DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE: “a data, a biodiversidade, a sustentabilidade, o meio ambiente e o agronegócio”.
Neste
5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Embora em tempos de
pandemia, a boa notícia é de que em Belo Horizonte houve uma melhora
considerável na qualidade do ar, segundo dados da Fundação Estadual do Meio
Ambiente. E isso se deve ao isolamento social, à diminuição de carros nas ruas,
à redução da poluição do ar e à menor quantidade de lixo urbano nas vias da
cidade.
A
pandemia do coronavírus (Covid-19) é um sinal de alerta da natureza, que se
encontra notadamente inquieta, com manifestações causadas ou não pelo ser
humano, mas que cobram um preço alto em vidas, como, por exemplo, nos casos de proliferação
de doenças invisíveis (vírus), de enchentes e inundações, de deslizamentos de morros
e encostas, de mudanças no clima, de vendavais e tempestades, e também em casos
típicos internacionais de furacões e tsunamis, de invernos glaciais ou de
verões insuportáveis.
No
Dia Mundial do Meio Ambiente há que se fazer um chamamento à sociedade, no sentido
de máximas reflexões e ações na defesa da vida natural, hoje tão sufocada e a
cada dia mais irrespirável em razão do motor do progresso sempre ligado e
cumprindo metas. A rigor, no mínimo, devemos todos contribuir de alguma forma
para a valorização do conceito de sustentabilidade, de maneira que a sociedade
entenda o seu real significado e caminhe para a harmonização da natureza com os
indispensáveis crescimento e desenvolvimento socioeconômico. Ou seja, o
respeito à natureza não pode mais passar aquela ideia puramente utópica de
conservação, mas significar de verdade uma realidade social, independentemente
da evolução mundial.
Os
jovens e os adultos têm grandes responsabilidades quando se trata de meio
ambiente sustentável, pois a formação juvenil precisa ser lapidada e se tornar
melhor que a fase adulta já existente, e a experiência dos adultos, corrigidos
os erros de rumo, serve para orientar o que pode e não pode ser feito com a
natureza, que requer cuidados diários e especiais, pois é fonte de saúde e de
vida.
Atitudes
individuais e coletivas, como defender e preservar a fauna, a flora, as águas,
são fundamentais, mas não suficientes, uma vez que os desperdícios devem ser
evitados, o consumo precisa ser mais consciente e a população não pode admitir o
descumprimento das leis por órgãos governamentais. Ora, se a sociedade se
projeta na defesa dos princípios da prevenção e da precaução, em prol do meio
ambiente, cabe ao governo fazer a sua parte e atender a vontade da maioria, que
preza os valores incontestáveis da natureza.
Ultrapassada
a responsabilidade das pessoas e do governo, veja-se agora a parte que cabe à
iniciativa privada, ao empreendedor, a quem cumpre investir em conservação e
preservação do meio ambiente, assim como adotar medidas de responsabilidade
socioambiental, adequando a cadeia produtiva, os meios de produção, a distribuição
e o desenvolvimento de novas técnicas que visem à sustentabilidade ambiental da
atividade, assim como a incorporação das já existentes no bojo do negócio.
Cumpre
observar que governantes e empresários devem debater sobre como agregar labor no
agronegócio sem agredir o meio ambiente, sendo necessária essa temática,
mormente em um sistema capitalista, onde insumos, mão de obra e outros itens sobem
de preço vez ou outra, surgindo daí provável necessidade de pesquisar outros
espaços com produtividade maior e custo menor para a produção.
Ainda
neste sentido, é de se notar a prosperidade de empresas ligadas ao agronegócio,
que adquirem legitimidade nos mercados globalizados, seja por meio de investimentos
em marketing social ou em preservação do meio ambiente equilibrado, permitindo
uma forte coerência entre impacto social e ambiental, de forma que a
empregabilidade possa caminhar junto e acrescer essência para um contexto geral
sustentável e lucrativo.
