MINHA SOGRA É NOTA 10!
Recebi da minha esposa, por meio do WhatsApp, uma foto da mãe dela com um gorro vermelho e branco na cabeça, dizendo: “mamãe Noel”.
Mais do que a beleza serena da foto, inspirou-me escrever este artigo o fato da admiração e respeito que tenho por minha sogra, dona Marta Quintão.
Ela tem 95 anos. Está quase sempre sorridente, e é meiga, carinhosa, bondosa e acima de tudo, uma pessoa de quem todos gostam.
Maria Marta Quintão Soares é natural de Nova Era, mas reside em Pedro Leopoldo, cidade que conferiu-lhe o título de Cidadã Honorária, numa justa homenagem por décadas de dedicação ao ensino, como professora de geografia e história.
Dona Marta Quintão, professora, como carinhosamente todos a tratam, teve alunos que hoje são advogados, médicos, juízes, políticos, professores, empresários, entre outros. Seus ex-alunos, quando a encontram, derramam palavras carinhosas à sua pessoa.
Ela tem cinco filhos, todos formados com grande sacrifício dela e de seu marido Carlos Frederico (in memoriam). Também tem genros, noras,netos e bisnetos, que têm-lhe enorme carinho e apreço. Tem ainda amigos que a abraçam nos encontros e nas lembranças felizes das salas de aula, das festas e das comemorações. Uma família que se debruça e se aconchega no calor da sua simpatia, do seu amor e do seu interminável carinho.
Vem-me à mente, neste momento, o dia em que conheci minha sogra. Eu transbordava de preocupação de não ser o preferido dela para unir-se à sua amada filha médica. Mas tão logo a encontrei, recebi seu abraço maternal, e eu me senti em casa, pois a doçura dela se complementava ao amor de minha amadíssima mãe.
Nossa convivência tem sido de muitas gentilezas. A bondade infinita de minha sogra é contagiante. Não há quem, ao se sentar ao seu lado, não manifeste carinho. Muitos, todos os dias, aprendem com ela, com sua sabedoria, com seus gestos tão suaves e seu coração tão puro.
Tenho, particularmente, a imensa felicidade de ter uma família próxima e muito amiga, naturalmente seguindo os exemplos e conselhos de minha mãe, que se multiplicava na educação e na criação dos filhos, e enquanto viva, doou tudo de si para os seus e jamais deixou de ajudar e alimentar a quem batia à sua porta. Da mesma forma, minha sogra, uma mãe extra que ganhei.
Minha sogra é nota 10! De fato, todos que a conhecem são só elogios. O mundo fica mais feliz quando ela sorri e placidamente diz que foi professora a vida toda, com muita honra. O mundo fica mais leve quando ela está feliz e todos no seu entorno ficam radiantes e contemplados pela beleza do momento.
Quero, agora e doravante, do fundo do meu coração, vê-la superando as dores e a cada dia tendo menos desalentos, quaisquer que sejam. Mesmo sendo impossível ficar bem o tempo todo, quero encontrá-la como sempre a vi – sorridente, meiga, carinhosa, protetora, confiante e cercada pela atenção de todos que a amam.
Se alguém está distante, há algum tempo sem vê-la ou visitá-la, está perdendo. É papel dos familiares estarem bem próximos, serem ternos e agradáveis. A velhice não é nenhum defeito e nenhum incômodo, mas uma conquista dos melhores e das melhores, que souberam honrar a vida, e como prêmio receberam a missão de ajudar na formação de uma sociedade mais feliz e menos ranzinza. A face vibrante da vida é isso: dar valor e importância a quem nos deu tudo isso, sem pedir nada em troca.
A família de dona Marta, minha sogra, tem muita sorte de poder contar com ela, que aos 95 anos ainda transmite resiliência, suficientemente inspiradora para muitos jovens, e, principalmente, para seus amados filhos, netos, bisnetos, genros, noras e demais familiares.
Quer saber? Minha sogra é nota 10! E ponto final.
Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).
Que história de vida linda a da sua sogra doutor Wilson. Parabéns a todos vocês da família dela. Att: Ana Carolina S.M. Diegues.
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