8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

 

“A mulher é tudo, porque encanta, quando se arruma ou mesmo desarrumada; quando canta ou apenas murmura; quando chora ou simplesmente soluça; quando sorri ou tão somente quando se iluminam os seus olhos”.

Nesta solene e reflexiva data, o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher. No entanto, de minha parte entendo que todos os dias são das mulheres, sejam elas mães, companheiras, esposas, filhas, parentes ou amigas. Todas são guerreiras e protagonistas. 

As mulheres, essas paladinas admiráveis, quase sempre têm um dia cheio, agitado, de cobranças e de pedidos de socorro. E elas não se negam, saem em campo e mostram que estão prontas para o que der e vier. Essas são as mulheres das quais eu falo.

Há quem diga que a mulher é o sexo frágil. Ledo engano. Ela é muito mais forte que muitos homens. Se casada, levanta cedo, cuida dos filhos e do marido, vai à academia, sai para o trabalho, volta para casa, ensina o dever de escola, e ainda distribui, gentilmente, sorrisos de menina ou de mulher. Se solteira, muda apenas o estado civil, porque seu empenho é o mesmo.     

A mulher é bela na pele, no cabelo, no cheiro, no andar, no falar, no respirar e até na hora de esbravejar. Os machistas que me perdoem, mas não existe mulher feia, pois, o que existe é mulher que não se ama, e quanto a isso, um bom parceiro pode remediar. Mulher é mulher, esse ser perfeito e imperfeito, amargo e doce, denso e suave. 

A mulher não precisa de cobranças por competência. Ao contrário, ela cria suas expectativas e sua trajetória e vai adiante, com ou sem a avaliação profissional positiva por parte do homem. Aliás, o que mais se vê no século 21 são mulheres destemidas, que procuram por seus caminhos profissionais e buscam a liderança, sem qualquer temor de discriminação ou preconceito. E, cada vez mais, o número desse tipo de mulher cresce, no Brasil e no mundo. 

Falam que a mulher dá à luz e que isso é o seu maior legado para a humanidade. Mas é muito mais que isso. A mulher faz surgir uma nova vida, ignora a dor do parto e sorri quando vê aquele ser pequenino do seu lado. A mulher é família, defende os seus como ninguém, protege o filho, desculpa o marido e ainda arranja um jeito de amá-los como ninguém. 

A mulher pede respeito e empoderamento quando muitos fazem cara feia, desconversam e acham que o mundo é dos homens. Quanto equívoco, porque o mundo é das mulheres. Os homens são apenas instrumentos para que elas alcancem os seus direitos indispensáveis e levem consigo a integridade do apelo de ser mulher.

A mulher é tudo, porque encanta, quando se arruma ou mesmo desarrumada; quando canta ou apenas murmura; quando chora ou simplesmente soluça; quando sorri ou tão somente quando se iluminam os seus olhos. 

A mulher não tem medo do destino. Ela enfrenta. Ela pode até lavar, passar e cozinhar, mas com certeza ela pode pilotar um avião, dirigir uma carreta, administrar uma empresa, projetar um prédio, exercer a advocacia, praticar a medicina, presidir um tribunal. Ela pode ser prefeita, governadora e até presidente da República. Quando ela quer, ela faz acontecer.

A mulher é sensível porque transpira sensualidade, até mesmo quando se joga no sofá, pés descalços, cabelo por arrumar, unhas por fazer, mas nunca sem um jeito especial de ser. A mulher é assim, intensa, meio tudo em todo o tempo. 

A mulher tem rancor, tem raiva, tem ódio e xinga palavrão. A mulher é um ser humano, então pode tudo isso. Pode ter ciúme, olhar com ar de repreensão e não admitir perdão. Mas daí a pouco se mostra capaz de perdoar, sem, no entanto, arredar o pé do seu ponto de vista, nem se colocar humilhada ou submissa.

Ser mulher de verdade é não admitir submissão na vida pessoal ou profissional. Aliás, para ser mulher 24 horas por dia, sem descer do salto, precisa ser muito macho.  E não se lamentem os homens pela comparação, posto que seja um elogio, uma vez que a mulher, quando quer, não se deixa explorar, não se dá por vencida, e vai à luta.

Creiam! Ser mulher é não nascer para brigar com a vida e sim para brigar pela vida; é ter energia de sobra, capaz de causar inveja nos homens; é acreditar na liberdade, seu direito constitucional; é causar admiração, respeito e consideração; é insistir por mais espaço e igualdade, mesmo que obstados, às vezes, por alguns do gênero masculino; é brigar para que a balança seja justa e equilibrada, e não penda mais para um lado do que para o outro. 

Ser mulher é ser amada, respeitada e jamais agredida, nem com uma flor. Ser mulher é ser poesia e música, ao mesmo tempo. Ser uma mulher amada é encher os olhos do amado, esteja ela de vestido longo, minissaia, biquíni ou maiô, mas perdoem-me o sonho do irrequieto amor, pois quisera eu vê-la de lingerie, robe ou penhoar, tão provocantes, que me falte o ar.

Ser mulher é ser guerreira, opinar pelo sim e pelo não. É saber dizer não, quando não é não. É reconhecer o seu valor, muito maior do que explique a vã filosofia ou a ciência do direito. É exigir igualdade e não lutar para destruir alguém, seja homem ou mulher, mas para construir um mundo melhor para todos e todas. 

Ser mulher é ser inatual ou moderna, não importa. É fazer severa reflexão sobre os direitos femininos, contra a violência doméstica, contra as agressões covardes e contra as ameaças machistas. É saber amar, quem quer que seja, mas saber amar. 

Ser mulher é ser justa. É desconhecer a “máxima” de que atrás de um grande homem sempre está uma grande mulher, pois, ao contrário disso, ao lado ou à frente de um grande homem sempre está a grande companheira - A MULHER!

Ser mulher no Dia Internacional da Mulher é ser tudo isso e muito mais. É ser para o mundo um exemplo de cidadania e coragem; de luta por justiça e igualdade; de busca por direitos, deveres e liberdade. Ser mulher é assim - ser aquela que se pode aplaudir, admirar, respeitar e amar. Simples assim!!!. 

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas tributária, trabalhista, cível e ambiental/Presidente da Comissão de defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB-MG/Delegado de Prerrogativas da OAB-MG).

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