O SISTEMA É BRUTO E OS BRASILEIROS SÃO TOLOS.

 

O sistema no Brasil é tão bruto, que um condenado a 400 (quatrocentos) anos de prisão cumpriu apenas 6 (seis) e saiu pela porta da frente da cadeia mediante decisão de liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E os brasileiros são tão tolos, que aceitam calados e ajoelhados essa situação vergonhosa, humilhante e absurda.

O sistema é bruto em todos os sentidos da política e da politicagem, que fazem da esquerda um ente inatacável e da direita um fantoche sujeito a censura, mordaça e todo tipo de perseguição. Já a maioria do povo é tola, pois a tudo assiste sem nenhuma reação, como se estivesse sufocada e presa em um fétido e escuro porão.

O sistema é bruto e os brasileiros são tolos, vergonhosamente, uma vez que bandidos violentos estão soltos nas ruas, impunes e bem armados, e a população está presa em casa, sem liberdade, sem direito de ir e vir, desarmada e refém do medo. 

O sistema no Brasil é bruto e covardemente cruel, principalmente quando condena 371 pessoas da direita por supostos atos golpistas, com penas que variam entre 15 anos e 17 anos de prisão, sem provas suficientes e sem o devido processo legal, e no mesmo contexto, em outras ocasiões, centenas de militantes da esquerda quebraram e depredaram o Congresso e agrediram pessoas, sem, contudo, qualquer pena ou punição. Dois pesos e duas medidas. Tratamento desigual. E a tolice do povo não lhe permite enxergar o óbvio.

O sistema é tão bruto, que consegue com apenas algumas canetadas mudar as regras, as normas, as leis, sem passar pelo Congresso, que, por sua vez, cochila e dorme sono profundo, enquanto quem não pode legislar toma a dianteira e legisla, descaradamente. E os brasileiros, tolos e apreciadores de futebol e carnaval, afastados da leitura e dos livros, mas próximos da telinha do celular, passivamente, contentam-se com informações virtuais vazias e deixam a carruagem das ilegalidades passar.

O sistema é mesmo bruto, absurdamente bruto, a tal ponto, que compra com verbas públicas de publicidade a imprensa nacional e suas respectivas empresas de comunicação, que se submetem a chantagens e fazem o joguinho sujo do poder, esquecendo-se do seu dever de jornalismo informativo, isento, imparcial e independente. E o povo, tolo, excessivamente calado e alheio, finge que não vê, que não se interessa, e se junta àquele que nada sabe e vive só de narrativas.

O sistema é, de fato, bruto, capaz de calar uma nação inteira com sua voz arrogante, autoritária e policialesca, que não permite objeções, opiniões ou livres expressões. A verdade é a que sai da sua boca, assentida e consentida pelo Executivo e pelo Judiciário, ambos campeões em discursos sobre democracia, embora desconheçam seus verdadeiros significado e valor. O povo? O povo se cala, se fecha e se recolhe à sua posição fetal.  

O sistema é bruto quando prende ou ameaça prender quem faz pequenos comentários sobre certas autoridades, mas esse mesmo sistema brutal se revela incompetente para apurar o crime cometido por um bandido que esfaqueou um candidato à Presidência da República, durante ato de campanha. O povo sabe, o povo viu, o povo percebe a cortina de fumaça no horizonte, mas aos poucos esquece e vai tocando a vida, como se nada de muito grave tivesse acontecido.   

O sistema é terrivelmente bruto até nos detalhes mais evidentes de desprestígio da esquerda, notadamente quando seu presidente não consegue nem andar no meio do povo sem receber vaias e xingamentos, e o outro, da direita, é carregado nos ombros por onde passa. Mas isso a imprensa não mostra, porque se mostrar fica sem os gloriosos recursos federais, além das ameaças que recebe de prováveis perdas de concessões. Já o povo não quer saber, está obcecado pelas coisas boas e ruins das redes sociais e não tira os olhos do celular, ainda que o mundo acabe.

O sistema é bruto, perdulariamente bruto, e lida com folga com um Orçamento total para 2025 de R$ 5,87 trilhões, dos quais R$ 166,6 bilhões são do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais. Aliás, Estatais que dão prejuízos agora e deram lucros no governo anterior. Mas o povo não tem interesse nesses números, apesar do salário mínimo de apenas R$1.518,00.  

