ESTAMOS MORRENDO DE VERGONHA ALHEIA.
No Brasil, o que não faltam são motivos para as
pessoas sentirem vergonha alheia. Os escândalos se multiplicam a cada dia. A
civilidade está sendo contestada. A violência assume proporções nefastas. O
respeito mútuo não é mais o mesmo. A descrença no governo se soma à
desconfiança generalizada. Alguma coisa precisa acontecer. Muita coisa precisa
mudar.
Estamos morrendo de vergonha alheia de saber que no
Brasil acontecem 60 mil assassinatos por ano; que a corrupção não foi detida
nem mesmo depois da severa Operação Lava Jato; que a derrocada político-econômica
foi fabricada pela incompetência governamental; que a violência e a criminalidade
caminham juntas, e impunes; e que a crise é de caráter, no Executivo, no
Legislativo e no Judiciário.
Estamos morrendo de vergonha alheia ao ver que um
ex-presidente, condenado e preso, faz campanha política para um poste; que o
poste se reúne com o condenado em duplo grau de jurisdição para receber ordens
e fazer o semanal beija-mão; que a eleição de um poste seria o caminho mais
curto para a transformação do Brasil numa Venezuela; que o aparelhamento do
Estado visa triplicar o famigerado mensalão, que se somou ao petrolão e resultou
num consórcio de corrupção; e que a subtração daquilo que é dos outros é uma
meta dos desonestos, que não querem abrir mão da mamata e muito menos da
organização.
Estamos morrendo de vergonha alheia ao saber pela
imprensa que os governos de Lula e Dilma destinaram bilhões de reais para
países estrangeiros, "amigos", em especial para Bolívia, Cuba,
Venezuela e Angola, quando aqui nos faltam hospitais, escolas, estradas, moradias,
empregos, esgoto, saneamento, metrôs, portos e aeroportos; e que a população
brasileira sofre e chora, enquanto eles regozijam e riem da desgraça da nação.
Estamos morrendo de vergonha alheia ao assistir o
pânico da sociedade, onde pais de família são mortos por pouco ou quase nada,
enquanto os bandidos estão soltos ou restam custodiados pela ineficiência da
lei; onde a polícia prende e o Judiciário solta, desestimulando o agente
público e facilitando a vida do criminoso; e onde uma minoria cega quer a
continuidade do caos, e talvez consiga, se a maioria esmagadora não der um
basta e votar mudanças já.
Estamos morrendo de vergonha alheia por não reagir
contra um Supremo Tribunal Federal que protege o direito dos ricos e poderosos
e não julga os processos de interesse da população; que não dá bom exemplo de
retidão, imparcialidade e transparência, mas se joga nas luzes da mídia e da
televisão; e que lava roupa suja em público, se esquecendo da sua verdadeira função.
Estamos morrendo de vergonha alheia ao constatar
que a intolerância é maior por parte daqueles que se dizem instruídos; que a
alienação da esquerda é muito superior à da direita; que os piores cegos são
aqueles que não querem enxergar a realidade dos fatos; que os maiores maculadores
da democracia residem nos grupos seletivos, que não são públicos, não são
privados, mas apostadores do quanto pior, melhor; e que os detratores do
capitalismo gostam mesmo é de luxo, cargos, mordomias e de conceder favores com
o dinheiro dos outros.
Estamos morrendo de vergonha alheia por possuir uma
Constituição Federal cidadã, que foi feita para proteger a sociedade, mas que é
desobedecida e usada para prejudicar o povo, a todo o momento, pelos próprios governantes,
que desconhecem o que seja cidadania e revestem seus atos de autoritarismo,
fazendo valer sua vontade, num regime feudal de governo, típico de republiquetas
dominadas por ditadores enrustidos; e que foi consagrada para assegurar a
legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, mas
que se deixa manipular por líderes de barro, frenéticos pelo poder, mas
incapazes para governar.
Estamos morrendo de vergonha alheia por verificar que
artistas e cantores se jogam em campanhas políticas odiosas, mas que não sabem
o que seja viver com um salário mínimo, andar de ônibus, acordar de madrugada
para trabalhar, viver em um barracão, e não ter dinheiro para água, luz, gás ou
uma refeição; e que artistas e cantores tergiversam em vez de ajudar na
solução, na conciliação ou na satisfação, seja para a felicidade geral do povo ou
da nação.
E estamos morrendo de vergonha alheia ao perceber
que o cidadão brasileiro, o cidadão de bem, continua refém da sua própria
inércia, mantendo-se quieto, calado, passivo, de cócoras, com o queixo nos
joelhos, enquanto os titulares dos desmandos e do desgoverno loteiam o
território, saqueiam os cofres públicos e, por acreditarem na impunidade,
esperam pela pizza que será servida em pratos de porcelana e com talheres de
prata, enquanto o povo se vira com a marmita de arroz, feijão e ovo; e que não
há mais tempo a perder, porque a família brasileira não pode ceder espaço para
os desequilíbrios de uns e outros que se acham “modernosos”, mas que na
realidade estão distantes do que a verdadeira sociedade civilizada quer – saúde,
educação, segurança, emprego, honestidade, cordialidade, urbanidade, progresso,
desenvolvimento, paz e muito respeito entre todos.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
Eu também morro de vergonha quando vejo o que estão tentando fazer com essa babaquice da discussão de "gênero". Querem influenciar até crianças, esses abestalhados que se dizem artistas, petistas, comunistas e outros istas. Uma falta de vergonha na cara dessa agente de mente poluida e que se acha na vanguarda de algumas coisa - só se for na vanguarda da canalhice.Morro ainda de vergonha desses políticos safados e ladrões que têm a cara de pau de candidatarem de novo e o pior de tudo receberem votos desse povo sem memória. Parabéns Dr. Wilson Campos, advogado, pelo belo texto e pela lição de cidadania, amor ao país, amor à família e amor ao povo brasileiro. De minha parte muito obrigada. Maria de Lourdes Novais.
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