No
mundo globalizado atual não se permitem mais extremismos e imposições de cima
para baixo, sendo razoável a discussão das partes na busca de soluções e não de
problemas. No caso concreto das entidades ambientalistas (ONGs socioambientais),
nada mais racional do que elas procurarem a criação e a aplicação das soluções,
seja realizando campanhas educativas com diferentes personalidades, somando
esforços com os setores governamentais e empresariais ou despertando para os
sinais dos tempos, que estão a nos alertar para o compromisso com a presente e
as futuras gerações.
O
bom senso diz que a população mundial precisa de alimento, emprego, educação, tecnologia,
saúde e qualidade de vida. Portanto, faz-se necessária a boa convivência entre
os mais diversos setores, cujos valores carecem de observação e cujos ideais requerem
perseverança. O respeito ao planeta é consequência do respeito à produção, ao
consumo sustentável, à responsabilidade social e aos processos público-privados,
que culminam na possibilidade segura da paz e das soluções não violentas para
os conflitos que porventura surjam.
No
Dia Mundial do Meio Ambiente vamos nos esforçar e torcer para que haja um
equilíbrio ambiental positivo, notadamente nos levando a “adotar hábitos e modelos agrícolas e de negócios sustentáveis”,
segundo a recomendação do secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres.
“Estamos afetando o meio
ambiente, para nosso próprio prejuízo. A degradação dos habitats e a perda de
biodiversidade estão acelerando. As perturbações climáticas estão piorando.
Incêndios, inundações e grandes tempestades são mais frequentes e destruidoras.
Os oceanos estão ficando mais quentes e ácidos, destruindo os ecossistemas dos
corais. E, agora, um novo coronavírus está enfurecido, minando a saúde e meios
de subsistência. Para cuidar da humanidade devemos cuidar da natureza. Precisamos
de toda a nossa comunidade global para mudar de rumo. Vamos repensar o que
compramos e utilizamos. Salvaguardar os espaços e a vida selvagem que ainda
existem. E nos comprometer com um futuro verde e resiliente. Enquanto
trabalhamos para reconstruir melhor, vamos colocar a natureza onde ela
pertence, no centro de nossas decisões”, afirmou Guterres.
Por
fim, ao meu sentir, há décadas e graças aos contínuos investimentos em ciência
e tecnologia e à atualização da legislação ambiental, o agronegócio brasileiro tem
alavancado maior produtividade e garantido melhor sustentabilidade, comprovando
que a proteção do meio ambiente e toda a cadeia produtiva agrícola e pecuária são
perfeitamente compatíveis. De sorte que, Minas e o Brasil podem sim ser ao
mesmo tempo campeões mundiais de proteção da biodiversidade, da sustentabilidade
e do meio ambiente, e de produção e exportação de itens do agrobusiness. Trabalho, Fé e Esperança, sempre!
Wilson
Campos (Advogado/Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses
Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG/ Especialista
com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental).
Excelente Dr. Wilson. O melhor caminho é a união de todos em torno de um bem comum e o maior na atualidade é o meio ambiente que deve ser cuidado por nós empresários, pelo governo e pela população. Meio ambiente e produção vivendo em harmonia é uma beleza e uma conquista. para se comemorar agora ou em breve. Nossos parabéns e nossos votos de melhores dias para o meio ambiente e para todas as atividades que respeitam o meio ambiente sustentável. Parabéns também Dr.Wilson Campos !!! Evandro e Melissa.
ResponderExcluirEspero que o meio ambiente seja mais preservado agora com esse vírus que tanto medo meteu em todo mundo. Que assim seja o setor produtivo respeitando o meio ambiente e podendo produzir alimento para o povo a tempo e a hora. Meus cumprimentos cordiais Doutor Wilson Campos por este belo texto. O exemplo deve ser seguido. Ao trabalho mestre. Abr. Cícero Braga.
ResponderExcluirDr. Wilson eu achei super interessante e legal essa ideia de colocar o agronegócio na discussão do meio ambiente porque o agronegócio é uma proteção ao meio ambiente e uma promessa de alimento na mesa do trabalhador e de todos. O pessoal do agronegócio tem uma preocupação grande com a sustentabilidade e isso vem crescendo mais e mais todo ano. Muito bom isso, harmonizar os dois temas tão importantes para a população brasileira e mundial. Nota 1000!!! Emanuel Seabra.
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