O TARIFAÇO DO LULA É PIOR QUE O TARIFAÇO DO TRUMP.

 

Os empresários brasileiros sabem perfeitamente que o atual governo é taxador, usa e abusa da imposição de impostos, achaca com uma carga tributária escorchante e ainda esculacha e humilha os empreendedores e investidores em certas ocasiões, chamando-os de malandros.

Alguns setores empresariais, como o agronegócio, por exemplo, que já foram acusados de “fascistas” pelo presidente Lula, enxergam que o tarifaço do Lula é pior que o tarifaço do Trump. A burocracia estatal é tão grande, que gasta-se uma fortuna só para compreender a legislação tributária, alterada a cada minuto no país.

Os trabalhadores brasileiros, contribuintes naturais de tributos para os cofres públicos, conhecem de perto a atuação pífia do atual governo de esquerda, que cobra muitos impostos e não entrega a necessária contrapartida de serviços públicos adequados. Por aqui, trabalham-se cinco meses do ano só para pagar impostos.

Em 2024, o contribuinte brasileiro trabalhou até o mês de maio somente para pagar os tributos, ou seja, impostos, taxas e contribuições exigidos pelo governo. Um total de 150 dos 365 dias do ano comum, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

No Brasil precisa-se de mais dias de trabalho para arcar com tributos do que na Alemanha (143), Eslovênia (138), Espanha (137), Reino Unido (129), Japão (124) e Suíça, onde são necessários não mais que 100 dias para pagar as taxas. Ou seja, o tarifaço do Lula, que vem com o Imposto do Valor Agregado (IVA) de 28%, o maior do mundo, via reforma tributária, é muito pior que o tarifaço do Trump.

Apesar de estar entre os 30 países de maior carga tributária no mundo, o Brasil é o que dá pior retorno à sua população. Os valores arrecadados não condizem com o retorno esperado. Só a arrecadação das receitas federais alcançou R$ 2,65 trilhões em 2024, alta real (já descontada a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) de 9,62% sobre o resultado de 2023 (R$ 2,318 trilhões). Em termos nominais, o crescimento foi de 14,43%.

O Impostômetro, painel icônico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alcançou a marca inédita de R$ 3,6 trilhões à 1h55 do dia 29/12/2024. O montante reflete a soma de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início desse ano, abrangendo as esferas federal, estadual e municipal, além de multas e correções monetárias. O valor representa um crescimento de 18,4% em relação aos R$ 3,04 trilhões registrados no mesmo período de 2023.

É alarmante que os aumentos recorrentes de impostos e taxas no Brasil não visem a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, mas sim a compensar perdas e a servir de lastro para as despesas descontroladas e intermináveis do governo. Aliás, no atual governo, Lula e seus ministros e respectivos aspones, torram sem dó nem piedade o dinheiro do contribuinte, e ainda alegam que precisam arrecadar mais para governar.

Essa situação vergonhosa configura um ciclo vicioso, onde a população paga impostos altíssimos sem receber os serviços públicos adequados em troca. Enquanto isso, o governo busca desesperadamente aumentar a sua arrecadação para bancar seus luxos e mordomias palacianas.

A lição que fica, em razão dos últimos acontecimentos, que envolvem o tarifaço do Trump de 50% sobre os produtos brasileiros em exportações, é a de que o tarifaço do Lula no Brasil é muito pior. Esse atual governo brasileiro arrecada muito, assalta o contribuinte, penaliza as empresas, afugenta os investidores e, para piorar a situação já complexa, cria despesas e mais despesas a seu bel-prazer.

A mão de Lula é pesada na tributação, à custa dos esforços do trabalhador e do empreendedor, mas ainda assim a estratégia usada não é suficiente para entregar bons resultados ao país. Ao contrário, as despesas de interesse do governo só aumentam, descontroladamente, enquanto os setores essenciais da saúde e educação são sacrificados e o rombo fiscal vai no mesmo sentido estratosférico dos gastos do desgoverno.

Dessa forma, a conclusão é que os gastos sob o governo Lula 3 são astronômicos, absurdos e assustadores, chegando ao dobro do que arrecada - fora da meta, longe do bom senso e mais distante ainda da responsabilidade fiscal. Tudo isso, sopesado e cuidadosamente considerado, implica em aceitar a contragosto que o tarifaço do Lula é pior que o tarifaço do Trump. E quem paga a conta é o povo, o contribuinte, o trabalhador, o empreendedor. Coitados de nós!

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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