BEM-VINDO 2019!!!


 
O ano de 2018, que está se encerrando, não foi nada fácil. Os múltiplos acontecimentos foram extremamente sacrificantes, seja pela crise econômica, pelo desemprego ou pela incompetência dos governantes. Mas, como dizem por aí, o brasileiro não desiste nunca. Se o ano de 2018 foi ruim em vários sentidos, o melhor é respirar fundo e reservar energias para o enfrentamento de novas batalhas que virão no bojo de 2019.

É certo que a política brasileira vai muito mal. A economia oscila. O povo sofre. O governo federal se perde entre a ruina dos governos estaduais e o descaminho de verbas que não param de escandalizar o país. Se o Executivo e o Legislativo são sofríveis e não merecem a confiança do povo, da mesma forma está o Judiciário, que aumenta salários de juízes e causa horror pelos atos impensados dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que não consegue ficar fora da mídia, tamanhos os absurdos que são divulgados diariamente pela imprensa nacional. Ou seja, os Três Poderes deixam muito a desejar, em todos os sentidos.

Entretanto, apesar dos péssimos exemplos dos políticos e dos magistrados, excessivamente corporativistas, salvo raras exceções, a vida segue, e o país vai aos trancos e barrancos tentando se aprumar. Mas vai depender muito do cidadão comum brasileiro, aquele que trabalha e paga impostos, porque não se trata de poder econômico de classes contributivas, mas de pessoas que, apesar de tudo, continuam acreditando no Brasil. A cota de sacrifícios em prol da nação tem de ser paritária, de tal forma que os pobres e os ricos sejam solidários na divisão do ônus moral, porquanto estejam em jogo os valores humanos, e todos precisam colaborar para que o país dê certo, sobreviva aos usurpadores e afaste do seio da sociedade a parte contaminada da politicagem rasteira e corrupta.

Triste é a constatação de que, enquanto uma parcela bem sucedida da sociedade aumentou o seu quinhão, a outra, a parcela dos menos favorecidos, aumentou ainda mais a sua pobreza latente e extrema nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018. Ou seja, existe uma lacuna enorme nessa efêmera vida social, que não pode ser entendida como sociedade, porque o país se deparou com um aumento alarmante de desigualdades sociais. Basta ver o panorama das cidades – pessoas abandonadas nas ruas, morando debaixo de viadutos e mendigando nos sinais e nas calçadas. Daí a emergência de o ano de 2019 ser instado a recompor essas diferenças, urgentemente, para o bem de todos. O equilíbrio é necessário e humanamente recomendado.

Resta sabido que a mediocridade governamental é enorme e os problemas do país são muitos. O desemprego, a fome e a miséria são alguns deles. Os 12 milhões de analfabetos e os 13,5 milhões de desempregados são questões negativas graves, imperdoáveis e inaceitáveis, que requerem ações urgentes dos governos municipais, estaduais e federal, na erradicação e na solução do problema, a curtíssimo prazo, sob pena de a pequena ascensão social adquirida por alguns, ao longo dos anos, se tornar imperceptível, com o consequente retrocesso da valorização humana. Ao contrário disso, o Brasil precisa alçar voo rumo ao mundo desenvolvido, sem fome, sem miséria, sem desemprego, sem analfabetismo, sem desigualdades e sem discriminações, quaisquer que sejam.

Os governantes, os administradores, os gestores, sejam das esferas municipal, estadual ou federal precisam agir, adotar medidas severas contra tudo que envergonhe o povo e a nação. Essas medidas requerem mais que simples vontade. Requerem ação efetiva e imediata. A população não tem tempo nem pode esperar por “favores” do governo. A obrigação de atitudes enérgicas em prol do cidadão é do Executivo e do Legislativo, com endosso do Judiciário, nos termos da Constituição. E a esperança do povo brasileiro está depositada no próximo presidente da República, Jair Bolsonaro, eleito para um mandato de quatro anos, de 2019 a 2022.

