BELO HORIZONTE ESTÁ SUJA E MAL ILUMINADA. QUE TRISTE HORIZONTE!
"As
inócuas mudanças pregadas pelos últimos administradores públicos municipais não
representam a vontade nem o interesse dos moradores".
Belo Horizonte apresenta-se, em pleno século XXI, como uma cidade provinciana e desconectada do que acontece no mundo. A capital mineira se mostra tão somente na costumeira expectativa de uma gestão pública eficiente e corajosa, capaz de tirá-la do atraso terceiro-mundista. Mas os governos municipais se sucedem, e nenhuma inovação de progresso efetivo ocorre, nem mesmo no transporte coletivo, seja pelo sonhado metrô subterrâneo, BRTs, VLTs, monotrilhos ou outros modais de mobilidade urbana. Ou seja, o atraso no transporte de massa é apenas um dos muitos exemplos desse acanhado triste horizonte.
Belo Horizonte apresenta-se, em pleno século XXI, como uma cidade provinciana e desconectada do que acontece no mundo. A capital mineira se mostra tão somente na costumeira expectativa de uma gestão pública eficiente e corajosa, capaz de tirá-la do atraso terceiro-mundista. Mas os governos municipais se sucedem, e nenhuma inovação de progresso efetivo ocorre, nem mesmo no transporte coletivo, seja pelo sonhado metrô subterrâneo, BRTs, VLTs, monotrilhos ou outros modais de mobilidade urbana. Ou seja, o atraso no transporte de massa é apenas um dos muitos exemplos desse acanhado triste horizonte.
Apenas
para ficar no cenário brasileiro, Belo Horizonte não se insere no mesmo patamar
globalizado em que se encontram Rio de Janeiro e São Paulo, que desfrutam das benesses
do governo federal e conquistam inúmeras demandas estruturantes, embora o país
seja composto por entes federados que, a rigor, deveriam ser tratados de forma
igual e com absoluta isonomia.
A
crítica que se faz é puramente fraternal, por amor imenso, por apreço
indeclinável e por respeito profundo à cidade e aos belo-horizontinos, uma vez
que temos aqui uma economia considerável, com destaque para a indústria, o
comércio e a prestação de serviços, mas não o suficiente para despertar a
modernidade, a tecnologia, a internacionalização e o turismo. Para atrair tais valores, é imprescindível uma infraestrutura pujante, que ofereça ótimos
serviços de saúde, educação, segurança e lazer, e possibilite uma mobilidade
urbana confortável, segura e adequada, que, somados, traduzam-se em vida
sustentável, digna e de qualidade.
As
inócuas mudanças pregadas pelos últimos administradores públicos municipais não
representam a vontade nem o interesse dos moradores, que não coadunam com a
hipocrisia da verticalização em detrimento das áreas verdes e que não
consideram modernidade o “tudo pode” em prejuízo do sossego e do bem-estar
social. Ora, a sociedade moderna requer obediência às leis, que concedem direitos
e exigem deveres.
A
gestão da cidade precisa ser redesenhada, urgentemente, de tal forma que o
trabalho seja coletivo, sem essa ideia tacanha de solução em gabinete, mas por
meio de discussão com os diversos setores da sociedade. Não há mais tempo para
soluções mágicas e a toque de caixa, porque a opinião pública é indispensável
para o desenvolvimento sustentável, com planejamento, projetos modernos, tecnologia
de ponta e prevalência da qualidade de vida dos cidadãos.
Para
que seja afastado o triste horizonte que se prenuncia, assumamos todos o papel
de protagonistas de atitudes proativas, cobrando políticas públicas contra o “apagão
da mobilidade”, contra o trânsito caótico e os engarrafamentos crônicos
diários. Portanto, cabe a cada um de nós preservar a qualidade de vida urbana,
proteger a natureza, diminuir a poluição, controlar a irracionalidade humana e desenvolver
com sustentabilidade.
Wilson Campos (Advogado/Presidente da Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade, da OAB/MG).
(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 18 de outubro de 2017, pág. 19, sob o título "QUE TRISTE HORIZONTE!").
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(Este artigo mereceu publicação do jornal O TEMPO, edição de quarta-feira, 18 de outubro de 2017, pág. 19, sob o título "QUE TRISTE HORIZONTE!").
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Certíssimo o artigo. Parabéns Dr. Wilson Campos. A nossa querida BH nunca esteve tão atrasada no tempo. Não tem nem um metrô. O trânsito vive engarrafado e quando chove ninguém sai do lugar porque o trânsito não flui e para de vez. É aquele velha cantiga - entra prefeito e sai prefeito e a coisa só desanda, só piora. Coitada da nossa BH, que está precisando de nós agora mais do que nunca, porque se for depender de políticos vai ficar no ostracismo e no fundo do poço. Isabel F. G. Q.
ResponderExcluirA prefeitura precisava ter um secretário municipal como o doutor Wilson, que trabalha por amor à cidade e não pede nada em troca. Faz porque gosta de ver a cidade melhor e mais bonita, mais humana, mais verde e mais limpa e iluminada. Verdade, porque conheço o trabalho e já presenciei em outras oportunidades e em outros assuntos. Valeu mesmo dr. Wilson Campos. Parabéns. Por outro lado, a prefeitura e sua equipe de gente sem muito amor à camisa vai remando e tropeçando nos seus próprios erros na administração e na gestão da capital. Que pena que tem gente competente fora do governo e muita gente incompetente e imprestável dentro do governo, seja municipal ou estadual ou federal. Pena mesmo minha gente de Belô. Basta ver o que acontece em BH, em MG e no Brasil. Com indignação por tudo de errado que acontece, meu nome é Belchior F. de L.
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