O sistema é mesmo bruto e esbanjador, especialmente quando o governo destina R$ 133,6 bilhões para o Ministério da Defesa (Forças Armadas) no projeto de orçamento de 2025, representando a quinta maior dotação da Esplanada, segundo informações do Ministério do Planejamento e Orçamento. E o povo simplesmente paga essa conta e carrega o país nas costas, sem reclamar, sem sequer balbuciar uma palavra de indignação. O sistema é bruto, mas o povo é excessivamente tolo.

O sistema é bruto, seguidamente bruto, valendo notar que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá para 2025 um Orçamento de R$ 954 milhões, sendo que a maior parte desse montante – R$ 894 milhões – diz respeito às despesas da Corte, ou seja, gastos com pessoal, segurança, tecnologia da informação e custos da TV e da Rádio Justiça. Enquanto isso, uma parte do povo paga impostos e carrega nas costas uma das maiores cargas tributárias do mundo, e a outra parte vive de migalhas, de auxílios do sistema, de forma submissa e humilhante.

O sistema é bruto, prometeu picanha e não entregou, prometeu comida barata e os preços dispararam nas prateleiras dos supermercados, e até o café não pode mais ser comprado pelos pobres. Mas o sistema não deixa nada faltar às mesas dos palácios, e dane-se o povo com sua fome e sua miséria. O sistema é bruto e o povo brasileiro é tolo.

O sistema é tão bruto, que rende assunto para centenas de páginas sobre economia, saúde, educação e segurança, que não são entregues ao povo. O sistema é bruto também quando se fala de política, partidos, emendas parlamentares, toma lá dá cá, compadrio e tantos males mais. O sistema é tão bruto, que sustenta os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com Orçamentos anuais bilionários, enquanto o povo pobre vive de obséquios do governo e os idosos vivem com uma aposentadoria miserável e sem direito a revisão. De fato, o sistema é bruto e o povo é tolo.

O sistema é bruto até na gestão social, porquanto compre bajuladores e pessoas de baixa renda com benefícios de governança pública - bolsa família, auxílio gás, seguro defeso, pé-de-meia, entre muitos outros, e não ofereça educação de qualidade e não incentive empregos com carteira assinada, embora as empresas brasileiras estejam precisando de empregados, urgentemente, e a mão de obra esteja cada vez mais difícil. E o povo, tolo, aceita ajuda sem esforço, colocando-se cada vez mais aos pés de um sistema bruto e sem coração.

O sistema é bruto, principalmente quando o atual presidente do sistema aumenta os gastos ocultos no cartão corporativo nos dois primeiros anos de governo e determina sigilos de 100 anos sobre os gastos. O sistema é criminosamente bruto quando é divulgado que a Presidência da República desembolsou R$ 38,3 milhões com gastos sigilosos no cartão corporativo entre janeiro de 2023 e outubro de 2024. E o povo, tolo, calado, silente, cabisbaixo, sobrevive com cesta básica cara e paga seu alimento com o suor do seu rosto.

O sistema é bruto e fica ainda mais tenebroso quando os jornais divulgam que Janja, primeira dama do sistema, torra um total de R$ 3,8 milhões com salários e viagens, de 2023 a 2024, sem contar os R$ 33,5 milhões gastos no escandaloso “janjapalooza”, evento com participação de músicos e cantores da esquerda. E o povo, o que diz? O povo, tolo, envergonhado, não protesta e fica na mesma posição sofrível, de cócoras e com o queixo nos joelhos.  

O sistema é bruto e gastador, gasta e gasta muito o dinheiro público, e notem que a imprensa publicou que o atual presidente do sistema e alguns da sua equipe gastaram em torno de R$ 1 bilhão em despesas de viagens, giros internacionais com diárias de hotéis caros e chiques, limusines, seguranças, restaurantes e outras mordomias. Isso somente no primeiro ano de mandato (2023). E o povo, tristemente tolo, de bolso vazio, está esperando a picanha e a cervejinha, que nunca vieram e não virão.

Enfim, encerrando, mas sem esgotar o tema, em razão de que existem ainda milhares de situações a serem abordadas, o sistema é bruto e os brasileiros são tolos, mas o povo está acordando, lentamente, e já se prenuncia um despertar de cidadania. O sistema é bruto, mas Deus desperte, abençoe e proteja o povo brasileiro contra todo e qualquer sistema bruto, ideológico, extremista e covardemente perseguidor e cruel.  

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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