O próximo presidente precisa atuar com seriedade e transparência para que a população possa acreditar. De posse da segurança de que medidas concretas estão sendo efetivadas, diante de um ambiente menos hostil, o setor empresarial volta a investir e a criar empregos. O povo, por sua vez, tão logo tenha uma renda suficiente e satisfatória volta a consumir, e a máquina recomeça a girar. A confiança, a segurança, a ação e a atitude são as ferramentas para retomar o rumo certo. O país pode e deve sair desse fosso, mas precisa punir os culpados pela desgraça, pelos desvios e pelos crimes. O dinheiro malversado e desviado precisa retornar aos cofres públicos. Os corruptos têm de pagar com cadeia os gravíssimos delitos cometidos.

Os atos vergonhosos de corrupção, propina, caixa dois, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e obstrução da justiça não podem simplesmente ser esquecidos. A impunidade não pode prosperar.

O efetivo plano de governo do novo presidente, assim como as propostas de aceleração do crescimento e do desenvolvimento precisam ser encaradas com seriedade pelos “nobres” membros do Congresso, com análise, votação e aprovação pensadas nos interesses da coletividade, e não dos seus próprios, porque a defesa de interesse pessoal é reprovável e desastrosa, e os riscos imprevisíveis. A sociedade não aguenta mais escândalos e frustrações. O povo brasileiro não suporta mais se deparar com os corruptos de plantão que se enriquecem, envergonham a nação e ainda saem impunes.

Não se enganem, o povo brasileiro já reagiu nas últimas eleições e vai reagir novamente, porque o desejo é sair da inércia e exigir um país melhor pra todos. O ano de 2019 precisa ser diferente. A receita para fazer de 2019 um ano melhor está mais do que desenhada - requer engajamento e comprometimento de todos, sem exceção; exige seriedade, honestidade, coragem e trabalho dos mais diversos setores da sociedade; reclama urgência, posto que não há tempo para aventuras corporativistas, segregadoras, demagógicas ou dogmáticas.

A expectativa é grande. As urnas revelaram novos rumos e novos nomes surgiram. Os benefícios de um 2019 positivo são esperados por todos e para todos, igualmente, e não apenas para alguns escolhidos e privilegiados. A sociedade há que ser una e plena no combate ao desemprego, ao analfabetismo, aos juros altos, à violência, à fome e à miséria. O retrocesso não interessa à população, que sabe o que quer, e isso significa a retomada do crescimento. Mas o passado não pode ser esquecido, pois precisa servir de lição, principalmente com a contínua punição dos ímprobos, dos corruptos e dos enganadores da sociedade.

Vale lembrar que a segurança é um direito constitucional essencial e em assim sendo, cabe ao governo trabalhar fortemente contra a violência no país. Os índices que jogam para cima os atos violentos precisam cair. A violência precisa ser combatida com a austeridade da lei e com investimentos na educação, para que a criminalidade não se repita, não evolua e caia em desuso, definitivamente. E para tanto, a participação de todos é indispensável, e que seja por meio de uma sociedade armada de ideias, de vontade, de ação efetiva e de atitude cívica. Seriedade para trabalhar e maior seriedade ainda para cobrar do governo uma administração proba, ética, transparente, eficiente e com resultados positivos para o povo brasileiro.

Assim, faz-se necessário que a esperança renasça a cada dia, a cada mês e a cada ano. Se ocorrerem governos ruins, novas mudanças deverão ser implementadas. Não tem essa de enganar o povo uma, duas, três vezes. Não! O povo exige ética e honestidade dos políticos eleitos, porquanto o ano de 2019 tenha que ser, necessariamente, o tempo de recomeço e de recolocar o Brasil nos trilhos. E isso depende de nós, para uma mudança para melhor. Depende do eleitor, para a renovação na política e consequente eliminação dos políticos desonestos. Depende do Brasil, para alcançar um lugar de destaque e de relevância no mundo. Depende dos cidadãos brasileiros para que esse país seja, de fato, uma verdadeira nação. Depende da união dos setores popular, técnico e empresarial, para que o desenvolvimento e o crescimento do país seja uma realidade e não uma mera cogitação em véspera de ano novo.

Portanto, diante dessas considerações todas, seja muito bem-vindo 2019!

Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Especialista em Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental). 


Comentários

  1. Se vier tudo isso eu estou realizado. Que seja assim Dr. Wilson e que seus pedidos e os nossos se realizem, em nome de um Brasil mais organizado e justo. Parabéns mestre causídico Wilson Campos. Grande abraço e obrigado por ser esse brasileiro de fibra que é. Samuel de Jesus. BH/MINAS.

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