal de manhã cedo e são todos excelentes e merecem leitura e compartilhar e sempre que envio para meus grupos o pessoal elogia muito seus textos nota 10. Abraço do Leonel Ramos.
ResponderExcluirExcelente texto. O que maus me impressiona é que a gente leva uma vida delirante, buscando insistentemente, uma fuga da realidade e não a sua mudança.
ResponderExcluirAgora que acabou o carnaval eu penso no artigo do advogado Wilson Campos no jornal O TEMPO que disse o seguinte: "A estupidez e a ideologia cegam os ingênuos e não deixam que os alienados enxerguem o que se passa no país. O negócio é fazer vista grossa, cair na gandaia e se endividar no cartão de crédito. Não interessa o altíssimo preço da cervejinha, da carne, do café, dos ovos, porque isso “a gente vê depois”. É a mais pura verdade verdadeira porque agora começa a realidade de um ano difícil e cheio de surpresas negativas para todos os brasileiros. A situação está feia e o povo parece não enxergar o óbvio. Parabéns advogado Wilson Campos. Parabéns!!! Armando J. F.Madureira.
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