A ESCALADA DAS TENSÕES NO BRASIL.

 

Os Estados Unidos do presidente Donald Trump podem sancionar mais autoridades brasileiras após Alexandre de Moraes e Flávio Dino, ministros do STF, afrontarem a Lei Magnitsky. O X (ex-Twitter) denuncia ordens de Moraes e alerta EUA sobre riscos ao comércio e à liberdade de expressão. EUA estendem tarifas de 50% para mais de 400 produtos de aço e alumínio. O Brasil está indo direto para o fundo do poço.   

A escalada das tensões não para por aí. Internamente, o Brasil enfrenta uma batalha política atroz. Os aliados do governo esquerdista atacam quaisquer projetos de boa valia para o país e se escondem atrás dos seus próprios erros. O escândalo da fraude bilionária do INSS está impune e a apuração dos crimes caminha muito lentamente. Mas num golpe de mestre, a oposição assume o comando da CPMI do INSS e desnuda a fragilidade do governo Lula. Agora parece que a coisa vai.  

O governo Lula, desgovernado e desacreditado, assiste com cumplicidade a China exportar seu comunismo autoritário para a América Latina. Lula está perdido e sem condições de governar, e diante disso, resolve ligar para Macron, presidente da França, para reclamar do tarifaço de Trump aos produtos brasileiros. E não bastasse tanta lambança governamental externa, o governo petista vê transbordar sua incompetência para controlar a violência no país, que aumenta a cada dia, enquanto a PEC da Segurança está parada nas gavetas do Ministério da Justiça.

O grande problema atual é que o Brasil enfrenta uma severa crise de caráter, ou melhor, de falta de caráter, cabendo à sociedade combater essa epidemia que está contaminando as partes ainda sadias do corpo combalido do povo brasileiro. E que esse combate seja pela via democrática, pela justiça implacável, pelo voto consciente e pela indisfarçável vergonha alheia.

Causa engulhos e revolta ver o desplante dos sem-caráter que, de forma acintosa, praticam os mais ignóbeis atos de canalhice, próprios dos energúmenos que não temem a lei, e que se safam graças à impunidade, que, por sua vez, fervilha sob a encolha sorrateira dos cúmplices, que facilitam o cometimento de crimes e dividem o butim.

Nos últimos tempos, o engodo, a desfaçatez, a irresponsabilidade e a improbidade atingem níveis absurdos. Tudo isso é visto no primeiro, no segundo e no terceiro escalão do governo. A tapeação é generalizada. A politicagem está tomando conta do país, seja pelas mãos dos sem-caráter, dos sem-vergonha, dos que falam pelos cotovelos ou daqueles que desmerecem os próprios cargos que exercem no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Ou seja, a coisa vai de mal a pior na “República do Tarifaço”.

Parece que a vida não nos quer livres da angústia e da desesperança, nem sequer por pequenos momentos. O alívio que nos chega é tão passageiro que a aflição não abandona nosso corpo. Somos reféns da falta de caráter e da vergonha alheia, cujas definições exatas são impróprias para este espaço e para a leitura dos cidadãos de bem.

O cárcere, para onde deveriam ir todos os infames corruptos e malversadores do Tesouro, serve, na maioria das vezes, para retirar a fórceps a dignidade dos comuns e manter os desvalidos e os desgraçados a ferros. E assim caminha a desumanidade no Brasil, com a população alienada e isolada do que seria, de fato, o conceito de cidadania.

O Estado se mostra anêmico e empacado diante de tanta estultice. Os interesses pessoais são colocados acima do pedido de socorro da nação. E dessa forma sem ação e sem reação do povo - cabisbaixo, quieto, de cócoras e com o queixo nos joelhos -, o país caminha para a impunidade dos mesmos demagogos, populistas e aproveitadores, porque o contrapeso não é operado pelos cidadãos de caráter, de vergonha e de respeito, que se acovardam e deixam a carruagem dos calhordas passar, impunemente.

Pátria amada e idolatrada, cadê você? Seu povo anda pelas sombras e se esconde enquanto os ladrões atacam em plena luz do dia. A Justiça é lenta, o Judiciário é ativista político, o Executivo está aparelhado, o Legislativo é omisso e medroso, a improbidade é moeda de troca, os impostos são escorchantes, a prestação de serviço público é deficiente, as autoridades são negligentes, a violência é absurda, a impunidade é crescente e o governante maior é um apedeuta. Cadê você, pátria amada, idolatrada?

O cárcere, para onde deveriam ir todos os infames corruptos e malversadores do Tesouro, serve, na maioria das vezes, para retirar a fórceps a dignidade dos comuns e manter os desvalidos e os desgraçados a ferros. E assim caminha a desumanidade no Brasil, com a população alienada e isolada do que seria, de fato, o conceito de cidadania.

Causa tristeza assistir a tudo isso e não poder deletar da vida pública os canalhas e os autores das ilicitudes; colocar na cadeia os censuradores das liberdades e os ladrões de vidas; banir da sociedade os corruptos e os destruidores de sonhos; e eliminar de vez o poder dos sem caráter, que causam tamanha vergonha alheia no povo e no país.

Os políticos brasileiros, com raras exceções, são de alma pequena. Os presidentes da Câmara e do Senado são bravos com a oposição e mansos com o governo petista e com o STF ativista. Ou seja, votam matérias de interesse do sistema e ameaçam ferozmente os opositores do governo. Falta-lhes caráter. São fiéis serviçais dos tiranos do atual governo da esquerda.

De fato, a politicagem está tomando conta do Brasil, seja pelas mãos dos sem-caráter, dos sem-vergonha, dos mentirosos, dos que falam pelos cotovelos ou daqueles que desmerecem os próprios cargos que exercem no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Ou seja, a coisa vai de mal a pior na “República do Tarifaço”.

Wilson Campos (Advogado/Especialista com atuação nas áreas de Direito Tributário, Trabalhista, Cível e Ambiental/ Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG, de 2013 a 2021/Delegado de Prerrogativas da OAB/MG, de 2019 a 2021).

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